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Logo abaixo você irá entender por que do declínio de seu império, que se repete assim como em todos que enfrentam Israel e seus Juros compostos
Política contra Israel
Para financiar estas guerras, Filipe IV viu-se obrigado a recorrer a várias desvalorizações da moeda entre 1290 e 1309. Como medida de curto prazo, perseguiu os judeus de modo a tomar os seus bens, prendendo e chegando a expulsá-los dos territórios franceses em 1306.
Também confiscou os bens dos banqueiros lombardos em 1292 e de abades mais abastados. Para a história ficou a condenação destas ações e dos seus gastos excessivos pelos seus inimigos na Igreja Católica, uma vez que os cronistas deste tempo eram na maioria monges.
Quando lançou alguns impostos sobre o clero, de cerca de metade do seu rendimento anual, iniciou um conflito com o papado. A 24 de fevereiro de 1296, o papa Bonifácio VIII emitiu a epístola decretal Clericis laicos, proibindo a transferência de qualquer propriedade da Igreja para a coroa francesa sem o acordo prévio de Roma, e a incitar uma aberta batalha diplomática contra o rei.
Envolvido em outros problemas com os aragoneses da Sicília e a família Colonna, o papa acabou por ceder, compondo as bulas Romana mater (fevereiro de 1297) e Etsi de statu (julho de 1297). Esta última continha uma renúncia formal à defesa dos bens eclesiásticos contra o arbítrio real da decretal Clericis laicos. No mesmo ano canonizou o rei Luís IX de França sob o nome de “São Luís da França”, um processo impulsionado por Filipe IV.
Mas em 1300, pela bula Unam Sanctam, Bonifácio declarou a superioridade do poder espiritual sobre o poder temporal, e por consequência, a superioridade do papa sobre os reis, que responderiam perante o líder da Igreja. Era de facto uma tentativa de instauração de uma teocracia na Europa ocidental.
Palácio dos Papas em Avinhão
Filipe respondeu proibindo a exportação de dinheiro francês para os Estados Pontifícios e convocou uma assembleia de bispos, nobres e grandes burgueses de Paris. Esta seria a precursora dos Estados Gerais que também surgiriam pela primeira vez no seu reinado, mais uma medida profissional e organizativa que os seus ministros introduziram no governo.
O rei saiu vitorioso do encontro, adotando uma política de independência em relação à Santa Sé e opondo-se ao papa. Procurou então o apoio de todos os seus súbditos a fim de legitimar a sua luta. Bonifácio VIII ameaçou-o de excomunhão e de interdição (o equivalente à excomunhão, aplicada a um território) sobre o reino da França.
Legalistas franceses falsificaram a bula para a tornar injuriosa ao poder civil e à França. Com um forte apoio no seu reino, em 1303 o Belo enviou o seu conselheiro Guilherme de Nogaret com uma pequena escolta armada para Roma, com o objetivo de prender o papa e de o levar a julgamento perante um concílio.
Este episódio, conhecido como o atentado de Anagni tornar-se-ia em um dos grandes escândalos do reinado de Filipe IV. A sua narrativa popular teve uma grande importância na reputação de poder e implacabilidade do “Rei de Ferro“, apesar de não ter estado diretamente envolvido no incidente.
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