
Salve!
Nesta publicação serão apresentados alguns enteógenos, e também algumas informações sobre eles. Antes, confira a história dos termos já utilizados anteriomente para se referir aos mesmos, como psicodélicos, que é frequentemente usado.
Psicodélicos, alucinógenos ou enteógenos?
“Psicodélicos, assim como os psicofármacos, são moléculas que se ligam aos neurônios e modificam o seu funcionamento, provocando efeitos fisiológicos, psicológicos e comportamentais. Inicialmente, foram chamados de alucinógenos, tendo em vista a sua capacidade particular de alterar a percepção sensorial, com destaque para os efeitos visuais, que foram comparados às alucinações, manifestações visuais que podem ocorrer em quadros de esquizofrenia. Por este motivo, os primeiros estudos sobre psicodélicos em psiquiatria tratavam sobre a capacidade dessas substâncias de mimetizar, isto é, “imitar” alucinações e outros sintomas dos transtornos psicóticos – razão pela qual também receberam uma série de outros nomes, como psicotomiméticos, psicógenos e delirantes.”
“No entanto, alguns estudiosos logo perceberam que os efeitos psicodélicos não se restringiam àqueles semelhantes às psicoses, mas englobavam uma variedade de manifestações perceptuais, cognitivas e emocionais. Isso levou a Humphry Osmond, psiquiatra britânico que desenvolvia pesquisas no Canadá, a criar em 1956 o termo psicodélico, derivado das palavras gregas psique “mente” ou “alma”) e delein “manifestar”, denotando, portanto, aquilo que “manifesta a mente” ou “revela a alma”.”
“Mais tarde, em 1979, pesquisadores que estudavam o uso de plantas e fungos psicoativos entre etnias indígenas e comunidades tradicionais propuseram o termo enteógeno, uma combinação do grego entre entheos (literalmente, “Deus dentro”) e gen (“tornar-se”), remetendo àquilo que “gera o divino internamente”, buscando assim ressaltar o uso ritualístico/místico/espiritual dessas substâncias.” -Sechat
Existem artigos afirmando que Humphry Osmond anunciou o termo psicodélico na reunião da ‘New York Academy of Science’ em 1957. Parte de um artigo:
(Traduzido pelo Google Translate)
“O termo psicodélico, que significa “manifestação da mente”, foi cunhado por Humphry Osmond e sugerido a seus pares em 1957 em uma reunião da Academia de Ciências de Nova York. Ele pegou emprestado o grego antigo para dar o significado de “psicodélico”, usando as palavras gregas psique (mente) e delos (manifesto). Aldous Huxley, em uma carta a Osmond, veio com seu próprio termo, “phanerothyme”, que ele sugeriu a Osmond na rima. “Para tornar este mundo trivial sublime, tome meio grama de phanerothyme.” Osmond respondeu com sua própria rima: “Para entender o inferno ou voar angelical, basta tomar uma pitada de psicodélico.” O termo de Osmond foi adotado, dando a essas substâncias únicas sua identidade e classificação distintas.” -Psychedelic Times
(Original)
“The term psychedelic, which means “mind-manifesting,” was coined by Humphry Osmond and suggested to his peers in 1957 at a meeting of the New York Academy of Sciences. He borrowed ancient Greek to give the word “psychedelic” meaning, using the Greek words psyche (mind) and delos (manifest). Aldous Huxley, in a letter to Osmond, came up with his own term, “phanerothyme,” which he suggested to Osmond in the rhyme. “To make this trivial world sublime, take half a gram of phanerothyme.” Osmond replied with his own rhyme, “To fathom Hell or soar angelic, just take a pinch of psychedelic.” Osmond’s term was adopted, giving these unique substances their distinct identity and classification.” -Psychedelic Times
(Haverão dois comentários sobre o texto abaixo, o primeiro “(*1-)narrativo “, e o segundo “(*2-)simplificativo”, logo ao fim do texto da ‘Science Direct’, confira depois de lê-lo).
“Enteógeno é um neologismo para designar substâncias psicoativas empregadas em experiências visionárias culturalmente sancionadas em contextos rituais ou religiosos.”
“Entre os psicólogos da religião, enteógeno tornou-se o termo preferido para substâncias químicas como a psilocibina, que são drogas psicoativas que têm efeitos profundos na consciência. Os pesquisadores notaram há muito tempo que os enteógenos naturais têm sido usados por grupos religiosos, como os cultos de peiote nativos da América, para facilitar experiências religiosas e espirituais. O uso de enteógenos para facilitar a experiência mística ou um senso de união com Deus ou uma realidade mais ampla produziu alguns dos casos mais citados de verdadeiros estudos experimentais em psicologia da religião. (*1-) O cenário e o cenário foram documentados como fatores importantes para facilitar experiências positivas e uma interpretação religiosa delas. A oposição denominacional às experiências facilitadas quimicamente é bem documentada, dificultando a pesquisa com participantes comprometidos com a religião. No entanto, estudos recentes empregando enteógenos com participantes religiosamente comprometidos sugeriram um futuro brilhante para esta área de pesquisa controversa. (*2-) Este é especialmente o caso, dado que experiências místicas facilitadas por enteógenos foram documentadas como idênticas em medidas empíricas de experiências místicas relatadas àquelas que ocorrem espontaneamente ou facilitadas por práticas religiosas normativas, como a oração.” -Science Direct (Traduzido pelo Google Translate).
(*1- No tradutor do Google, “Set and setting” foi traduzido para “O cenário e o cenário”, mas também poderia se tratar de “O ajuste e configuração”, eu senti em pesquisar “Set and setting” na Internet, crendo que talvez pudesse ser uma expressão, e acabei encontrando uma página chamada ‘Ciência Psicodélica’ contendo uma publicação escrita por Alexandre Pontual, que menciona sobre uma ‘teoria’ nominada como ‘set-setting theory’, sendo assim, provavelmente o texto acima se referia à essa ‘teoria’. Deixarei abaixo uma parte da publicação, após o segundo comentário “(*2-)”).
(*2- “Em termos empíricos existe uma incrível similaridade entre experiências místicas facilitadas por meio de enteógenos, experiências transcendentais vividas de forma espontânea, e experiências acessadas através de práticas religiosas como a oração e a meditação.” -Fred Bezerra, EDL – Monitor.)
“Nos primeiros estudos controlados com substâncias psicodélicas também houve essa percepção. Notou-se rapidamente como uma mesma substância era capaz de gerar, em quantidades iguais, respostas completamente diferentes em diferentes indivíduos, e também em um mesmo sujeito em contextos diferentes. Com psicodélicos essas diferenças poderiam ser até mesmo diametralmente opostas: alguns sujeitos experimentavam o sentimento de contato com o divino e pertencimento ao paraíso, enquanto outros se viam cercados de sombras em agonias infernais. Nomearam essa percepção de ‘set-setting theory’, indicando que, além da droga, também deveriam ser levados em consideração a personalidade, expectativas e intenções do usuário (o que nomearam como set), e o contexto cultural, social e ambiental do uso (chamado de setting).” -Alexandre Pontual
Enteógenos mais populares:
Peyote: Lophophora williamsii conhecido popularmente como peiote ou mescal, é um pequeno cacto sem espinhos com alcaloides psicoativos, particularmente a mescalina. O peiote é nativo do México e do sudoeste dos Estados Unidos.
Psilocybe cubensis: É uma espécie de cogumelo enteógeno, mundialmente conhecido como cogumelo mágico ou cogumelo sagrado, que apresenta como principais princípios ativos a psilocibina e a psilocina, que agem no cérebro de modo semelhante ao neurotransmissor serotonina.
Ayahuasca: A ayahuasca é uma bebida psicoativa originariamente utilizada em rituais de tribos indígenas da região amazônica. Esta bebida é preparada pela infusão de caules da Banisteriopsis caapi, que contém β-carbolinas que são inibidoras da monoaminoxidase (MAO), e de folhas da Psychotria viridis, que contém o alucinógeno N,N-dimetiltriptamina(DMT). A enzima MAO degrada a DMT no fígado e intestino.
Também conhecida como hoasca, daime, iagê, santo-daime e vegetal, é uma bebida enteógena produzida a partir da combinação entre a videira Banisteriopsis caapi e Psychotria viridis, também pode ser produzida com a combinação de B. caapi com Diplopterys cabrerana.
Banisteriopsis caapi, também conhecido como Jagube, Liana, Mariri, Yagé ou Caapi, é um cipó nativo da região amazônica, tem sua maior importância no uso religioso, o B. caapi foi descrito e classificado como membro da família das Malpighiaceae pelo botânico inglês Richard Spruce. Alcaloides alucinógenos de triptamina (N,N-dimethyl-tryptamine ou DMT) e beta-carbolinas são encontrados em folhas, caules e raízes. A ayahuasca contém três alcaloides harmala chamados harmina, harmalina e tetrahidro-harmine. Harmina e harmalina se comportam como inibidores reversíveis de monoamina-oxidase, enquanto tetrahidro-harmina inibe a recaptação de serotonina. A bebida contém grandes concentrações de DMT, cerca de 80 mg por infusão de 100 ml.
Psychotria viridis, também conhecida como Chacrona, é uma planta arbórea, de caule escuro, da família Rubiaceae. O estudo fitoquímico de extratos hexânicos, clorofórmios e metanólicos de folhas de Psychotria viridis identificou: os triterpenos pentacíclicos, ácido ursólico e oleanólico; os esteróides, 24-metileno-cicloartanol, estigmasterol e β-sitosterol; os esteróides glicosilados 3-O-β-D-glucosil-β-sitosterol e 3-O-β-D-glucosil-estigmasterol; um triterpeno poliinsaturado, esqualeno; os ésteres de glicerol, 1-palmitoilglicerol e triacilglicerol; uma mistura de hidrocarbonetos de cadeia longa; o aldeído nonacosanal; os ácidos graxos de cadeia longa hentriacontanóico, hexadecanóico e ácido heptadenóico; o éster metil heptadecanoato; o 4-metil-epi-quinato e dois alcalóides indólicos, N,N-dimetiltriptamina (DMT) e N-metiltriptamina.
Diplopterys cabrerana é um arbusto nativo da Bacia Amazônica, abrangendo os territórios do Brasil, Colômbia, Equador e Peru. As folhas de D. cabrerana também são ricas em DMT. Nas línguas quechua ela é chamada de chaliponga ou chagropanga; Em partes do Equador é conhecida como chacruna-um, nome de outra forma reservada para Psychotria viridis.
Banisteriopsis caapi
Psychotria viridis
Diplopterys cabrerana
Cannabis: Cannabis é um gênero de angiospermas que inclui três variedades diferentes: Cannabis sativa, Cannabis indica e Cannabis ruderalis. Estes três táxons são nativos do Centro e do Sul da Ásia. O Delta-9-Tetrahydrocannabinol é a principal substância psicoactiva encontrada nas plantas do gênero Cannabis. O D9-THC atua no sistema canabinóide do cérebro, que parece ser modulado por “canabinóides endógenos”. Os endocanabinóides atuam por meio de dois receptores recentemente descobertos: CB1 – com distribuição no sistema nervoso central e CB2 – com distribuição periférica.
Salvia divinorum: A Salvia divinorum é uma espécie Sálvia. Existem cerca de 900 espécies de sálvia, que incluem um grande número de plantas ornamentais e também a Salvia officinalis, usada na culinária. O gênero Salvia pertence à família da hortelã Lamiacae, que também inclui ervas familiares como o orégano e o basílico. A principal diferença entre a Salvia divinorum e os outros tipos de sálvias é a presença de uma substância chamada salvinorina. Este composto diterpênico (que apenas contém átomos de carbono, hidrogênio e oxigênio) está presente como salvinorina A (a 96%) e B (a 4%). Diferente dos outros compostos ‘alucinógenos’conhecidos, a salvinorina A não é alcalóide, ou seja, não possui nitrogênio. Essa característica faz com que ela seja o único agonista opióide ativo não nitrogenado de origem natural.
Argyreia nervosa: Esta planta, também conhecida como trepadeira-elefante, pertence à família Convolvulaceae e ao gênero Argyreia. É uma videira, que tem folhas com formato de coração(cordiforme), possui flores de coloração rosa, com o interior violeta. Possui sementes peludas de cor marrom, que se formam dentro de várias cápsulas parecendo um fruto marrom. As sementes possuem ergina, um alcalóide. É comum pensar que o nome do princípio ativo é LSA, mas na verdade, LSA se refere às lisergamidas em geral, e a ergina é, também, uma LSA. Os efeitos da Argyreia nervosa foram descobertos no Havaí, na década de 1960.
Atropa belladonna: Atropa belladonna linné, conhecida também como beladona, é uma planta subarbustiva perene pertencente à família Solanaceae, com distribuição natural na Europa, Norte da África e Ásia Ocidental e naturalizada em partes da América do Norte. A Atropa belladonna L. é uma das plantas mais venenosas encontradas na literatura, mas também pode ser usada para tratar problemas digestivos, cólicas gastrointestinais, dores biliares, cólicas das vias urinárias e alterações neurológicas. A presença dos alcaloides tropânicos em todas as partes da planta atribui sua toxicidade, podendo a ingestão de apenas uma folha ou quantidades superiores a 5 bagas, ser fatal. A espécie é pouco tolerante à exposição direta à radiação solar, preferindo habitats sombrios com solos ricos em limo e úmidos, principalmente à beira de rios, lagos e represas.
A Atropa belladonna não deve ser confundida com a espécie Amaryllis belladonna, uma herbácea bulbosa, da família das amarilidáceas. Outra planta comumente confundida com a beladona é a Solanum americanum, popularmente conhecida como maria-pretinha. A belladonna fornece principalmente o alcaloide atropina, que interfere na ação da acetilcolina no organismo humano, é também um agonista muscarínico que age nas terminações nervosas parassimpáticas, inibindo-as.
Espero que esta publicação lhe tenha sido útil de alguma forma, tendo já conhecido/experienciado ou não algum desses enteógenos. Fique à vontade para comentar sua opinião ou experiência.
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Atualizado em: 29/08/2022
Luz p’ra nós!
Top irmão 🔥 #luzpranos
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Bom lembrar que o poder dos enteógenos vem de Deus.
Que também está na natureza.
Luz p’ra nós!
Ótimo post!
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Santo Daime \o/ #LuzPraNos
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Luz p’ra nós 🙏🏻
Muito bom!
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Amo 🧚🏻♀️
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