Há algumas características a melhorar no equipamento para que ele possa verdadeiramente substituir um aparelho de ar condicionado. Os criadores, conforme visto no final do artigo, recomendam o uso de um ventilador para “potencializar a refrescância”, exatamente porque os dias quentes são geralmente caracterizados pelo “ar mais parado”, enquanto parte da função do ar condicionado, bem como de um ventilador ou circulador, está justamente em puxar o ar de um lado e empurrá-lo para outro, criando um fluxo, uma corrente de ar, e se todo mundo que tivesse esse vaso usasse um ventilador em conjunto, o principal objetivo de ser sustentável e econômico deixaria de ser. Mas uma ventoinha tipo aquelas de computador, mas feita com materiais bem leves e alimentada por energia fotovoltaica (não necessariamente solar, mas também, por exemplo, da própria luz do ambiente) já seria suficiente pra criar um pouquinho de corrente de ar, assim, refrigerando melhor. Há outras formas de gerar movimento mesmo sem luz, como o armazenamento de energia gravitacional, onde um peso é erguido e vai lentamente caindo, liberando energia cinética conforme cai. Isso, inclusive, é usado nesse projeto de lâmpada para populações carentes, o GravityLight. Há, ainda, outros mecanismos, como a boa e velha “energia de corda”, usada em relógios antigos e brinquedos que funcionam sem pilha, onde a energia é armazenada em uma mola.
Outra coisa a se observar, que é algo inclusive que também acontece com aparelhos de ar condicionado, é a formação de fungos e bactérias. Ambientes úmidos são excelentes para reprodução desses micro-organismos. Fazer algo muito complexo usando impressora 3d provavelmente dificultaria o acesso à limpeza das paredes internas do vaso, onde estes fungos e bactérias se acumulariam. O uso do chamado “filtro HEPA” na entrada do “labirinto” seria interessante, apesar de não conseguir evitar 100% essa formação nessas partes internas. O correto seria que fizessem algo mais prático e acessível para limpeza, além do uso, claro, do filtro HEPA onde o ar entrasse.
Por fim, o pedestal precisaria ser mais alto devido à convexão do ar: ar quente sobe, ar frio desce. Se o equipamento está embaixo, a tendência é que ele não “esfrie o ar quente”, que é justamente o que se tenta fazer nos dias de calor. Colocá-lo em uma altura maior, inclusive, facilitaria o uso daquele mecanismo de energia gravitacional, além de permitir o resfriamento do ar quente e, portanto, ter maior eficiência.
No mais, é uma ideia realmente interessante se aprimorada. Luz p’ra nós!