Sorte de quem?

Um ladrão trapalhão invade a casa de um milionário trapalhão. 

”https://youtu.be/Kh5ToXlJgcE”

Cenas leves de presepadas, a corda é fina demais e se rasga. O bandido não tem arma. A negociação beira o hilário respeitosamente. 

O milionario é tody de breaking bad e o terrivel agente do FBI em judas e o messias negro, além de ser irmão do dr estranho muito estranho em ‘’ataque dos cães’’.

A negociação é engraçadamente intrigante e a namorada tenta resolver com lógica. É tudo mais absurdo do pra nós e patético pra eles do que preocupante para os personagens.

Encontram uma câmera que nem o dono diz saber que tinha bem na borda da propriedade. 

Ao pedir elevada quantia em dinheiro, 150 mil, o bandido se surpreende com a reação dos ricaços, que é o quanto aquela soma é pequena pra se ter o mínimo de qualidade de vida, e que ele iria querer mais.

A discussão sobre o dinheiro é bizarramente coincidente com o documentário que eu vi ontem, assalto ao BC (relatório pronto) em que documenta o drama e a dificuldade de vida dos criminosos milionários mas pouco instruídos. 

O rico começa a questionar os valores propostos pelo bandido, sem demonstrar qualquer preocupação com dinheiro, e tentando lidar com o dilema de forma lógica como se numa dimensão acima da realidade financeira mais ambiciosa do ladrão. 

Argumenta que a quantia ideal seria muita alta para se carregar, menciona até o peso, que chamaria atenção, e não é simples de conseguir rápido. 

O choque de contra intuição. 

O ladrão que tá na cara que não vai agredir, cria baixo, exala incompetência e incapacidade. 

Versus o rico que está disposto a dar mais do que o ladrão ambiciosa, e ainda ajuda o ladrão a não parecer suspeito. O refém que colabora ao máximo com o ladrão, e o ajuda a resolver seus problemas. 

É um paradoxo ao contrário. Ou duplo paradoxo. Ou ainda paradoxo contraintuitivo.

O rico acha maneira até de falar em filme. O dinheiro atrasa e eles passam tempo juntos. 

Conversam, a mulher se justifica profissionalmente e moralmente ao bandido. O rico segue esnobe. 

Rico é criador de algoritmo valioso para grandes empresas numa provável indireta às bigtechs.

Eles vão pro jardim zen em grande escala onde o rico menciona o sr miyagi. 

Ladrão propõe usar o que mais tiver no lugar que eles nunca usam pra passar o tempo.

Assistem filmes em cinema particular. 

Rico propõe que a namorada seduza o ladrão. 

Conversam à noite. Rico fica desconfiado de manhã.

Ladrão critica tecnologia que tira empregos. 

Rico se defende de forma esnobe.

esnobismo

atitude de quem despreza o relacionamento com gente humilde e imita, ger. de maneira afetada, o gosto, o estilo e as maneiras de pessoas de prestígio ou alta posição social, e/ou assume ares de superioridade a propósito de tudo.

sentimento de superioridade exacerbado.

O jardineiro mexicano chega e o ladrao fica ansioso. 

O jardineiro vê o ladrão e procura o patrão, o rico diz que se trata de parente, o jardineiro homem simples, esforçado e talentoso arrasta todos pra fora pra falar de seus excepcionais trabalhos de jardinagem e menciona seus filhos.

O ladrão apressa todos de volta pra casa. O rico diz ao ladrão que ele tem muito o que aprender com o jardineiro que é esforçado e não se faz de coitado, ladrão fica carrancudo.

O rico havia pedido ao invés de assinar o papel com autorização do jardineiro.

Jardineiro tenta sair da propriedade e se torna mais um refém. 

O jardineiro se mostra apreensivo ao saber que em algumas horas um homem desonesto e sem virtude levaria tanto dinheiro de um patrão que lhe beirava o desprezo. 

O bandido se vê num dilema moral. 

O rico cansa daquele cenário e decide enfrentar o ladrão com seu esnobismo. Reclama que ninguém se coloca no lugar dele.  Ladrão atira na parede, o jardineiro se assusta tentando fugir escorrega e morre. 

A moça pede que o ladrão não cruze a linha, não seja um assassino, que os poupe. 

Ladrão pede que ela busque o dinheiro na rua, e ela se vê no dilema de cruzar a linha da virtude, uma linha simbólica no piso, fugir com o dinheiro.

O ladrão admite que queria sentir como era ser ele, e torcia no fundo pra ele ser bom, mas no fim quando conheceu melhor sentiu nojo.

Ladrão revela ao rico que mulher tem anticoncepcional na bolsa, e que mentia para o rico que pensava estarem tentando ter um filho. 

A moça se solta e mata o ladrão e o rico.

Paradoxo e Contra Intuição

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Sobre o Autor

Rogerio Souza

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