Salve, EDL e visitantes.
Hoje trago mais um compilado de vídeos que fiz para o Tik Tok, no entanto, continua sendo um artigo bem relevante p’ra quem de fato procura a verdade.
O tema é sobre a Liberdade e a conexão de nossos conteúdos com a frase famosa de Aleister Crowley ” Fazes o que tu queres, há de ser o todo da Lei “. O que é real nessa frase/conhecimento? E o quão útil ou desnecessário é compreender isso para servir essa missão?
Mestre Bob também já abordou esse tema, claro que fiz um artigo sobre, na época e super indico:
Obs: Repostei esse artigo, não sei dizer o motivo, mas ele ficou duplicado, vou compartilhar a primeira versão dele
Desmistificando – Fazes o que tu queres, há de ser o todo da Lei
Lembro que uma das primeiras vezes que ouvi falar do Mago Crowley, foi através do Rock, Ozzy Osbourne, para ser mais específico, com sua música “Mr, Crowley” do álbum “Blizzard of Ozzy“, depois disso comecei a notar que ele é citado ou tem referências feitas a ele em diversos outros trabalho na área do Rock, vou deixar alguns exemploos para vocês. Desde então comecei me interessar por essa figura e as coisas que te envolve, alguns anos depois comecei estudar ocultismo.
Sr. Crowley ( letra em português )
Sr. Crowley, o que se passava pela sua cabeça?
Sr. Crowley, você falava com os mortos?
Seu estilo de vida me parecia tão trágico
Com toda aquela emoção
Você enganou todas as pessoas com magia
Você esperou ao chamado de Satã
Sr. Encantador, você achava que você era puro?
Sr. Alarmante, em comunicação noturna
Descobrindo coisas que eram sagradas
E manifestando neste planeta
Concebido no olho de um segredo
E eles espalharam a placenta
Sr. Crowley, porque não cavalga no meu cavalo branco?
Sr. Crowley, isso é simbólico, é claro
Aproximando-se de um tempo clássico
Ouço o chamado das donzelas
Aproximando-se de um tempo drástico
De pé com as costas contra a parede
Foi polemicamente enviado?
Eu quero saber o que você quis dizer
Eu quero saber
Eu quero saber o que você quis dizer, é
Banda Ghost – Algumas referências em suas artes
Aleister Crowley tem uma grande influência na cultura moderna e principalmente no meio artístico, tem muito masi famosos que declaram admiração por ele do que se imagina, e outros que não declaram, por ser polêmico, mas admiram em oculto.
O próprio Raul Seixas fez diversas referências a ele, vocês verão isso, no decorrer desse artigo, vou falar um pouco sobre Jimmy Page, guitarrista do Led Zeppelin e de outros famosos ademiradores, que você talvez até conheça, mas não sabia. Não vou ir muito além, tem muita gente que ademira esse cara, teria que ser um artigo só para falar disso.
Jimmy Page foi o único membro do Led Zeppelin que se interessou por Aleister Crowley (1875–1947) e seus ensinamentos da Thelema (filosofia esotérica criada por Crowley). Os outros integrantes da banda não ligaram para isso.
Jimmy Page manteve esse interesse para si mesmo sem envolver os outros, exceto talvez para explicar a magia dos símbolos na época do quarto álbum, aquele com os quatro ícones. O dele era o símbolo Zoso, cujo significado ele não revelou, o que é bom, se for de significado particular para ele, que continue sendo. E Jimmy tinha apenas três anos na época em que Crowley morreu.
Quando a sorte da banda aumentou no início dos anos 70 e o dinheiro começou a fluir para que cada um deles pudesse comprar propriedades privadas, Jimmy Page soube que uma das antigas residências de Aleister Crowley estava à venda. Era uma casa de campo na Escócia às margens do Lago Ness, em Boleskine.
Ao longo dos anos, Page já havia acumulado uma coleção bastante particular vinculada a Crowley, incluindo seus livros, suas obras de arte e pinturas, suas vestes cerimoniais e instrumentos mágicos. Ele até foi proprietário, por um tempo (talvez ainda seja o dono), de uma livraria em Londres, The Equinox, especializada em livros sobre ocultismo, desenvolvimento espiritual e peças de antiquário relacionadas à colecionadores. Muitas das obras escritas por Crowley foram vendidas lá. Page admirava Crowley antes mesmo do Led Zeppelin existir.
A casa de Boleskine foi comprada por Aleister Crowley com o propósito expresso de realizar ritos cerimoniais, conforme explicado em detalhes no Livro da Magia Sagrada de Abramelin, o Mago, um grimório (coleções medievais de feitiços, rituais e encantamentos mágicos invariavelmente atribuídas a fontes clássicas hebraicas ou egípcias) de magia traduzido para o inglês pelo ocultista britânico Samuel L. MacGregor Mathers que também foi, por um tempo, o chefe de uma sociedade secreta conhecida como A Ordem Hermética da Golden Dawn, da qual Crowley era membro.
Essa Ordem foi fundada por três ocultistas: William Robert Woodman, William Wynn Westcott e Samuel Liddell Mathers que eram os diretores e também maçons. Westcott, um legista, teosofista e mágico cerimonial foi o principal ímpeto por trás da fundação da Sociedade e ela floresceu no final do século 19 até o início do século 20 na Grã-Bretanha com lojas (templos) em Londres, Bradford, Edimburgo e até Paris.
A Ordem foi estabelecida ao longo de linhas hierárquicas semelhantes à Maçonaria, mas ao contrário das lojas maçônicas que proibiam a entrada e participação de mulheres, a Golden Dawn permitia que as mulheres participassem em igualdade de condições com os homens.
Os membros se dedicavam ao estudo e prática do ocultismo, metafísica, teurgia (arte de fazer milagres), paranormalidade, astrologia, tarô, geomancia (método de adivinhação), cabala hermética ( discordo desse nome ), vidência, projeção astral, alquimia e canalização de guias espirituais. Como havia um sistema de graus e ordens em vigor, os membros deveriam ser iniciados neles e, para subir na hierarquia, certos critérios deveriam ser atendidos e concluídos conforme estabelecido pelos fundadores.
A principal motivação era o desenvolvimento espiritual, a aquisição de conhecimento e iluminação. Basta dizer que a Ordem Hermética da Golden Dawn foi muito influente no ocultismo ocidental do século 20 e está no centro de muitos dos princípios centrais e práticas da Thelema, Wicca e outras práticas ocultas.
Muitas das luzes da sociedade vitoriana na época foram atraídas para a Golden Dawn como o autor de Sherlock Holmes, o cientista, médico e espiritualista, Sir Arthur Conan Doyle, Florence Farr, atriz de teatro londrina e feminista, Maud Gonne, revolucionária irlandesa e atriz de teatro, Bram Stoker, autor de Drácula, Charles Henry Allen Bennett, um homem reconhecido por ter introduzido o budismo no Ocidente, entre muitos que faziam parte da nata da sociedade educada britânica, todos eles profissionais praticantes, intelectuais, escritores e artistas.
E então havia Aleister Crowley, um descendente da família Crowley Ale e herdeiro de uma fortuna, seus pais eram cristãos, e seu pai era membro de uma seita conhecida como Plymouth Brethren e um pregador itinerante. Crowley foi criado neste ambiente “cristão sombrio” e estrito com uma infância muito austera e sem alegria que o levaria, em sua vida adulta, a renunciar ao cristianismo e a tudo o que seus pais defendiam. Isso o levaria a se juntar à Golden Dawn em sua busca por algo melhor.
Mas, voltando a Abramelin e Boleskine: o livro de Abramelin conta a história de um mago egípcio, Abraham, ou mais conhecido como Abra-Melin, que ensinou um sistema hermético secreto de magia no século 14 a um judeu alemão de Worms, também conhecido como Abraham. Quando Mathers fez sua tradução, ele havia adquirido um manuscrito pouco confiável para trabalhar e havia sérias omissões e erros nele. Mas o livro que ele traduziu para o inglês tornou-se importante na Golden Dawn, bem como para Crowley quando ele fundou sua nova religião da Thelema em 1904. Traduções subsequentes desde então usaram manuscritos muito mais confiáveis ??de fontes ainda mais antigas do que o manuscrito de Mathers e são mais completos e abrangentes.
- Introdução: Alquimia Antiga – 7/12 e as 7 Leis Herméticas
- I. O Princípio de Mentalismo.
- II. O Princípio de Correspondência.
- III. O Princípio de Vibração.
- IV. O Princípio de Polaridade.
- V. O Princípio de Ritmo.
- VI. O Princípio de Causa e Efeito.
- VII . O Princípio de Gênero.
- Conclusão: Hermetismo e Alquimia Antiga = Conclusão
Mas de qualquer maneira, depois que Crowley se juntou à Golden Dawn, ele se aplicou nos estudos e práticas com zelo e subiu na hierarquia rapidamente, para grande desgosto e alarme de outros membros, que o viam como uma espécie de arrivista e realmente um touro em uma loja de porcelana, iniciado no conhecimento que não tinha como adquirir, pois lhe faltava maturidade e profundidade, como alguns de seus companheiros viam, pois os outros também queriam ser iniciados em notas e ordens mais profundas e viram que a crescente amizade entre Mathers e Crowley cheirava um pouco como favoritismo quando eles se sentiam tão merecedores.
Este foi o início da ruptura dentro da Ordem com alguns membros ficando insatisfeitos com a liderança de Mathers. Westcott renunciou à Ordem quando foi descoberto que ele havia esquecido alguns manuscritos preciosos em um cabriolé e seus empregadores descobriram sobre suas afiliações, o que irritou Mathers e Woodman. Depois disso, Mathers assumiu a liderança.
Enquanto essa dissensão ocorria, Crowley levava o Livro de Abramelin muito a sério e queria praticar os ritos cerimoniais que ele descrevia em detalhes, a fim de invocar os bons e maus espíritos e forças para o aperfeiçoamento de si mesmo espiritualmente e para promover sua ascensão ao mundo superior dos graus da Golden Dawn.
Como Crowley gostava de caminhadas e montanhismo, durante uma excursão nas Terras Altas da Escócia, ele descobriu Boleskine e o escolheu como o lugar perfeito para praticar os rituais de Abramelin. O local atendia a todos os requisitos descritos no livro Abramelin. Era isolado, o terraço voltado para o norte, perto de um corpo d’água, etc. Para realizar os ritos, existiam procedimentos de purificação e preparação que levavam tempo. Quando Crowley ficou satisfeito por ter concluído as preliminares, ele começou a conduzir os ritos, que em si também levavam tempo, exigindo semanas, se não meses. Ele sabia que os ritos estavam funcionando quando começou a notar sinais de presenças, de forças e espíritos que havia invocado.
E então, enquanto estava no meio de suas práticas cerimoniais, Mathers enviou uma mensagem urgente a Crowley para vir imediatamente a Paris. Mathers estava enfrentando crescente dissensão e uma revolta aberta contra sua liderança na Golden Dawn.
Agora, como qualquer mago cerimonial sabe, ao conduzir ritos cerimoniais, você não abandona o que está fazendo e simplesmente sai voando para fazer outra coisa. A magia cerimonial requer a conclusão e o banimento das forças convocadas de volta de onde vieram. Se você não conseguir completar os rituais, estará brincando com fogo. Foi isso que aconteceu com Crowley. Como o personagem de Mickey Mouse em O Aprendiz de Feiticeiro, ele agiu de forma irresponsável ao convocar forças boas e más. Ele não conseguiu completar o banimento fugindo para Paris. Posteriormente, à medida que a vida de Crowley se desenrolava ao longo dos anos, qualquer pessoa com quem ele estava associado encontrava um fim prematuro ou desagradável. Até o próprio Crowley acabou na miséria e morando em uma pensão como um viciado em heroína sem esperança.
De volta a Jimmy Page. Ele comprou a Boleskine House em 1970. Na época, ele colecionava muita memorabilia de Crowley, lia suas obras e era fascinado por ele e por suas ideias. Talvez ele não estava seriamente interessado em se tornar um mago, apenas gostava de algo sobre o que Crowley era, especialmente suas palavras:
“Faça o que tu queres e será a totalidade da lei, o amor é a lei, o amor sob vontade plena”.
Foi uma ideia que Page achou atraente. “Faça o que quiser e seja quem você é, mas não às custas dos outros, faça-o com amor deliberadamente, sem prejudicar os outros ou a si mesmo. Acho que essa é a essência disso” . No fundo, Page sentiu que Crowley é amplamente incompreendido e injustamente vilipendiado. De qualquer forma, Page comprou o Boleskine com a intenção de que fosse um bom lugar para escrever músicas para o Zeppelin.
Ele encontrou a casa e o terreno da propriedade em estado de total abandono. O local passou por vários proprietários depois que Crowley o deixou em 1913 e, no ínterim entre isso e a aquisição de Page, e possuía a reputação de ser mal-assombrada. Page começou a restaurar a edificação, mas como os eventos ocorreram em conjunto com a história do Led Zeppelin, ele raramente se hospedou lá, e estabeleceu seu amigo, Malcolm Dent (1944-2011) para residir lá e manter o local em boas condições. Page restaurou a casa o máximo possível como era quando Crowley morava lá, até mesmo conseguindo um artista para pintar murais Crowleylescos nas paredes com base naqueles pintados nas paredes da Abadia da Thelema, que o cineasta e colega dele, Kenneth Anger havia descoberto nas ruínas de Cefalu, na Sicília.
Malcolm Dent era cético em relação à paranormalidade e às assombrações e não se importava em morar lá. No entanto, assim que fixou residência, ele começou a experimentar algumas atividades estranhas, como portas abrindo e batendo sem motivo, móveis se movendo, tapetes enrolados, barulhos inexplicáveis à noite, algumas coisas assustadoras, outras apenas benignas. Mas isso não o assustava de maneira suficiente para querer ir embora. Na verdade, ele conheceu sua esposa lá e criou a família com muitos momentos felizes e prazerosos morando em Boleskine.
Em 1992, Page vendeu a Boleskine House, bem como muitas de suas coleções de Crowley. Era apenas um desejo de reduzir o tamanho e descarregar todo o material, além de consolidar sua fortuna pessoal. Desde então, a casa e a propriedade passaram por vários proprietários. Por um tempo houve lá uma pousada, e continua a atrair pessoas que gostam de Crowley, Thelema ou ocultismo. Talvez seja por isso que os últimos proprietários relutavam em falar com alguém sobre Crowley ou as atividades paranormais que supostamente assombravam o lugar. Eles se mantiveram em silencio. Em seguida, um incêndio significativo danificou o local em dezembro de 2015 e novamente em julho de 2019. Atualmente, a mansão está novamente em reparo e reconstrução.
Vou deixar uma descrição sobre THELEMA e Aleister Crowley, fonte wikipédia, só p’ra quem desconhece o assunto, ter uma base de entendimento:
Thelema
Thelema ( /θəˈliːmə/) é uma filosofia religiosa baseada em um postulado de mesmo nome, adotado como princípio fundamental por algumas organizações ocultistas, desenvolvida no início de 1900 por Aleister Crowley, um escritor inglês e mago cerimonial.[2] A lei de Thelema é “Fazes o que tu queres, há de ser o todo da Lei. O amor é a lei, amor sob vontade.”
Crowley acreditava ser o profeta de uma nova era, o “Æon de Hórus”, com base em uma experiência espiritual que ele e a esposa à época, Rose Edith, tiveram no Egito, em 1904. Segundo ele, um ser espiritual (“praeter-humano”), chamado Aiwass entrou em contato com ele e ditou um texto conhecido como O “Livro da Lei” ou “Liber AL vel Legis”, que delineou os princípios de Thelema. Um aderente de Thelema é um thelemita.
O panteão Thelêmico inclui um número de divindades, principalmente um trio adaptado da antiga religião Egípcia, que são os três locutores do Livro da Lei: Nuit, Hadit e Ra-Hoor-Khuit. Crowley descreveu essas divindades como uma “conveniência literária”. A religião é baseada na ideia de que o século XX marcou o início do Aeon de Horus, em que um novo código de ética deve ser seguido: “Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei”. Esta declaração indica que o número de fiéis, que são conhecidos como thelemitas, devem buscar e seguir o seu próprio caminho na vida, conhecido como a sua Verdadeira Vontade. A filosofia também enfatiza a prática ritual de Magia.
A palavra thelema é o inglês transliteração do substantivo grego Coinê θέλημα (pronunciado em grego: [θélima]) “vontade”, a partir do verbo θέλω “a vontade, o desejo, o querer ou de propósito”. Como Crowley desenvolveu a religião, ele escreveu amplamente sobre o tema, bem como produziu mais materiais “inspirados”, que ele coletivamente denominou Os Livros sagrados de Thelema. Ele também incluiu a partir de ideias ocultismo, ioga e tanto Oriental e Ocidental com o misticismo, especialmente a Qabalah.
Sobre Cabalá
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Precedentes históricos
A palavra θέλημα (thelema) é rara no grego clássico, onde significa “o desejo apetitoso, às vezes até sexual”,[3] mas é frequente na Septuaginta.[3] Os primeiros escritos Cristãos, ocasionalmente, usam a palavra para referir-se à vontade humana,[4] e mesmo à vontade do adversário de Deus, o Diabo.[5] mas, geralmente, refere-se à vontade de Deus.[6] Um exemplo bem conhecido é a “Oração do Senhor” (Evangelho segundo Mateus 6:10:), “Venha o Teu reino. Seja feita a tua vontade (Θελημα). Assim na terra como no céu.” Ela é usada de novo mais tarde no mesmo evangelho (26:42), “E, afastando-se de novo pela segunda vez, orou, dizendo: Pai meu, se este cálice não pode passar de mim sem eu o beber, faça-se a tua vontade.” Santo Agostinho, em seu sermão do século V, em João 4:4–12, deu uma instrução semelhante:[7] “Ama e fazes o que queres.” (Dilige et quod vis fac).[8]
No Renascimento, um personagem chamado Thelemia, representa a vontade ou desejo na Hypnerotomachia Poliphili do monge Dominicano Francesco Colonna. O protagonista Poliphilo tem dois carros alegóricos de guias, Logística (razão) e Thelemia (vontade ou desejo). Quando forçado a escolher, ele escolhe a realização sexual, sobre a lógica.[9] O trabalho de Colonna foi uma grande influência sobre o monge Franciscano François Rabelais que, no século XVI, usou Thélème, a forma francesa da palavra, como o nome de uma abadia fictícia em seus romances Gargântua e Pantagruel.[10] A única regra da Abadia foi “fay çe que vouldras” (“Fais ce que tu veux”, ou, “Faze o que tu queres”). Em meados do século XVIII, Sir Francis Dashwood escreveu o adágio em uma porta de entrada de sua abadia em Medmenham,[11] o qual serviu como lema do Clube do Inferno.[11] A Abadia de Thelema de Rabelais tem sido referida por escritores posteriores como Sir Walter Besant e James Rice, em seu romance Os Monges de Thelema (1878), e C. R. Ashbee em seu utópico romance A Construção de Thelema (1910).
François Rabelais
François Rabelais era um frade Franciscano e, mais tarde, um monge Beneditino do século XVI. Por fim, ele deixou o mosteiro para estudar medicina, e mudou-se para a cidade francesa de Lyon em 1532. Lá, ele escreveu a série de livros Gargântua e Pantagruel. Eles contam a história de dois gigantes, um pai (Gargântua) e seu filho (Pantagruel), e suas aventuras divertidas e extravagantes, e de tom satírico.
A maior parte dos críticos de hoje concordam que Rabelais escreveu a partir de uma perspectiva Cristã humanista.[12] Lawrence Sutin, biógrafo de Crowley, notou isto quando contrastou as crenças do autor francês com o Thelema de Aleister Crowley.[13] Na história de Thélème mencionada anteriormente, que os críticos analisaram como referindo-se em parte ao sofrimento dos fiéis Cristãos reformistas ou “evangélicos”[14] dentro da Igreja francesa,[15] a referência à palavra em grego θέλημα “declara que a vontade de Deus rege esta abadia”.[16] Sutin escreve que Rabelais não foi precursor de Thelema, com suas crenças contendo elementos de estoicismo e de bondade Cristã.[13]
Em seu primeiro livro (cap. 52-57), Rabelais escreve sobre esta Abadia de Thélème, construída pelo gigante Gargântua. É uma utopia clássica, apresentada a fim de criticar e avaliar o estado da sociedade dos dias de Rabelais, ao contrário de um moderno texto utópico que procura criar o cenário na prática.[17] É uma utopia, onde os desejos são realizados.[18] Satírico, ele também sintetiza os ideais considerados na ficção de Rabelais.[19] Os habitantes da abadia eram governados apenas por sua livre-vontade e o prazer, a única regra é “FAZE O QUE QUIZERES” (“FAY CE QUE VOULDRAS”). Rabelais acreditava que os homens que são livres, bem nascidos e criados, têm honra, que intrinsecamente leva a ações virtuosas. Quando restritas, suas naturezas nobres transformam-se a fim de remover sua servidão, porque os homens desejam o que a eles é negado.[10]
Alguns Thelemitas modernos consideraram que o trabalho de Crowley se baseia no resumo de Rabelais. Rabelais, foi várias vezes creditado pela criação da filosofia[20] de Thelema, como uma das primeiras que as pessoas se referem a ela,[21] ou como sendo “o primeiro Thelemita”.[22] No entanto, o atual Grão-mestre Geral do Califado da O.T.O nos Estados Unidos afirmou:
Aleister Crowley escreveu em Os Antecedentes de Thelema, (1926), uma obra incompleta não publicada nos seus dias, que Rabelais não somente estabeleceu a lei de Thelema de uma forma semelhante à forma como Crowley entendeu, mas previu e descreveu em código a vida de Crowley e o texto sagrado que ele afirmava ter recebido, O Livro da Lei. Crowley disse que o trabalho que ele tinha recebido foi mais profundo, mostrando mais detalhadamente a técnica que as pessoas devem praticar, e revelando mistérios científicos. Ele disse que Rabelais se limitou a retratar um ideal, em vez de tratar de questões de economia política e assuntos semelhantes, os quais devem ser resolvidos, a fim de perceber a Lei.[23]
Rabelais é incluído entre os Santos da Ecclesia Gnostica Catholica.[24]
Francis Dashwood e o Clube do Inferno
Sir Francis Dashwood adotou algumas das ideias de Rabelais e traduziu a regra para o francês, quando ele fundou um grupo chamado “os Monges de Medmenham” (mais conhecido como o Clube do Inferno).[11] Uma abadia foi fundada em Medmenham, em uma propriedade que incorporou as ruínas de uma da abadia Cisterciense fundada em 1201. O grupo era conhecido como os Franciscanos, não devido a São Francisco de Assis, mas devido a seu fundador, Francis Dashwood, 11º Barão de le Despencer. John Wilkes, George Dodington e outros políticos foram membros.[11] Há pouca evidência direta do que o Clube do Inferno de Dashwood praticava ou acreditava.[25] O testemunho direto vem de John Wilkes, um membro que nunca entrou para a sala do círculo interno.[25][26] Ele descreve o grupo como hedonistas que se reuniam para celebrar as mulheres e o vinho”, e acrescentou ideias dos antigos apenas para tornar a experiência mais decadente.[27]
Na opinião do Tenente Coronel Towers, o grupo derivava mais de Rabelais do que da inscrição sobre a porta. Ele acredita que eles usaram cavernas como templo oracular Dionisíaco, com base na leitura de Dashwood dos capítulos relevantes de Rabelais.[28] Sir Nathaniel Wraxall, em seu Histórico de Memórias (1815), acusou os Monges de realização de rituais Satânicos, mas estas reivindicações foram negadas como sendo apenas boatos.[25] Gerald Gardner e outros, tais como Mike Howard,[29] dizem que os Monges adoravam “a Deusa”. Daniel Willens argumentou que o grupo provavelmente praticava maçonaria, mas também sugere que Dashwood pode ter mantido sacramentos católicos. Ele pergunta se Wilkes teria reconhecido uma verdadeira Missa Católica.[30]
Aleister Crowley
Aleister Crowley (1875–1947) foi um ocultista inglês e escritor. Em 1904, Crowley afirmava ter recebido O Livro da Lei a partir de uma entidade chamada Aiwass, que era para servir de base religiosa e filosófica do sistema que ele chamou de Thelema.[24][31]
Raul cita Aleister Crowley
O Livro da Lei
Sistema thelemico começa com O Livro da Lei, que leva o nome oficial de Liber AL vel Legis. Ele foi escrito no Cairo, Egito , durante sua lua de mel com sua nova esposa Rose Edith Kelly. Este pequeno livro contém três capítulos, e supostamente foi escrito um capítulo a cada hora, tendo início ao meio dia do dia 8 de abril, dia 9 de abril e 10 de abril de 1904. Crowley afirma que o texto foi ditado por uma entidade chamada Aiwass, a quem mais tarde identificaria como o seu próprio Sagrado Anjo Guardião, uma divindade particular de cada indivíduo que o sistema religioso afirma se tratar de uma espécie de deus pessoal.[24] Discípulo, o autor e uma vez secretário de Crowley – Israel Regardie prefere atribuir a voz para o subconsciente, mas as opiniões entre os Thelemitas diferem muito. Crowley afirmava que “nenhum falsificador poderia ter preparado um conjunto de numérico e literal de quebra-cabeças tão complexos” e que o estudo do texto seria dissipar todas as dúvidas sobre o método de como o livro foi obtido.[32]
Além da referência a Rabelais, uma análise por Dave Evans apresenta semelhanças com O Amado de Hathor e o Santuário de Falcão de Ouro,[33] um jogo por Florence Farr.[34] Evans diz que isso pode resultar do fato de que tanto Farr e Crowley foram completamente mergulhados nas imagens e ensinamentos da Golden Dawn “,[35] e que Crowley talvez conhecesse o material que inspiraram alguns dos ideais de Farr.[36] Sutin também encontra semelhanças entre a Thelema e o trabalho de W. B. Yeats, atribuindo esta a “visão interior compartilhada”, e talvez o conhecimento de homem mais velho de Crowley.[37]
Crowley escreveu vários comentários sobre O Livro da Lei, o último dos quais ele escreveu, em 1925. Este breve trabalho, chamado simplesmente de “O Comentário”, adverte contra a discutir o conteúdo do livro, e afirma que todas as questões da Lei devem ser decididas apenas por apelo aos meus escritos” e é assinado Ankh-af-na-khonsu.[24]
Verdadeira Vontade
De acordo com Crowley, cada indivíduo tem uma Verdadeira Vontade, distinta das vontades e desejos comuns do ego. A Verdadeira Vontade é, essencialmente, o “chamado” ou “propósito” na vida. Mais tarde, alguns magos têm interpretado esta ideia como o objetivo de alcançar a auto-realização através do esforço próprio, sem a ajuda de Deus, ou a qualquer outra autoridade divina. Isso traz para perto a posição de que Crowley realizada um pouco antes de 1904.[38] Outros seguem obras posteriores, como “Liber II, dizendo que a sua própria vontade, em forma pura, não é outra coisa que a vontade divina.[39] Faze o que tu queres, há de ser o todo da Lei de Crowley não se refere ao hedonismo, cumprindo diário desejos, mas para agir em resposta a esse chamado. O Thelemita é um místico.[38] De acordo com Lon Milo DuQuette, um Thelemita é alguém que baseia suas ações no sentido de descobrir e realizar a sua Verdadeira Vontade,[40] quando uma pessoa faz a sua Verdadeira Vontade, é como uma órbita, o seu lugar na ordem universal, e o universo o ajuda.[41] Para que o indivíduo seja capaz de seguir sua Verdadeira Vontade, as suas inibições sociais cotidianas podem ser ultrapassadas através de descondicionamento.[42][43] Crowley acreditava que, para descobrir a Verdadeira Vontade, a pessoa tinha que libertar os desejos do subconsciente da mente a partir do controle da mente consciente, especialmente as restrições colocadas sobre expressão sexual, que é associado com o poder da criação divina.[44] Ele identificou a Verdadeira Vontade de cada indivíduo com o Sagrado Anjo Guardião, um daimon, e único a cada indivíduo.[45] A busca espiritual para se encontrar o que você está destinado a fazer, é também conhecida em Thelema como a Grande Obra.[46]
Cosmologia
Thelema deriva seus principais deuses e deusas da Antiga religião Egípcia. A mais alta divindade na cosmologia de Thelema é a deusa Nuit. Ela é o céu, à noite, arqueado sobre a Terra, simbolizada na forma de uma mulher nua. Ela é concebida como a Grande Mãe, a fonte suprema de todas as coisas.[47] A segundo principal divindade de Thelema é o deus Hadit, concebido como o infinitamente pequeno ponto, complementar e consorte de Nuit. Hadit simboliza a manifestação, o movimento e o tempo.[47] Ele também é descrito no Liber AL vel Legis – o como “a chama que queima em todo coração de homem, e no âmago de toda estrela”.[24] A terceira divindade na cosmologia de Thelema é Ra-Hoor-Khuit, uma manifestação de Horus. Ele é simbolizado como um entronado homem com cabeça de falcão que carrega uma varinha. Ele é associado com o Sol e as energias ativas da magia de Thelema.[47] Outras deidades dentro da cosmologia de Thelema são Hoor-paar-kraat (ou Harpocrates), deus do silêncio e da força interior, o irmão de Ra-Hoor-Khuit,[47] Babalon, a deusa de todos os prazeres, conhecida como a Virgem Prostituta,[47] e Therion, a besta que Babalon experiências, que representa o animal selvagem no homem, uma força da natureza.[47]
TEM UMA MÚSICA DE RAUL SEIXAS QUE CURTO MUITO:
Nuit
Magia e ritual
A magia de Thelema, é um sistema de físico, mental e espiritual de exercícios que os praticantes acreditam que são benefícos.[48] Crowley definido magia como “a Ciência e a Arte de causar Mudanças de acordo com a Vontade”.[24] Ele recomendou a magia como um meio para descobrir a Verdadeira Vontade.[49] Em geral, práticas de magia em Thelema são projetados para ajudar a encontrar e manifestar a Verdadeira Vontade, embora algumas incluam aspectos comemorativo.[50] Crowley foi um escritor prolífico, integrando práticas Orientais com práticas mágicas Ocidentais da Ordem Hermética da Golden Dawn,[51] Ele recomenda um número destas práticas para seus seguidores, incluindo serviços básicos de ioga; (asana e pranayama);[52] os rituais de sua própria concepção ou com base no Golden Dawn, como o ritual menor do pentagrama, de banimento e invocação;[50] Liber Samekh, um ritual de invocação do Sagrado Anjo Guardião;[50] rituais eucarísticos, tais como A Missa Gnóstica e A Missa da Fênix;[50] e o Liber Resh, que consiste em quatro adorações diárias para o sol.[50] grande parte de seu trabalho é prontamente disponível em versão impressa e on-line. Ele também discutiu magia sexual e gnose sexual em várias formas, incluindo práticas masturbatórias, heterossexuais e de sexo anal, e estas formam parte de suas sugestões para o trabalho das pessoas em graus mais elevados da Ordo Templi Orientis.[53] Crowley acreditava que depois de descobrir a Verdadeira Vontade, o mago deve também remover quaisquer elementos de si mesmo que se interpõem no caminho do seu sucesso.[24]
A ênfase da magia de Thelema não é diretamente sobre os resultados materiais, e enquanto muitos Thelemitas praticam a magia para metas, tais como a riqueza ou o amor, ele não é necessário. Aqueles em uma ordem mágica Thelêmica , tais como A∴A∴, ou a Ordo Templi Orientis, trabalham através de uma série de graus ou degraus, através de um processo de iniciação. Os thelemitas que trabalham por conta própria ou em um grupo independente tentar alcançar esta subida ou a finalidade do mesmo, utilizando os Livros sagrados de Thelema e/ou com os trabalhos mais seculares de Crowley funcionando como um guia, juntamente com a sua própria intuição. Os thelemitas, ambos independentes e os filiados com uma ordem, pode praticar uma forma de oração performatica, conhecido como Liber Resh.
Um objetivo no estudo de Thelema dentro da ordem mágica da A∴A∴ é para o mago obter o conhecimento e conversação do Sagrado Anjo Guardião: comunicação consciente com o seu próprio daimon, adquirindo, assim, o conhecimento de sua Verdadeira Vontade.[54] A tarefa principal de alguém que já tenha obtido isto é chamada de “Travessia do Abismo”;[54] abandonando completamente o ego. Se o aspirante é despreparado, ele vai se apegar ao ego, tornando-se um Irmão Negro. Em vez de se tornar um com Deus, e o Irmão Negro considera seu ego para ser deus.[55] de Acordo com Crowley, o Irmão Negro se desintegra lentamente, enquanto predando outros para a seu próprio auto-engrandecimento.[56]
Crowley ensinou exames céticos de todos os resultados obtidos através da meditação ou magia, pelo menos para o aluno.[24] Ele amarrou isso a necessidade de manter um registro mágico ou diário, que tenta listar todas as condições do evento.[57][58] Comentando sobre a semelhança das declarações feitas por pessoas espiritualmente avançadas e de suas experiências, ele disse que cinquenta anos de seu tempo, eles teriam um nome científico baseado em “uma compreensão do fenômeno” para substituir termos como “espiritual” ou “sobrenatural”. Crowley afirmava que seu trabalho e de seus seguidores usam “o método da ciência; o objetivo da religião”,[24] e que o verdadeiro poderes do mago poderia de alguma forma ser objetivamente testado. Esta ideia foi retomada mais tarde por praticantes de Thelema, magia do caos e magia em geral. Eles podem considerar que testam hipóteses com cada experiência mágica. A dificuldade reside na amplitude de sua definição de sucesso,[59] em que eles podem ver como evidência de sucesso, coisas que um não mago não vai definir como tal, levando a um viés de confirmação. Crowley acreditava que ele poderia demonstrar, através de seu próprio exemplo, a eficácia da magia na produção de determinadas experiências subjetivas que normalmente não resultam de tomar haxixe, apreciando-se, em Paris, ou atravessando a pé o deserto do Saara.[60] Não é estritamente necessário praticar técnicas ritualística para ser um Thelemita, como devido ao foco da magia de Thelema sobre a Verdadeira Vontade, Crowley, afirmou que “todo ato intencional é um ato mágico”.
Thelema no Brasil
A introdução de Thelema no Brasil ocorreu com a chegada da Fraternitas Rosicruciana Antiqua, de Arnold Krumm-Heller, em fevereiro de 1933. Além de ter os seus rituais dos primeiro e segundo graus calcados no Liber Al vel Legis, e de haver publicado, pioneiramente, em sua revista “Gnose” vários artigos de Aleister Crowley, os irmãos da F.R.A. denominavam-se thelemitas, ainda que disso não fizessem alarde, e muito menos proselitismo.
Contudo, a ocultação dos ensinamentos do Mestre Therion acabou, com o ingresso de Marcelo Ramos Motta na A.·. A.·., cerca de trinta anos depois, na década de 1960. Saindo da F.R.A., por não aceitar a maneira velada com que tratavam os ensinamentos thelêmicos, Marcelo Motta tornou-se discípulo de Karl Germer na A.·. A.·., e, baseando-se no fato de seu Mestre ser também líder internacional da Ordo Templi Orientis tentou assumir a liderança desta Ordem na ocasião da morte de Germer. Todavia, perdeu a batalha judicial, mesmo tendo criado, nos EUA, a Society O.T.O., organização sem ligação com a O.T.O., mas, ainda assim, primeiro grupo thelêmico, após a F.R.A., a atuar no Brasil de forma regular. Contudo, após a morte de Motta, as atividades da Sociedade O.T.O. foram diminuindo gradativamente até praticamente não se manterem mais.
A primeira instituição thelêmica legalmente criada no Brasil foi a Sociedade Novo Aeon, idealizada em 1974 por Marcelo Motta e Euclydes Lacerda (1936-2010) a.k.a. Frater Thor e registrada por este último em 1975. Através da S.N.A., Euclydes Lacerda difundia a Filosofia Thelêmica, a Ordem da A.·. A.·. e a Society O.T.O. Euclydes Lacerda, por sua vez, fora responsável por vários trabalhos ao longo de seus quase 50 anos (como a Editora Bhavani, a Ordem dos Cavaleiros de Thelema e vários outros), existe ainda hoje, sendo continuada pelos herdeiros de Frater Thor.[68]
Na década de 1980, dois membros da SNA causaram a cisão do grupo dos quais Frater Q.V.I.F. juntamente com outros fundaram a MAAT – Associação de Cultura Thelêmica; e Frater Bruno com os seus associados que decidiram alinharem-se com a O.T.O. Americana e trazê-la para o Brasil.
Ainda na década de 1980, o Mestre Genelohim, iniciado egresso da F.R.A., criou, em Niterói, no Rio de Janeiro, o Sagrado Círculo de Thelema – S.C.T., com o objetivo de divulgar os ensinamentos do Mestre Therion, já que a F.R.A. permanecia ocultando os mesmos. Mas os mestres do S.C.T. foram surpreendidos com a Ordem Superior da Hierarquia, determinando a recepção de uma nova mensagem de Hórus, o Novo Livro da Lei (N.L.L.), que seria, na visão dos membros do S.C.T., a qual não é compartilhada pela maior parte dos seguidores de Thelema, o continuador e atualizador do Liber AL vel Legis recebido em 1904 pelo Mestre Therion. Ainda hoje o S.C.T. continua atuante, divulgando essa nova mensagem e os elementos que criou: a Spira Legis e o Oráculo de Thelema.
Em outubro de 1994, Frater ABO recebeu de Frater QVIF os graus O.T.O. (Society)/S.N.A. e o primeiro fundou a Loja Nova Isis. As atividades thêlemicas da Associação de Cultura Thelêmica – MAAT foram transferidas para a Loja Nova Isis e seus associados deram continuidade ao trabalho mágico iniciático. Nos seus 10 primeiros anos a L.N.I. propagou ensinamentos no formato de Ordem Iniciática e criou a primeira divulgação de Thelema no Brasil na Internet. No Equinócio de Primavera de 2005, seu sistema instrucional foi mudado, por uma cerimônia onde a Loja Nova Isis foi ritualisticamente silenciada por Frater Arjuna e seu trabalho como Ordem Iniciática suspenso. Em seu lugar surgiu o Collegium ad Lux et Nox que continua como uma organização não iniciática voltada ao ensino de magia sob a égide Thelêmica.
No final década de 90 ainda foi fundada a Ordem dos Cavaleiros de Thelema.
Em novembro de 1995 é fundado o primeiro Corpo Local (grupo oficial) da O.T.O. no Brasil, o Acampamento Sol no Sul, embrião do Oásis Quetzalcoatl, atualmente Loja Quetzalcoatl, grupo thelêmico ainda em atividade no Rio de Janeiro. A Ordo Templi Orientis conta também com outros Corpos Locais: um no estado de Minas Gerais, na cidade de Belo Horizonte, o Acampamento Opus Solis e outro no estado de São Paulo, na cidade de Mairiporã, o Acampamento Sub Lege Libertas. Funcionando continuamente desde sua chegada ao Brasil, a O.T.O. é a mais regular presença thelêmica em terras brasileiras e principal fonte de referência.
A Lei de Thelema também foi divulgada no Brasil por Raul Seixas na década de 1970. Inclusive, Raul Seixas e Paulo Coelho chegaram a criar a Sociedade Alternativa baseada nos preceitos do Livro da Lei de Crowley. Ambos foram instruídos na A.`.A.`. por Frater Thor (Euclydes Lacerda) a pedido de Motta. A música Sociedade Alternativa é um grande exemplo disso. Nas músicas “A Lei” e “Sociedade Alternativa”, Raul chega a ditar todos os preceitos de Liber Oz.[69]
Recentemente, no ano de 2010 foi fundada, na cidade de Catanduva, a Ordem Thelemita Brasileira (OTB), uma Organização não governamental cujos seguidores seguem à risca a doutrina de Aleister Crowley, mas tendo como modo prático de vida comunitária algumas características do Movimento rastafári.
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Raul Seixas era Luciferiano?
Thelema em religião comparada
Thelema vem atraindo muita atenção nos últimos anos de estudiosos de outras linhas religiosas, especialmente dos interessados em novos movimentos religiosos, como o Gnosticismo contemporâneo e o Hermetismo. Talvez a tentativa mais fora do comum tenha sido feita pelo bispo Frederico Tolli, em seu livro (em alemão) “Thelema — Im Spannungsfeld zwischen Christentum, Logentradition und New Aeon” (“Thelema – Na Tensão Entre o Cristianismo, a Tradição e o Novo Aeon”). Para Tolli, Thelema é uma consequência dialética do Cristianismo. A cristandade, para Tolli, existe como uma comunidade em Cristo, de forma que Thelema seria uma resposta individualística para o mundo.
Tomando de um dicionário teológico de 1938 (para o Novo Testamento) o conceito de “salvação histórica” (Heilsgeschichte) teve grande efeito no pensamento de Tolli e é neste conceito que ele discute Thelema. Tolli vê o Heilsgeschichte de Crowley como aquele em que o todo do Universo (logo, a Vontade de Deus) está para se combinar (análogo à fórmula alquímica do “coagula“). O Amor, na forma da combinação atrativa (“Amor é a lei, amor sob vontade”) é um princípio universal, estando assim próximo ao conceito de uma religião natural. A principal diferença, para Tolli, é que na cristandade a salvação do Universo como um todo (“Ganzheit“) não pode ser feita pelo homem solipsista. O bispo vê Crowley como um artista ou um mistagogo falho, ainda que brilhante, mas não como “satanista”. O mérito e contribuição do bispo Tolli para os estudos thelêmicos reside no fato de ter primeiro experimentado uma genuína compreensão de que a ideia de Thelema não necessariamente contradiz os ensinamentos de Jesus, como o próprio Crowley afirmava.
Os Reinos Eternos São:
Reino Atômico: (Luz em Alpha) – Percepção de Consciência
Mineral: Percepção e aprimoramento de espaço
Reino Vegetal: Percepção e aprimoramento de Tempo
Reino Animal: Percepção e aprimoramento das sensações relativas: Emoções
Humano: Percepção e aprimoramento – Reino da possibilidade Criativa: O Eu Sou
Dévico (Luz em Ômega): Reflexo inicial: Deuses
Esta fragmentação em forma Abstrata é atemporal, o ETHER, a sensação, o Espírito Santo.
Em forma Lógica é temporal, a Justiça, a Coerência, Deus. (Livro Lucifer)
Conclusão: Hermetismo e Alquimia Antiga = Conclusão
Portais:
Luz p’ra nós ☥
Ajudem compartilhando|comentando…
Fazes o que tu queres, há de ser o todo da Lei – RespondeBob
Mantras para despertar os chakras e paranormalidade, por Aleister Crowley
Mantras para despertar os chakras e paranormalidade – parte 2
#luzpranos
Bom dia, Roma 💗🌚
Li o início do texto sobre THELEMA, nunca ouvi falar, que eu me lembre…
Esse nome desse cara TB minha memória n fixou, se é que eu ouvi falar algum dia nessa vida. Perdoe essa minha enorme ignorância com relação a pessoas e seus feitos, poucas eu guardo na memória, talvez n dê pra contar nos dedos das mãos. Vc sabe disso 🙃 😐
O nome parece mais com músico rs, n li a história dele, vou me inteirar, assim que possível. Vai demorar um pouco devido aos afazeres aqui esse mês, mas eu venho com o feedback sobre o texto e o vídeo! Prometo.
Luz pra nós ✨
Ele é famoso, mas p’ra quem gosta de ocultismo, se estilo de vida n deve ter permitido vc ouvir sobre ele, para ter ouvido, teria que gostar de ocultismo, ou de rock, no meio do rock muita gente faz referência a ele, eu por exemplo, uma das primeiras vezes que ouvi falar dele foi através de uma música do Ozzy Osburne, em 2003, a música se chama mr Crowley e tem outros artistas ue curte que fazem referência a ele, putz, falando isso, até pensei que poderia ter colocado isso nesse artigo, como não soltei o vídeo no canal ainda, vou acrescenta isso no artigo, fazer isso agora. Obrigado pelo feedback, Roma, e n se preocupe, eu sei das correrias, foca nos estudos ai para sair bem no trabalho.
Luz p’ra nós ((( s2′ )))
Ah entendi, está explicado😻
O vídeo está visto e respondi no canal.
Seria bom se todos fizessem um esforço pra dar o feedback do vídeo lá TB. Dar atenção tanto aqui quanto ao teu canal. SE FOR DE CORAÇÃO, vai ser muito produtivo… mostram que entenderam a importância do tempo que é gasto por amor e honra a missão.
O texto eu dou o feedback como prometido. Luz pra nós, Roma. Deus abençoe muito.
Luz pra nós
Luz p´ra nós !!
Gratidão.
Luz p´ra nós
Trabalho completo, mt bom!
Luz pra nós!
Gratidão Leandro! Luz p’ra nós!
Luz p’ra nós!
Gratidão.
Luz p’ra nós!
Luz p’ra nós 🙏
Nossa, essa foi comprada.
Luz p’ra nós!
Luzpranos
Luz p’ra nós!
Gratidão Mestre! Luz p’ra nós!
Luz p’ra nós!
Vou ver depois… tmj mestre!
Se eu fizer o que quiser pisando na Honra e no Amor, eu não sou digno.
Muito bom !
Gratidão!
Luz p´ra nós!!
Gratidão pela matéria!
Luz p’ra nós!