Buscando aumentar sua força de resposta, o Exército brasileiro anunciou que irá, em futuro próximo, incorporar drones autônomos equipados com mísseis.

Do tipo Nauru 1000C, as aeronaves foram desenvolvidas pela empresa brasileira XMobots e estão no 2º Batalhão da Aviação do Exército (BAvEX), em Taubaté, desde dezembro de 2022. Foram 9 meses de testes para um grupo de 21 militares concluir o treinamento de operação dos dispositivos.

Os novos drones serão os primeiros do tipo sob o comando do Exército brasileiro – já que até então, os equipamentos eram equipados apenas com câmeras e demais sistemas de reconhecimento de terreno.

A missão é que os dispositivos ajudem em operações de fronteiras, mas também em ambientes urbanos e convencionais, atuando como uma força adicional na defesa do país.

“As capacidades relacionadas aos Sistemas de Aeronaves Remotamente Pilotadas, mais conhecidos como drones, fazem parte do escopo de três Programas Estratégicos do Exército Brasileiro: Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras, Aviação do Exército e Astros. Há a previsão de obtenção de sistemas equipados com mísseis, tendo como base a plataforma NAURU 1000, cuja versão ISR encontra-se em fase final de avaliação”, informou o órgão, em nota.

O Nauru 1000C tem 2,9 metros de comprimento, 0,98 metros de altura e quase 8 metros de envergadura. Do tipo eVTOL (aeronave de pouso e decolagem vertical), o drone tem motorização híbrida, com oito motores e baterias independentes, e capacidade de voar por até 10 horas com velocidade máxima de 110 km/h.

O novo drone foi projetado para suportar voos sob chuva fina, leve ou neblina, com capacidade máxima de 150 Kg para decolagem. Seu sistema de operação conta com dois terminais de transmissão de dados com alcance de 60 Km e um com alcance de 100 Km.

O Exército receberá três unidades desenvolvidas para carregar mísseis. A previsão é que os testes com os modelos armados comecem em 2025.