1899: Fraude, Contradição e Tosquice

1988

Plágio da artista brasileira nos jornais.

”https://youtu.be/5hSMlOnMhQA”

Garotinha de atuação questionável reproduz um texto enormemente desproporcional com o miolo do enredo, sobre barcos perdidos e uma tal lenda. 

A médica rejeita a cruz. 

Médico machista cita seleção natural de Darwin frente ao cadáver de uma garota. 

Capitão é muito bobao e koozão, não é parceiro dos seus subordinados, não têm nenhum homem de confiança, é um grande otário. 

Não percebe que do nada ao ficar dando patada e abandonar seus subordinados para andar sempre do lado de uma mulher estranha, ordenar virar o barco e voltar para onde saiu, e depois parar do nada o barco,  ia pegar mal e terminar em motim. 

A morte e renascimento da japonesa é intrigante.

A névoa de repente tem papel a cumprir. Se torna muito densa, fecha totalmente a visão e transporta a pessoa para outro lugar. 

O livro que não virou cinzas numa fornalha a 900 graus. Jonas guarda segredo.

Homem se mostra familiar com a própria morte e cai tremendo frente a japonesa que tinha morrido antes. wtf?

Jerome sonha que morre e acorda no navio com os que se recusaram ao motim. 

O ano é 1899 e eles querem matar uma criança por acreditar ser o demônio. 

Tecnologia analogica elétrica operada pelo misterioso homem que parece ser a mesma criança que surgiu no começo. 

Jerome morre tentando salvar o menino e novamente acorda na trincheira dessa vez preso num cárcere. 

Ele foi traído e enganado por um amigo numa guerra, e agora esse traidor está no barco. 

Volta da morte e quer a justiça.

Vida e morte são duas realidades vivas que se revezam. 

Garoto da cicatriz que lembra Oscar Wilde segura uma cruz. 

O menino que foi jogado do barco surge novamente do mesmo armário que surgiu antes. 

A mãe de familia caipira que parece a líder religiosa de ‘’Missa da meia noite’’ completamente do nada se torna uma super líder militar e filosófica quase espiritual, cheia de força de vontade em resistir, com objetivo obscuro e sem fundamento, todos a seguem em silêncio, mesmo depois de saber que a pena por motim é a morte. No mesmo barco onde nem a mulher médica é respeitada ou reconhecida. 

Depois de ser indagado inúmeras vezes, a criança finalmente diz: ‘’ não posso contar, tem que perguntar ao criador’’.

A médica engatinha por um túnel ao estilo dark e sai em outra realidade. 

A médica revela que é filha de um cientista maluco dono da firma do navio, obcecado pelo comportamento humano.

O garoto versão jovem, e um executivo do barco possuem o smartphone analógico que desliga passageiros. 

Provável inspiração de Westword. ( que foi cancelada)

Capitão  pela 2a vez:

Talvez isso seja um sonho.

Médica: Então quem está sonhando, eu ou você?

Pelo túnel de azulejo eles vão para outro mundo, lá só tem um hospital psiquiátrico que o pai construiu pra mãe que se esquecia, ele queria entender a mente humana. 

Mulher rasga a parede do hospital e encontra o casco metálico do navio.

O telégrafo não para de receber a mensagem para afundar o navio, e agora suspeitam que é o navio deles, que se unem para religar o motor e tentar sobreviver, agora que a maioria simplesmente virou zumbi robótico e se jogou no mar.

Pintação de clima despropositado e desnecessário, introduzido forçosamente.

A grávida irmã do rapaz cuja cicatriz ganhou em um tiro no rosto por tirar inocência de outro menino, cujo pai cobrou na mesma moeda tirando a inocência de sua irmã; O que explica por que o rapaz era tão esforçado em cuidar de suas irmãs. 

O amigo traidor de Jerome revela doença grave e pouco tempo de vida. Propõe que estão quites pela lei do destino e carma.

Todos os livros está escrito ‘’que seu café te acorde antes da realidade.’’

Em 1899 quando um gay toma uma cusparada, no mesmo barco há um gay beijoqueiro que beija o velho alemão conservador pai do cuspidor.

Em cena memorável, após jogar uma pedra e rachar a realidade, a mulher arranca um pedaço falso da realidade num campo com vento e vegetação, e revela o casco do navio. 

Numa outra cena memorável o capitão e outros ficam espantados ao ver inúmeros navios fantasmas muito sólidos boiando ao seu redor, como se estivessem num cemitério de navios. 

Casal na cama:

‘’ A realidade está aqui fora, não é o que ocorre dentro da cabeça.’’

” Isso não existiria sem nossas mentes pra sentir, e talvez não exista de fato. 

Nunca saberemos se é de fato a realidade, ou a imitação de uma.’’

Nota:

De fato intrigante, me lembrou uma notícia de tecnologia que faz sentir o cheiro das coisas, manipulando ondas de ar no nariz.

E o fato de que grafeno permitirá um tipo de super computação e super realidade virtual, onde para diferenciar o real do virtual seria necessário um medidor, um diferenciador. Pois com a simulação cada vez mais aperfeiçoada, nossos sentidos são cada vez mais e melhor convencidos. 

Afinal, virtualidade é cada vez mais uma experiência de imersão e percepção. 

Imagino que haveria sensores, ao estilo de um contador geiger, indicando o nível de solidez da realidade.

O contador Geiger serve para medir certas radiações ionizantes (partículas alfa, beta ou radiação gama.

O jovem cicatriz se jogou do navio e caiu crucifixo no chão, que muito mais tarde foi visto pelo protagonista frodo. 

Padre mais tarde reencontra o crucifixo ao viajar para outra realidade. 

Frodo se revela marido da médica, diz que ela precisa acordar, tudo é uma simulação, senão vai morrer.

Jovem suspeito retira pedaço da realidade, revela casco do navio, retira o casco, revela fios elétricos. 

Homem suspeito opera um smartphone futurista com touchscreen e tela iluminada de alta resolução. 

Do nada uma mulher vira robô, começa a falar como robô e assusta a médica. 

Muito westworld.

No fim 

Ela acorda numa sala onde os personagens estão encapsulados presos na realidade virtual. 

Trata-se de uma nave vagando no cosmos, e as pessoas estavam em sono criogênico. 

Com isso fica mais coerente o fato de que ela foi algumas vezes acusada de ser quem criou aquela simulação?

Mas se fosse pra manter sono criogênico, para que criar algo tão perturbador?

Talvez a criação mude de acordo com a mente de cada um deles. 

O protagonista fica mexendo com tecnologia que nunca explica pra que serve, ou do que se trata realmente. 

A pirâmide está lá como que de enfeite, um objeto código. 

Em dark o ‘’sic mundus creatus est’’ é cheio de significado e profundidade, aqui é tudo confuso e mal desenvolvido, mas tem beijocas. 

Coisas que fiquei sem saber:

Por que morreu a criança no começo, o que era o armário do menino que sumia e aparecia; Por que o povo vira zumbi, por que se jogam no mar.
Por que alguém criaria uma simulação tão bizarra de propósito e se enfiaria nela em sono criogênico.

A japonesa morreu ou não?

E o inseto que aparece sempre e some do nada?

Diferente do Detetive holístico, que usou magia para fechar pontas soltas, aqui é tudo com verniz lógico e tecnologia, mas fica uma tecnologia apenas abstrata, conceitual, não há dados sólidos para gerar uma autêntica sensação de coerência. 

É tudo confuso. Tenta ter aquela complexidade de dark, impressiona as vezes mas não vai muito longe sem cair em clichês ou absurdo.  

Consegue prender nos primeiros episódios, apresenta um final interessante, melhor que o da 3a temporada de dark, mas o conjunto geral da obra fica com gosto de ‘’esperava mais’’, mais profundidade, complexidade, respostas, desfechos e conexões de momentos. 

Espero que a brasileira seja reconhecida, o que talvez nunca ocorresse de forma tão grandiosa sem o plágio.

Independente do que acho da obra, mesmo se nunca for possível provar fraude, num mundo justo, se duas ideias se plasmam em locais diferentes, um mediador deve promover a divisão dos direitos autorais. Contudo esse caso está cheio de indícios de fraude. 

Uma pena, faz refletir se a série Dark não poderia ser plagiada de um autor que nunca foi devidamente reconhecido.

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Rogerio Souza

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