As tradições de ano novo modernas são bem conhecidas — pular ondas, vestir roupas brancas, soltar fogos de artifício e brindar com champagne. Mas como os antigos egípcios comemoravam o ano novo? Ao que parece, os habitantes do Egito não comemoravam o ano novo muito diferente de nós, trocando presentes e festejando ao redor das Pirâmides de Gizé.
Nem tudo, no entanto, era igual. No Wepet Renpet (“abertura do ano”, em tradução livre), havia uma porção de tradições diferentes, como trazer estátuas de seus deuses protetores para fora dos templos para “regenerá-las à luz do Sol”, segundo as crenças da época. Mais curiosamente, a data poderia ocorrer em dias diferentes.
Diversos anos novo por ano?
A data do ano novo dos antigos egípcios não só mudava como podia acontecer diversas vezes ao ano — em um ano específico, o evento foi comemorado 3 vezes. Assim como nós, o povo tinha um calendário de 365 dias, mas sem o ano bissexto, o que quer dizer que o ano egípcio variava em relação às estações.
O calendário dos egípcios antigos foi criado há 4.800 anos, e, na ocasião, o Wepet Renpet estava próximo do solstício de verão, que ocorre próximo do dia 21 de junho no hemisfério norte.
Isso também foi perto das cheias anuais do Nilo, que irrigam as fazendas e permitem o crescimento das plantações. No início do Império Médio, entre 2030 e 1640 a.C., o ano novo caiu próximo do solstício de inverno, em dezembro, no hemisfério norte.
No templo de Quenúbis (ou de Esna), a sul de Luxor (antiga Tebas), um calendário gravado em uma parede mostra 3 festivais de Wepet Renpet em um único ano, em algum momento entre meados do 1° século e meados do 3° século d.C., quando o Império Romano reinava sobre o Egito.
Um estudo, publicado no Jornal do Centro de Pesquisa Americana no Egito, sugere que a primeira celebração foi no 1° dia do ano, o 2°, no aniversário do imperador romano, e o 3°, no nascer da estrela Sirius no horizonte leste. Pinturas no teto de um templo mostrando o acontecimento mitológico, muito importante para a cultura.
Um frasco lentoide usado como presente no Egito Antigo — este foi endereçado ao sacerdote Amenhotep com dizeres desejando um bom ano (Imagem: Theodore M. Davis Collection/The Met/CC0 1.0)
As celebrações dos antigos egípcios geralmente incluíam adorar os deuses assim como aos seus finados. Sabemos que eles comemoravam em torno das Pirâmides de Gizé porque textos dos tempos de Saqqara e Gizé mostram o Wepet Renpet como um festival importante. As estátuas das divindades eram trazidas para fora dos templos ou até mesmo trocadas por novas.
Também havia banquetes, como indicam cenas pintadas em algumas tumbas. O objeto mais famoso relacionado ao festival era o “frasco de ano novo”, um recipiente lentoide (em formato de lente), geralmente feito de faiança (cerâmica branca).
Alguns deles foram achados com inscrições desejando um bom ano — eles eram feitos para guardar líquidos, mas, como eram pequenos, acredita-se que continham óleos perfumados ao invés de bebidas.
Fonte: canaltech.com.br
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Diferente formas de se comemorar, uma diversidade de atividades inclusas num mesmo momento, encantador da sua forma, Luz p’ra nós!
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