Cientistas constatam molécula que ajuda a entender origem do câncer

Estudo mostra que inibição da proteína VRK1, que protege o DNA e participa da proliferação celular, pode ser uma nova terapia contra tumores

Um estudo publicado nesta quinta-feira (23) no Journal of Medicinal Chemistry da forma a uma molécula inédita capaz de inibir a proteína VRK1.

Essa nova molécula pode investigar efeitos celulares e sistêmicos da inibição da VRK1 tanto em células saudáveis quanto tumorais. Além disso, o estudo consolida a VRK1 como um potencial alvo terapêutico p’ra diversos tipos de câncer e abre o horizonte para o desdobramento de novos tratamentos.

O trabalho direcionado por pesquisadores do CQMED, Unicamp e do Aché Laboratórios Farmacêuticos e se alinhou a colaboradores do Brasil, Reino Unido, da Suécia, Alemanha e dos Estados Unidos. Trata-se feedback de cinco anos de pesquisas focadas nessa proteína-alvo.

Células tumorais têm mutações que fazem com que elas se multipliquem rapidamente e acabem acumulando erros no genoma. A VRK1 é uma proteína quinase. Ela detecta e repara esses danos ao DNA, viabilizando a proliferação das células mutadas. A ausência das mesmas faz com que células acumulem erros em seus genomas, levando à morte celular. Rafael Couñago, pesquisador do CQMED e autor do artigo posicionou:

Neste trabalho, mostramos que diante da inibição da VRK1 em células não ocorre a reparação dos erros e elas acabam morrendo, pois o acúmulo de danos é muito grande.

A molécula inibidora, derivada de diidropteridinona, foi inicialmente identificada pela equipe do CQMED e, posteriormente, desenvolvida pelos cientistas do Aché. Os pesquisadores conduziram ensaios desenvolvidos especificamente para demonstrar a ação da molécula na proteína dentro do ambiente celular. Hatylas Azevedo, diretor de P&D do Aché Laboratórios Farmacêuticos e autor do estudo pontua: