Coreia do Norte presidirá órgão de desarmamento da ONU

Coletivo ocidental ressalta contradição da Coreia do Norte comandar conferência de desarmamento da ONU

A presidência da Conferência da ONU para o Desarmamento foi assumida nesta semana, pela Coreia do Norte que está sob acusações de desenvolvimento de forma ilegal armas nucleares, os coreanos tomarão a posição de presidência até o final do mês.

O órgão da ONU com 65 membros promove uma rotação entre os países p’ra ocuparem a presidência dos trabalhos. No passado, a Síria de Bachar Al Assad já tomou o posto. Em 2013, o Irã também presidiu a conferência.

Porém a chegada dos norte-coreanos irritou os europeus e americanos, pelo país já ter violado resoluções do Conselho de Segurança da ONU e testado seis mísseis em 2022. Oque não foi citado no momento da posse, o embaixador Jang Tae Song disse:

A Coreia do Norte está empenhada em contribuir para a paz e o desarmamento globais e atribui importância ao trabalho da conferência.

Para as ongs, ter o regime norte-coreano presidindo sobre o tema de desarmamento era a mesma coisa que ter um “estuprador cuidando de um abrigo para mulheres”. O ativista dos direitos humanos Timothy Cho posicionou:

Devemos lembrar que todas essas armas de destruição em massa na Coreia do Norte não são para as milhões de pessoas famintas e reprimidas. Cabe ao regime preservar os sistemas mais sombrios e totalitários do século 21.

Coreia do Norte não tem nenhuma qualificação para presidir uma conferência apoiada pela ONU porque abandonou completamente a responsabilidade primária do estado de proteger seus próprios cidadãos da fome e dos abusos.

Como conclui o relatório da Comissão de Inquérito da ONU’ de 2014, as violações dos direitos humanos da Coreia do Norte a torna ‘um Estado sem paralelo’ no mundo contemporâneo.