A criação de realidade – Aula de Especialização

EDL Fevereiro 16, 2025 5 min read

Mestre: Levy Lima – Casa Ptah

Aula: Magia e Alquimia – Jornal 8° Edição

A criação de realidade

Como vimos no tema anterior dos Reino Eternos, cada reino depende um do outro para criação. E para correlacionar melhor, releia sobre o tema Momentos Eternos. Resumindo brevemente aqui: a luz se destaca no vazio do nada, começa a se orbitar a si mesma. E através do seu movimento ela gera ecos de si mesma, a cada órbita a luz se acelera e ultrapassa a si mesma. Assim, a cada volta gera uma cor, um tom, uma emoção e sensação.

Para constatar as cores e as emoções precisamos de uma caixinha mágica que cria a realidade. Essa caixinha mágica é a nossa própria mente: imagina o nosso cérebro como um capacete de realidade virtual por onde a nossa consciência vê tudo e sente tudo. Quer dizer que tudo é ilusão? In-luz-ão, dizem que a palavra ‘iludir’ vem do latim ‘ludus’ que significa jogo, enganar ou brincar. Ou seja, tudo é um jogo de luz? A luz nos ilude? A nossa mente ela mente para nós na realidade? Tudo é um mar de átomos, e os átomos estão dançando ou brincando na nossa frente o tempo todo. E assim elas enganam a nossa mente como matéria. A Mente é o meio de interpretarmos toda a realidade, a palavra mente em inglês se diz ‘mind’. Essa palavra mind é a mesma empregada para ‘mid’ que significa ‘meio’. É daí que se cria a palavra raiz ‘médio’, ou seja, somos os médiuns como dizem os espíritas. Não é à toa que antigamente os povos ligados às religiões antigas se viam como o centro do universo. Pois nós somos o meio que vê o microcosmo abaixo e macrocosmo acima. É por isso que chamei a nossa mente de caixinha mágica, é ela que dá forma para tudo na matéria. Tudo é mental (primeira lei hermética) tudo emana da mente. E-manar, emanação. A palavra mente em sânscrito se diz ‘mana’. Essa palavra talvez você já tenha visto em jogos de RPG, os pontos de mana, a energia que os personagens usam para fazer mágica ou criar alguma coisa. Eu sei que usar o termo ilusão dá a impressão de algo negativo, mas é exatamente isso que a vida faz. É muito comum as religiões dizerem que a ilusão é para os mortos. Mas se você for parar para pensar: e se a ilusão é para vida? Pense sobre a vida e a mente como o gato de Schrodinger na física quântica. O gato é a nossa consciência, a caixa é a nossa mente. O gato tá vivo ou morto? Estamos vivos na ilusão ou estamos mortos nela? “O que é pior? Ter a vida morta ou a morte viva?”(Bob Navarro) Veja que o paradoxo também envolve muito na criação de realidade.

“O observador é quem colapsa a função da onda”. Sugiro a você pesquisar e estudar bem sobre esse assunto do experimento da dupla fenda. Temos inúmeros vídeos e material no site explicando sobre a mecânica quântica. Como se diz “eu” em inglês? É “I”(ai)! Como se diz olho em inglês? É “Eye”(ai) repare que dizer “eu” e “olho” em inglês, o som do vocabulário é a mesma fonética. Nós somos os observadores! Atrás do cérebro, o olho humano é o segundo órgão mais misterioso para a ciência. Pois basicamente toda a criação de realidade depende da nossa visão. Tudo é ver, a vida é ver, tudo é Ver-vida. Vidência e se-vivenciar!

E ver e participar é o que chamamos de teatro. A palavra teatro vem do grego que significa “lugar onde se vê”. Somos observadores e ao mesmo tempo sendo observados. A palavra “pessoa” vem do latim ‘persona’ que significa “máscara”. Lembre-se que a vida é um teatro sem ensaio.

Até hoje as pessoas, principalmente da geração boomer ficam dando risada das religiões antigas e suas crenças sobre a criação da realidade. Por exemplo: eles dão risada e chamam de misticismo quando os yogues, budistas e hindus dizem que a vida é Maya que significa ilusão em sânscrito. Daí quando o Elon Musk diz que a vida é uma simulação e ainda por cima ele usou o exemplo do vídeo game para justificar a tese, ninguém deu risada. Muito pelo contrário, ele foi aplaudido e a maioria acreditou nele. É aí que está um dos problemas da mente das pessoas acreditarem em alguma coisa. Cada mente, um mundo diferente, a caixinha mágica varia muito de pessoa para pessoa. – (matéria do jornal 8 por Levy Lima)

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