Enem 2023: prova de ciências humanas e linguagens aborda temas importantes da história e da cultura brasileira

No último domingo (5/11), as provas de ciências humanas e linguagens do Enem 2023 apresentaram uma abordagem significativa de temas relevantes da história e cultura brasileira. A prova incluiu questões relacionadas à ditadura militar, migração de judeus para o Brasil, machismo, valorização da identidade indígena e racismo.

No campo da história, o período da ditadura militar brasileira (1964 a 1985) foi central, abordando a censura e repressão política em pelo menos duas questões.

Além disso, houve questões sobre a história da Palestina, migração de judeus para o Brasil, valorização da cultura popular e a luta contra o racismo.

Na seção de literatura, trechos de obras de Paulo Freire, Conceição Evaristo, e Itamar Vieira Júnior foram explorados. A música “Alegria, Alegria”, de Caetano Veloso, também foi tema de uma questão.

Uma tirinha da cartunista Laerte foi tema de uma questão da primeira prova do Enem 2023 realizada neste domingo (5)

Professores de cursinhos pré-vestibular elogiaram a prova, destacando a inclusão de temas relevantes para a formação do cidadão brasileiro.

Giba Alvarez, diretor do cursinho da Poli, comentou: “O Enem não tem mais lacunas na história do Brasil; todos os períodos importantes estão sendo cobrados”. Ele enfatizou que os temas da prova ganham destaque no currículo do ensino médio pela importância do Enem.

Rodrigo Basilio, professor de história do Poliedro, notou uma abordagem mais interpretativa e menos focada em conteúdo. Questões sobre desigualdade de gênero, papel da mulher na história e valorização da cultura popular foram destacadas.

Os professores também mencionaram a presença de temas ambientais, incluindo mudanças climáticas, aquecimento global, desmatamento na Amazônia e questões relacionadas à degradação do solo e modelos sustentáveis.

Os estudantes responderam a 90 questões de ciências humanas e linguagens e também escreveram uma redação sobre “Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil”.

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