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Muitos dos transportes do futuro já estão em fases de testes, o que significa que estamos mais próximos de usá-los do que muitos imaginam. Confira a seguir os quatro modelos de transporte que poderão mudar a nossa forma de locomoção e logística.
1. Veículos autônomos
Os veículos que “se dirigem sozinhos” são uma aposta de boa parte da indústria automotiva. Atualmente, todas as grandes montadoras têm pelo menos uma unidade interna trabalhando no assunto ou estão investindo em startups com esse foco.
Para as cidades, o uso dessa tecnologia autônoma nos transportes do futuro coletivos é o maior benefício, já que um veículo individual, mesmo que autônomo, ocupa espaço nas ruas, podendo até gerar ainda mais tráfego, segundo alguns especialistas, por “facilitar” o uso dos automóveis.
A Toyota lançou seu mais recente conceito – uma van de entrega, um restaurante e um Uber todos enrolados em um. É o carro como uma tela em branco. O presidente da empresa, Akio Toyoda, chamou de padrão aberto “plug and play” que empresas gigantes ou pequenas empresas poderiam usar para quase qualquer coisa. Claramente este micro-ônibus pode ser um veículo de compartilhamento de carona sem motorista que você vem do seu telefone, e de fato, a Uber é uma das primeiras parceiras da Toyota neste programa, e a Amazon é outra, por razões óbvias.
2. Entrega via drones
Entre os transportes do futuro, a direção autônoma também chega às entregas… e pelos ares. Os robôs e drones podem mudar a dinâmica do trânsito nas cidades, uma vez que diminuem a circulação de veículos que fazem o trecho denominado last mile, ou seja, a “última milha” do trajeto dos produtos até a casa do consumidor. No Brasil, o iFood e a SpeedBird já receberam o aval da Anac para operar a entrega via drones.
Embora os drones de entrega ainda tenham limitações físicas e de peso da carga, já existem testes de modelos que conseguem levantar até 200 quilos. Atualmente, a maioria consegue carregar até 5 quilos. O tamanho das rotas também é limitado pela vida útil da bateria dos aparelhos. A entrada de gigantes do comércio como a Amazon e a Walmart, em empresas de delivery por drones, aponta para a aceleração da pesquisa nessa tecnologia.
3. eVTOL
As aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical são, talvez, o mais próximo que teremos dos carros voadores no médio prazo. Os mini-helicópteros, ou veículos elétricos voadores, são capazes de decolar e pousar na vertical nos chamados “vertiportos” – um espaço menor do que os helipontos e aeroportos pequenos.
No final do ano passado, a Embraer começou a testar uma rota para o seu eVTOL no Rio de Janeiro, em um trecho entre o aeroporto Tom Jobim e a Barra da Tijuca, com um helicóptero, mas, em breve, a operação será realizada pelo “carro voador”. O pedido de autorização para operar o carro voador no Brasil já foi feito à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
A Embraer também já tem iniciativas deste tipo em outros países. De acordo com a CNN, em dezembro do ano passado a Eve (da Embraer) e a Sydney Seaplanes, empresa da Austrália, anunciaram uma parceria para iniciar a implantação de operações de táxi aéreo elétrico na cidade de Sydney.
4. Hyperloop
De todos os meios de transporte citados, o Hyperloop é o que comporta mais pessoas. Trata-se de um trem ultrarrápido, com velocidade de até 1,2 mil km/h, que utiliza a resistência do ar para funcionar. Construído em um sistema selado de tubos, ele atinge a velocidade do trem ultrarrápido de Tóquio, mas sem propagar o mesmo barulho. O diâmetro dos tubos é menor do que um trem habitual, mas ainda assim, comporta tantas pessoas quanto um metrô.
A tecnologia do Hyperloop está sendo validada em vários países, entre eles os Estados Unidos, Emirados Árabes, Alemanha e Índia. Há também uma iniciativa na Suíça para fazer a rota entre duas cidades, além de uma área de testes em grande escala em Toulouse, na França, feitos pela Hyperloop TT.
No Brasil, a Hyperloop TT já fez estudos de viabilidade e indicou que é possível construir os primeiros meios entre as cidades de Caxias de Sul e de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. O percurso de 130 quilômetros poderia ser feito em cerca de 20 minutos, com direito a paradas em Novo Hamburgo e Gramado. A tecnologia ainda está em vias de teste e existem muitas questões a serem consideradas com relação à segurança e a viabilidade de uma operação em massa. Mas, até 2050, tudo pode mudar e os transportes do futuro podem surpreender!
Portais:
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