
”https://youtu.be/dTyxC0q0f-U”
O Pagador de Promessas
Zé do Burro é um homem humilde que enfrenta a intransigência da Igreja ao tentar cumprir a promessa feita em um terreiro de candomblé de carregar uma pesada cruz por um longo percurso.
Passa com a cruz nas costas e as pessoas riem e debocham.
Para frente a igreja, a mulher propõe irem dormir e largar a cruz ali.
Ele pensa: Imagina se roubam a cruz, ter que fazer outro e vir da roça até aqui.
Cafetão aparece na igreja e puxa assunto.
Fala que uma vez fez uma promessa pra pegar uma mulher e o marido dela viajou.
Zé pergunta se ele pagou a promessa, ele diz que não para não comprometer o santo.
O cafetão tenta seduzir a mulher e convencer Zé a deixar ele levar a mulher para um hotel.
A mulher não quer ir. Zé diz que é melhor ir, dá um trovão, começa chover.
A mulher continua fugindo das investidas do cafetão, mas fala mal do Zé, que como parte da promessa dividiu suas terras com trabalhadores. Ela está frustrada com Zé.
Cafetão entra no quarto com a mulher e fecha a porta.
Amanhece o dia, Zé está deitado embaixo da cruz.
Padre acha que é alguém que desgarrou da procissão.
O Padre aparece bravo e desagradável. Acha que Zé veio falar com ele.
Andou 7 léguas com a cruz.
Padre pergunta se não é pretensiosa a promessa.
Ele diz que seu amigo Nicolau quase morreu num acidente com raio.
Nicolau era um grande amigo que só podia ser católico, mas não podia entrar na igreja pois teve o azar de nascer burro de 4 patas.
Zé diz que foi no candomblé.
O Padre fica furioso.
A mãe de santo disse que foi Iansã, dos raios.
Zé lembrou que Iansã é Santa Bárbara, e decidiu levar a cruz do mesmo peso da de Cristo.
Padre fica ofendido ao ouvir que Santa Bárbara é a mesma Iansã; que era coisa de escravos pagãos.
Zé conta que dividiu as terras com lavradores mais pobres.
O burro sarou.
Padre diz que Santa Bárbara não ia fazer milagre num terreiro de candomblé. Que ele evocou um falso ídolo.
Zé diz que é diante do altar de Santa Bárbara que ele vai cair de joelho daqui a pouco.
Padre grita com Zé, diz que ele quer se igualar ao Messias repetindo a divina paixão pra salvar o burro com nome cristão.
Zé: Não foi Deus que criou os burros. Nicolau tem alma de gente.
Padre: Nem que tenha alma de anjo, nessa igreja não entra.
Zé fica desolado com a cruz nas costas.
A igreja não é sua padre, é de Deus.
Padre: Vai desrespeitar minha autoridade?
Zé: Entre o Sr e Sta Bárbara eu fico com a Santa.
O Padre fecha a porta na cara.
Jornalistas procuram um beato que veio pra cidade com uma cruz, que diz ser Jesus. Debocham.
Mulheres negras descem cantando limpando as escadas, Zé sai e vai pra rua. Um guarda lhe manda sair.
O candomblesista é brigado com o padre e não pode ajudar Zé.
O guarda fala com o padre que não quer abrir a porta e empurra o b.o. pro guarda.
A mulher volta e Zé ainda tá na escada. Diz que parece que tá tudo ao contrário, inferno no lugar do céu.
A mulher reclama que ele não pensa nela, e quer ir embora. Reclama que ele acredita demais, que já aconteceu coisa ruim demais (se refere à traição supostamente).
Repórter entrevista Zé.
Repórter é um entusiasta político.
O candomblé começa os ritos para Iansã, no mesmo dia dos ritos de Sta Bárbara.
Zé sobe as escadas hipnotizado pela imagem da santa que sobe as escadas com a procissão.
Ombros em carne viva.
O jornalista toma as dores de Zé e se volta contra o padre.
A mulher do candomblé oferece a Zé para deixar a cruz no terreiro, ao que ele recusa.
Líder candomblé oferece a Zé pra atacar o padre com propagandas de poesias, recusado.
Acusado de comunista, outros dizem que é revolucionário da reforma agrária.
A mulher tem a traição revelada.
Zé diz que ela deveria ter resistido como ele fez.
Ela diz que o teste é pra ele, que a santa obrigou ela a fraquejar pra testar ele.
Ele diz que esse assunto resolve depois na volta.
Padre ouve gritos dos jornaleiros ”novo cristo prega revolução”.
Autoridades de igreja discutem o que fazer com Zé do burro.
Zé fica muito irritado ao som de vários berimbaus.
Se intensifica e anuncia greve de fome. Confronta o padre.
O Padre chama ele de Lúcifer.
Chegam velhos de chapéu preto. Arcebispo.
Autoridades pedem ao padre que reflita nos aspectos políticos da situação.
O Padre diz que se o bispo assumir a responsa ele deixa Zé entrar.
Querem resolver sem perda de prestígio.
A igreja está vazia, e todo mundo lá fora ao lado de Zé.
Líder umbanda diz que o padre tem medo da concorrência, e no outro dia por medo da Santa vai abrir a porta.
Bispo pede que se abdique da promessa para entrar na igreja.
Usa autoridade para libertar Zé da promessa, propõe que ele faça outra promessa.
Zé diz que não fez a promessa ao bispo, mas à Santa. E quem garante que quando voltar pra roça não vai encontrar o burro morto?
Zé levanta a cruz nos braços e tenta arrombar a porta da igreja.
”Por Santa Bárbara ou por Satanás, vou por essa cruz na igreja custe o que custar.”
Padre pede que o guarda prenda Zé.
Cafetão mexeu pauzinhos para tentar prender Zé;
Pessoas levam bebês pra se curar, pede pra por a mão na testa dele.
Ele levanta o dedo e diz que não posso, não tenho poder nenhum.
Altos berimbau.
Capoeira.
Padre bate o sino pra competir com o barulho do candomblé.
Líder do candomblé consola Zé, diz amanhã você entra, vai ver se ele não abre a porta.
Jornalista traz confortos para Zé, colchão e caixas, em troca de palavras favoráveis pro candidato.
A polícia vem chegando, pessoas da umbanda falam pra Zé que fuja.
A mulher quer ir embora.
Zé diz que a Santa lhe abandonou, mas ele quer ir até o fim, mesmo que não seja pela Santa, para ficar em paz consigo mesmo.
A polícia pede documentos, ele diz que a santa lhe conhece.
Querem levá-lo.
Zé saca da peixeira, toma um empurrão do padre, ou sei la é bem confuso e bizarro.
Começa um quebra pau.
Zé parece morto. Padre se aproxima pra ‘’encomendar a alma’’ – encomendar pra quem, pro demônio? é repelido pela mulher.
Começa o berimbau dramático.
Capoeiristas colocam Zé na cruz com braços abertos, sobem as escadas. O padre anda de costas, sai da frente da porta que dessa vez é arrombada.
Zé entra na igreja morto em cima da cruz.
Nota do Rogerio:
Zé era um homem simples que só queria cumprir a promessa, muito grato por ter seu amigo burro salvo.
Mas o coletivo botou tanta pressão com a simbologia da paixão de Cristo, isso somado a personalidade forte e força de vontade de Zé acabou plasmando a paixão de Zé do burro.
https://www.youtube.com/watch?v=WLqFa-61tkM&list=WL&index=52&t=2011s
Interessante, Mestre.
Luz p’ra nós!
Luz pra nós
Sintonizando aqui. Luz p’ra nós!
Muito bom Mestre. Gratidão! Luz p’ra nós 🙏💜
Gratidão mestre ,lpn!
Não sei bem como dizer a sensação ao ouvir a história do Zé do Burro, e seu desfecho. É como se lembrasse alguma situação ou como se já tivesse assistido a algo parecido.
Como se o próprio nome “Zé do burro” fosse proposital, e todo desenrolar levou a uma fatalidade, que deveria ser “romântico” e honroso, ao mesmo tempo traz uma tragicidade com um viés meio sádico ou simplesmente injusto.
Enfim, talvez assistindo veja de outra forma.
Luz p’ra nós ✨🙏
Lendo aqui o texto com calma já tive outra impressão.
Resta assistir o filme.
Mas é difícil acompanhar seu ritmo 😅
Luz p’ra nós ✨
Luz pra nós!
Luz p’ra nós.
Luz pra nós!
Luz p’ra nós!Mestre.
Fim trágico, as vezes aceitar a misericórdia e ter agradecido amando seu amigo burro e cuidando dele e de outros bichos e pessoas doentes fariam Deus mais feliz, visto que esse momento pesado já foi segurado pelo verbo. Mas tbm pela simplicidade e “ignorância” que tbm nem tanto, visto que ele entendia mais do sincretismo, pelo menos abstratamente, que o padre. Só raciocinando aqui.
Luz p’ra nós
Luz pra nós!
Luz p´ra nós
Muito bom. Gratidão Mestre Rogério.
Luz pra nós!
Luz p’ra nós!
Luz p’ra nós!
#LuzPraNos
Luz P’ra Nós!
Luz p’ra nós!
Luz p’ra nós!
Não lembrava que já tinha assistido esse filme quando era menor, passou uma vez no Corujão da Globo rsrs, #luzpranos
Luz para nós!!
Gratidão pelo post!!
Luz p’ra nós
Acabei de ver o filme, muito massa, se não fosse um resumo acho que nunca me interessaria em ver, luz p’ra nós.
Assisti esse filme muito pivete na escola, nem lembrava, vou assistir outra vez…
Luz p’ra nós!
lpn!
Luz p’ra nós!
Luz p’ra nós!!