
Foto: Reprodução
Raul Seixas sempre transitou entre o lúdico e o provocativo, misturando referências que iam da filosofia à cultura pop. Mas uma de suas músicas, lançada no álbum “Abre-te Sésamo” (1980), provavelmente causaria uma grande polêmica nos dias de hoje. “À Beira do Pantanal” traz uma letra que descreve o assassinato de uma mulher como um “gesto sagrado de amor”, um tema que, analisado sob a ótica atual, se encaixa na tipificação do feminicídio.
A canção narra: “Foi lá na beira do Pantanal, seu corpo tão belo enterrei. Foi lá que eu matei minha amada… Assassinei quem amava num gesto sagrado de amor. O sangue que dela jorrava, a sede da terra acalmou. E lá onde jaz o seu corpo, cresceu junto com o capim, seus lindos cabelos negros que eu regava como um jardim.” O trecho sugere um lirismo fatalista, onde a morte da amada simboliza o fim de um amor, mas, interpretado de forma literal, se torna uma representação brutal e inaceitável.
O que muitos fãs talvez não saibam é que “À Beira do Pantanal” é uma adaptação de “Down in the Willow Garden”, uma murder ballad tradicional do século XIX, gravada por diversos artistas, incluindo os Everly Brothers. Na versão original, o narrador envenena, esfaqueia e joga o corpo da mulher em um rio, arrependendo-se depois. Raul Seixas fez alterações na narrativa, mantendo o crime, mas dando voz à mulher assassinada em alguns trechos.
Em seu livro “Não Diga Que A Canção Está Perdida” (Amazon), o biógrafo Jotabê Medeiros comenta que a gravação da música começou como uma brincadeira entre Raul e Kika Seixas, sendo feita em um gravador caseiro. No entanto, a decisão de incluí-la no álbum do jeito que foi feita sem dar créditos à canção original fez com que Raul fosse criticado por se apropriar da composição sem reconhecimento.
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Luz pra nós!
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Raul Seixas, em “À Beira do Pantanal”, mistura poesia e crítica, usando a música para questionar normas e explorar temas polémicos.
Luz p’ra nós 🕯️
Luz p’ra nós!
Algumas décadas atrás, são outros tempos. Muitas músicas seriam canceladas se fossem lançadas atualmente. Um grande clássico do sertanejo raiz “Ipê Florido” não passaria desapercebido aos olhos dos canceladores atuais, narrando amores e finais trágicos. LPN
Liu e Leu, verdade
Gratidão.
Luz p´ra nós
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raul magico #lpn
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TOCA RAUL!!! 😎 Raul Seixas, Grande Mestre! Gratidão pela matéria! Luz p’ra nós!
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