Em Israel gafanhotos viram guloseimas

A empresa de tecnologia de alimentos Hargol usa os insetos para produzir ursinhos de goma e proteínas em pó com sabor de chocolate.

Para se transformar em doces, os insetos nativos do país são cultivados e alimentados com uma dieta de grama orgânica, garantindo que nenhum pesticida seja envolvido no processo de reprodução. No caso dos ursinhos, as gomas doces têm dois sabores: morango e laranja. Mas há também outras opções no leque de produtos da marca: as proteínas em pó, com sabor de chocolate e as barrinhas energéticas.

A Hargol argumenta que além de saborosos, os doces são nutritivos. Segundo a empresa, os gafanhotos contêm 72% de proteína integral, juntamente com ômega-3, ferro, zinco, cálcio e outras vitaminas. Também não contêm gordura saturada ou colesterol, tornando-os uma alternativa saudável às fontes de proteína cultivadas, como carne e laticínios.

E ao que tudo indica, essa dieta também pode fazer bem para o planeta. No seu cultivo, os gafanhatos não precisam de muita água, o que os leva a ter uma pequena pegada de carbono. De acordo com a ONU, existem mais de 1.900 insetos comestíveis no mundo e devemos inserí-los na alimentação caso quisermos fazer a transição para um estilo de vida mais sustentável .

Mesmo assim, a marca deu um passo a mais para comercializar seus produtos e ter sua ideia aceita pelo público. Sua estratégia de marketing foi utilizar a bíblia, já que “comer gafanhotos” é mencionado como sendo uma dieta saudável em mais de uma parte do texto religioso.
“O maior desafio é fazer com que o Ocidente se relacione com os gafanhotos como um consumível e o forneça de uma maneira familiar, querida e saborosa”, disse o fundador da Hargol, Dror Tamir, em entrevista ao portal Euronews.

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Fonte: Um só planeta

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