
A floresta amazônica guarda muitos mistérios, mas poucos são tão enigmáticos quanto a figura da Matinta Pereira, uma das personagens mais conhecidas do folclore brasileiro. Popular na região Norte, especialmente no Pará, Amazonas e Amapá, a lenda se espalha em diferentes versões, mas todas giram em torno de uma mulher velha, solitária e de poderes sobrenaturais, que carrega consigo o poder da noite — e o som arrepiante de um assobio que corta o silêncio como um presságio.
A Lenda
Durante o dia, Matinta aparece como uma anciã comum, aparentemente frágil, mas à noite, transforma-se numa criatura alada, muitas vezes associada a corujas ou rasga-mortalhas (Tyto alba), aves noturnas ligadas a presságios e ao mundo espiritual. Sua presença é anunciada por um assobio agudo e repetitivo, vindo de lugar nenhum e de todos os lados. Diz-se que quem escuta o assobio e não oferece fumo ou tabaco a ela no dia seguinte pode ser amaldiçoado com doenças, perdas ou tormentos.
Uma das versões mais intrigantes da lenda conta que Matinta nunca morre enquanto não encontra alguém para herdar seu destino. No leito de morte, ela pergunta: “Você quer?”. E, se alguém responde “quero”, assume sua sina, transformando-se na nova Matinta.
Simbolismo e origem
A Matinta Pereira é uma síntese rica de elementos indígenas, africanos e europeus, marcada por traços da cosmologia tupi (como a transformação em animal), da bruxaria europeia (a figura da velha feiticeira) e dos encantados das religiões afro-brasileiras. Ela carrega o arquétipo da “velha sábia” ou da mulher marginalizada, que assusta por dominar forças que escapam à lógica comum — especialmente quando associadas ao feminino, à velhice e à noite.
A associação com aves noturnas reforça seu papel como mensageira do limiar entre os mundos: o visível e o invisível, a vida e a morte, a razão e o mistério. A coruja, em muitas culturas, representa sabedoria ancestral, mas também o desconhecido e o presságio.
Um eco das bruxas do mundo
Matinta Pereira dialoga com outras figuras femininas do imaginário mundial, como as bruxas europeias, as banshees irlandesas (que também anunciam a morte com gritos) e as harpias da mitologia grega. Todas compartilham essa condição de mulheres ligadas ao mistério, aos ciclos da natureza e à comunicação entre mundos.
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Não conhecia ela.
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Lembrou matilda kkk, no folclore brasileiro existem seres muito sinistros
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Ouvi dizer que se vc promete tabaco na manhã seguinte ela vem buscar…
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