A Infância em Perigo: A Verdade que Ninguém Quer Enxergar

A Erotização Infantil e a Hipocrisia da Sociedade: Uma Reflexão Necessária

Nos últimos dias, um episódio polêmico envolvendo o youtuber  Gabe Alexandrini trouxe à tona um debate fundamental: a proteção das crianças diante da crescente erotização da sociedade. Durante uma transmissão ao vivo, o influenciador encerrou sua análise sobre um vídeo do Mestre Bob com uma acusação grave, alegando que membros da EDL (Escola de Lúcifer) estariam defendendo a pedofilia. Diante dessa situação, é necessário esclarecer os fatos e trazer à luz uma reflexão mais profunda sobre o verdadeiro problema que assola a infância na atualidade.

A Sociedade Hipersexualizada

Vivemos em um mundo onde a sexualidade é explorada em praticamente tudo: na música, na moda, na publicidade e até nos comportamentos considerados socialmente aceitáveis. Esse fenômeno não surgiu do acaso. Ao longo dos séculos, a sociedade passou por transformações que, embora tenham sido motivadas por ideais de liberdade, acabaram abrindo portas para a banalização do corpo e das relações humanas.

Se voltarmos no tempo, há cerca de dois mil anos, encontramos um marco dessa mudança na figura de Cristo. Ele impediu o apedrejamento de uma adúltera, promovendo uma revolução na liberdade feminina. O objetivo era claro: permitir que as mulheres tivessem acesso ao conhecimento, ao trabalho e à possibilidade de escolher seus parceiros com base no amor, e não em imposições sociais. No entanto, essa liberdade, ao longo dos séculos, foi ressignificada para algo muito diferente.

Hoje, a mídia e a indústria do entretenimento promovem um modelo de “mulher livre” que muitas vezes se baseia na exposição extrema do corpo e na normalização da erotização. Influenciadas por esse cenário, jovens e até crianças absorvem esse comportamento como sinônimo de sucesso e aceitação social.

O Impacto na Infância

A questão se agrava quando percebemos que crianças e adolescentes crescem nesse ambiente de intensa sexualização. Elas se espelham em figuras públicas que fazem sucesso por meio da exploração do corpo e acabam internalizando a ideia de que essa é a chave para a admiração e o reconhecimento social.

Isso cria um paradoxo perigoso: ao mesmo tempo em que se afirma que a infância deve ser protegida, a sociedade estimula, por diversos meios, que as crianças se familiarizem com conceitos e comportamentos voltados à sexualidade antes mesmo de atingirem a maturidade emocional necessária para compreendê-los.

O resultado disso é um aumento da vulnerabilidade infantil. Inseridas em um ambiente onde a energia sexual é constantemente estimulada, as crianças se tornam alvos fáceis para abusadores, sem sequer compreenderem o risco ao qual estão expostas.

A Contradição das Narrativas

Curiosamente, enquanto qualquer pessoa que tenta alertar sobre esses perigos pode ser acusada de “pedófila” ou “extremista”, algumas agendas atuais incentivam a erotização infantil de forma cada vez mais explícita.

Exemplo disso é a crescente discussão sobre a possibilidade de crianças “descobrirem” sua sexualidade e até mesmo escolherem seu gênero antes da adolescência. Como uma criança, que ainda não tem discernimento para decidir aspectos básicos da própria vida, pode ter maturidade para definir algo tão profundo e permanente?

Se a lei considera que menores de idade não podem dirigir, beber álcool ou casar, por que essa mesma sociedade sugere que eles possam tomar decisões irreversíveis sobre o próprio corpo?

A Verdadeira Luta: Proteção e Educação

O grande problema não está apenas em punir abusadores quando um crime acontece, mas sim em evitar que essas situações ocorram. Depois que uma criança sofre um trauma, nenhuma punição ao criminoso poderá apagar as cicatrizes emocionais deixadas.

É preciso lutar para impedir que a hipersexualização continue sendo normalizada. Crianças não devem ser incentivadas a se preocuparem com sua sexualidade precocemente. O papel dos adultos responsáveis deve ser o de protegê-las, orientá-las e garantir que vivam a infância de forma saudável e segura.

A sociedade precisa refletir sobre essa contradição e tomar uma posição clara contra qualquer tentativa de normalizar comportamentos que coloquem a infância em risco. Esse não é um debate político ou ideológico, mas sim uma questão de princípios básicos de proteção àqueles que ainda não têm condições de se defender sozinhos.

A reflexão que fica é: estamos realmente protegendo nossas crianças ou estamos, inconscientemente, permitindo que elas sejam influenciadas por uma agenda destrutiva?

Cronologia dos fatos:

Minha resposta ao Gabe Alexandrini 

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Sobre o Autor

Shirley Dias de Oliveira

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