Cota nas faculdades x Cota nas empresas

Salve EDL;

Sobre este assunto de cotas, normalmente se é contra ou à favor. Porém, creio que a Coerência está n’um raciocínio mais profundo do que isso, pois cotas em faculdades e em empresas são coisas diferentes.

Veja que as provas do ENEM não sabem se o cara é azul ou verde. O que interessa é o Conhecimento de cada um, e não creio que seja bom dizer que uma raça não tem capacidade de disputar com outra. Isso inferiorizará os serviços de toda uma geração de profissionais de toda uma raça, que será sempre vista como cotista sem capacidade para concorrer com os demais. Não é justo que se deixe isso ocorrer.

Para igualar a presença nas faculdades, deve-se intensificar os cursos preparatórios e, principalmente, a educação básica. Cerca de 50% dos jovens pretos deixam de completar o ensino médio. D’aqueles que restam, muitos ficam sem condição de fazer uma redação, pois aguentam muitos tormentos em suas comunidades resultantes da desigualdade provinda da escravidão. Então, é claro que deve-se dar uma base de cidadania mínima junto de ensino fundamental adequado, para que então, com condições de aprender, o jovem chegue na prova do ENEM com plenas condições de concorrer.

Mas, ao invés disso o que se faz é dar um “atalho”, como que “cafés com leite” de não concorrer, ao invés de capacitar? Aumentará a presença de toda uma raça nas universidades, porém, com despreparo básico, gerando ainda mais preconceito! Repito, profissionais de toda uma geração serão vistos com desconfiança pela sociedade, apenas pela sua raça ter sido introduzida no mercado sem o devido teste a que todos os demais se submetem.

Agora, sobre cotas para empresas eu penso diferente. Não se trata de um papel de prova cujo resultado independe da cor de cada um. O papel não julga. É diferente dos RH das corporações. Aí sim podem facilitar vagas para quem mais lhes agrada, e adicionar questões pessoais em suas escolhas. Então, a própria dificuldade passada fará com que toda uma raça seja pre-julgada e evitada. Neste caso, acredito que cotas são justas. Que empresas precisem sim escolher diretorias com mais presença de raças que sofrem preconceito; mas sabendo que foram preparadas e julgadas diante da mesma prova que os demais.

Agora, você ao invés de capacitar, aplica a prova apenas entre os que não podem competir no geral e julga pelos menos piores? Dessa forma, você IMPÕES que o melhor destes que concorrem em cota estaria abaixo dos piores dos demais!! Depois obriga as empresas a contratá-los?

E pior, aqueles de uma raça que poderiam competir com os melhores de qualquer raça serão sempre vistos como quem apenas chegou lá por “cota”, mesmo que não fosse o caso. Isso amplia o preconceito! É um empurrão artificial que não funcionará, pois como irão obrigar também a sociedade a consumir aquilo que não confia?

Isso está prejudicando toda a luta desse povo que tanto sofreu, e as vezes, penso que pode ser de propósito.

Deixe seu comentário! Tem alguma opinião que me faça pensar diferente?

Obrigado a todos os membros leais que se mantém ajudando das formas que podem! Deus os abençoe!

Luz p’ra nós

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bob

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