Mineiros de ouro na Sibéria fizeram uma descoberta incrível ao desenterrar uma carcaça mumificada de rinoceronte-lanoso que esteve enterrada por mais de 14.000 anos.
A revelação aconteceu na região de Oymyakon, conhecida por suas condições congelantes que preservam bem os restos mortais das criaturas do passado.
O achado surpreendeu não só pela preservação dos tecidos moles e do chifre do rino, mas também pela oportunidade única que representa para os estudiosos entenderem mais sobre a megafauna da Era Glacial.
Em busca de tesouro
Chifre de rinoceronte-lanoso está com especialistas na NEFU (Fonte: NEFU/ Divulgação)
achado enquanto os mineiros escavavam para abrir uma nova pedreira, a carcaça mumificada do rinoceronte-lanoso (Coelodonta antiquitatis) é um presente raríssimo do permafrost siberiano.
A preservação dos tecidos moles e do chifre oferece uma chance ímpar de estudar e extrair DNA, algo que pode revelar um pouco da biologia desses gigantes pré-históricos.
Este rinoceronte-lanoso é apenas o quinto conhecido a ter seus tecidos moles preservados até hoje, o que torna a descoberta ainda mais significativa para a comunidade científica.
O achado foi imediatamente reportado ao Museu do Mamute da Universidade Federal do Nordeste (NEFU) em Yakutsk, onde os estudiosos se preparam para escavar a carcaça completa.
A universidade destacou a importância da descoberta para entender a fauna antiga e o clima da região. O chifre do rinoceronte já foi levado para o museu para pesquisa.
Ao lado dos mamutes lanudos, bisões e leões-das-cavernas, os rinocerontes-lanosos formavam uma parte crucial do ecossistema da estepe da Era Glacial.
Esses animais robustos que viviam no Pleistoceno eram adaptados às condições frias, com uma pelagem espessa e lanosa que os protegia das temperaturas baixas.
Seus imensos chifres, que podiam atingir quase 1 metro, eram usados para defesa e possivelmente em disputas de acasalamento.
Um cofre congelado
Mineiro pousa com a grande descoberta. (Fonte: NEFU/ Divulgação)
O permafrost siberiano, que proporcionou as condições perfeitas para a mumificação, é também a razão pela qual tantos restos de megafauna são achados na região.
A mistura de baixa temperatura e baixa oxigenação preserva os tecidos de maneira excepcional, como visto com o bebê mamute Dima, descoberto em 77.
Esse ambiente congelante tem sido um verdadeiro cofre para fósseis bem preservados, oferecendo uma visão rara e valiosa sobre o passado distante.
A descoberta do rinoceronte-lanoso ocorre em um momento em que a ciência está explorando a possibilidade de trazer de volta espécies extintas por meio da edição genética e da clonagem.
Embora a ideia de ressuscitar a megafauna seja ainda uma questão debatida, achados como esse oferecem uma base sólida para esses estudos futurísticos.
No entanto, os desafios éticos e ambientais de recriar espécies em um mundo que mudou significativamente desde a sua extinção são questões complexas que os estudiosos ainda estão tentando resolver.
O fato é que os estudiosos da NEFU estão empolgados para explorar a carcaça mumificada do rinoceronte-lanoso, que promete revelar detalhes sobre a dieta, saúde e ambiente desses animais pré-históricos.
Esse achado oferece uma visão valiosa da Era Glacial, estimulando a curiosidade de estudiosos e entusiastas da paleontologia.
Fonte: megacurioso.com.br
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Essas descobertas nos dão uma visão fascinante sobre o passado e nos conectam diretamente com eras muito distantes.
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