O único animal imortal do mundo não pode nos trazer a “vida eterna”

Cientistas queriam entender o processo do animal para replicar no reino humano

O único animal imortal do mundo, até onde foi constatado, é uma micro água-viva, do do tamanho da unha de um dedo mindinho. Ao chegar na idade adulta Turritopsos dohrnii reverte o ciclo da vida, retornando à juventude em um círculo inacabado.

Desde que deu forma a característica, a ciência passou a tentar desvendar segredos sobre a regeneração e imortalidade de seu DNA e células, trazendo as constatações à medicina afim de trazer longevidade à vida humana.

As águas-vivas vêm de óvulos fertilizados com um espermatozoide, o que forma um zigoto, evolui p’ra uma larva e flutua pelo mar até se prender ao solo marinho, virando um pólipo. Uma vez lá, a reprodução assexuada faz com que solte diversas pequenas águas-vivas do corpo, que crescem até a idade adulta eventualmente morrem.

A T. dohrnii faz o mesmo processo, mas, ao invés de perecer, faz o ciclo voltar a o ponto incial auando era um cisto, esfera que volta a grudar no leito marinho e se transforma em pólipo novamente.

Obviamente a determinação “imortal” é limitada somente à causas naturais, já que o animal não deixa de ser imune aos predadores e dos ácidos de sua digestão. Em outras palavras, p’ra uma criatura de vida eterna, sua expectativa de vida é bem baixa.

O segredo da imortalidade

Constatar o que torna essas águas-vivas imortais não foi tarefa fácil. Seu genoma foi estudado com exaustiva leitura de gene por gene, desfragmentando o “manual de instruções” de todo o animal.

Ferramentas de bioinformática e genômica comparativa foram utilizadas p’ra identificar as variações envolvidas no “superpoder” da vida longa e regeneração necessárias para uma característica tão única.

No centro do estudo, estava a capacidade de manutenção do DNA e de replicá-lo sem tantos pesos, na renovação de células-tronco, comunicação de célula para célula e dano celular oxidativo.

Também foi investigada a manutenção dos telômeros, terminações cromossômicas que desdobram à medida que criaturas envelhecem, diretamente ligados à longevidade, inclusive no reino humano. bem como os processos anteriores. No vídeo abaixo, uma representação gráfica de sua vida e filmagens na natureza:

Além disso, as T. dohrnii mudam a expressão gênica pelo processo de desdiferenciação, que “reinicia” seu relógio biológico. Embora tenhamos conseguido desvendar o que torna o animal imortal nunca conseguiremos replicar seu sucesso em humanos, somento algumas técnicas anti-envelhecimento aprendidas com esse animal.

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Dudu Souza

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