Algumas raças famosas não chegam a ser reconhecidas como “raça pura” em organizações de cinofilia pelo mundo
O mundo canino é bastante vasto e, com a interferência humana, centenas (ou até milhares) de novas raças surgiram ao longo dos anos, assim como outras simplesmente desapareceram.
Diversas raças de cães foram criadas pelos mais diferentes propósitos, como para atuarem em serviços de pastoreio, guarda e caça, cães de companhia ou até mesmo para propósitos nada louváveis, como animais de briga.
Esse último, fez com que algumas dessas raças fossem (e ainda sejam) mal vistas por parte da sociedade, por serem consideradas perigosas e, dessa forma, sendo até proibidas em alguns países do mundo.
Os critérios para que uma raça de cachorro seja reconhecida são bastante variados, com dezenas de organizações dedicadas à cinofilia pelo mundo, sendo duas das mais famosas as American Kennel Club (AKC), dos Estados Unidos, e a Federação Cinológica Internacional (FCI) que, como o nome indica, abrange todo o mundo. Por essa razão, vamos considerar as regras da FCI.
Raças de cães não reconhecidas internacionalmente
A FCI separa as raças caninas em 10 diferentes grupos, nos quais selecionam categorias como pastores, terriers, cães farejadores, cães de caça, galgos e outros. Dentre esses grupos, algumas raças já reconhecidas há muito tempo por ouros órgãos, ficam de fora dos estabelecidos pela FCI.
As raças não reconhecidas pela FCI costumam ser enquadradas no que é chamado de Grupo 11, entre as quais estão:
American Pit Bull Terrier
Provavelmente a raça que mais sofre com o estigma de raça perigosa, o American Pit Bull Terrier é uma raça de origem americana que não conseguiu ser reconhecida pela FCI, além de ser proíbida em alguns países. Muito disso se deve ao fato de ter sido muito utilizada em rinhas clandestinas de cães.
Um cão de porte médio, pesando até 30 kg, esse animal pode ser muito dócil e companheiro, quando criado de forma responsável. O American Pit Bull é reconhecido dentro das regras do AKC. Curiosamente, o American Staffordshire Terrier, muito semelhante ao Pit Bull, é reconhecido pela FCI.
American Bully
Foto: Reprodução/Pixabay A aparência do American Bully pode intimidar algumas pessoas
Uma raça com mais de 100 anos, não se sabe ao certo quais raças deram origem ao “valentão”, mas acredita-se que tenham sido cruzamentos entre cães Pit Bulls e Buldogues.
É um cão de aparência forte, mas bastante amigável. Apesar de não ter reconhecimento dentro da FCI, a raça é reconhecida por organizações americanas, como a United Kennel Club (UKC) desde 2013.
Buldogue Campeiro
Uma das raças originais do Brasil, sendo uma variação da raça Buldogue. É muito popular na região Sul e Centro-Oeste do país. O Buldogue Campeiro atua especialmente em trabalhos de pastoreio e é adaptado às condições climáticas da região.
Essa raça também é uma ótima opção como cão de companhia. Apesar de a Confederação Brasileira de Cinofilia (CBKC) reconhecer as mesmas raças que a FCI, no Brasil, o Buldogue Campeiro e o American Pit Bull Terrier também podem ser registrados como raça única.
Buldogue Serrano
Um cão brasileiro, assim como o Campeiro – com o qual tem uma grande relação e tem características bem semelhantes. É usado para o trabalho com o gado. A raça já é reconhecida pela CBKC, mas ainda busca o mesmo reconhecimento por parte da FCI.
Alano Espanhol
Um cão do tipo molosso (ou Molossóide), muito usado para práticas de captura e caça. A raça se originou do cruzamento de antigos Buldogues ingleses e do já extinto Buldogue Alemão. A raça é reconhecida pelas regas da Sociedade Canina da Espanha (Real Sociedad Canina de España).
O Alano Espanhol pode ter uma aparência um pouco assustadora, mas se trata de um animal tranquilo e bastante leal.
Boerboel
Original da África do Sul, também do tipo molosso, a raça é resultado da mistura entre cães das raças Bulfastife, Dogue Alemão e do extinto Buldogue Alemão. A raça foi criada para trabalhos como cão de guarda e boiadeiro em grandes casas e fazendas.
O Boerboel é um cão bastante confiável, afetuoso e brincalhão, é tão protetor com a família que pode ser agressivo com estranhos que entenda como ameaça.
Buldogue Americano
A raça teve origem no sudeste dos Estados Unidos, criado para servir em funções como as de caça e pastoreio. É um cão ágil, robusto e cheio de energia. É um cão inteligente e sociável, mas também pode ser bastante dominador em relação a outros cães.
É carinhoso e protetor, sendo um ótimo animal de estimação para uma família. É outra raça que recebeu reconhecimento de organizações Norte Americanas, mesmo não sendo reconhecido pela FCI.
Akbash
Uma raça originária do oeste da Turquia, com uma aparência que lembra o Cão de montanha dos Pirenéus (ou uma mistura entre Labrador e Golden Retriever). Com o nome “akbash” significa “cabeça branca”, foi criada para cuidar de rebanhos de ovelhas.
Por algum tempo a raça recebia o nome de Pastor-da-Anatólia, atualmente existem duas variedades, sendo uma com pelos curtos e outra com pelos longos. Quando não está em serviço, é um cão bastante tranquilo e afetuoso, acredita-se que chega a criar laços afetivos com as ovelhas do rebanho que cuida.
Biewer Terrier
Uma raça de pequeno porte, pesando apenas 3,6 kg, é de origem alemã e surgiu já durante a década de 1980, vindo de uma variação de cães da raça Yorkshire Terrier. Ao contrário do Yorkie, o Biewer pode ser encontrado em maior variedade de cores, como preto, branco e dourado.
O Biewer Terrier recebeu reconhecimento como raça pura pelo AKC apenas em 2021, ficando dentro do grupo Toy.
Dogue Brasileiro
Raça criada durante a década de 1970, foi pensada para exercer a função de cão de guarda. Sua origem veio do cruzamento de cães Bull Terrier e Boxer, por isso chegou a ser chamada de Bull Boxer.
O nome atual foi dado com a intenção de deixar explícito que se trata de um cão brasileiro, descendente de cães do tipo molosso, como o Dogue Alemão, por exemplo.
Olde English Bulldogge Brasileiro
O Olde English Bulldogge é uma raça norte-americana, criada com o objetivo de “recriar” o extinto Antigo Buldogue Inglês (tradução do nome). A criação, no entanto, tomou rumos diferentes e acabou recebendo outro nome, por seu criador original, David Leavitt.
O nome continuou sendo usado por outros criadores, como a versão brasileira do cão inglês. O Antigo Buldogue Inglês Brasileiro é um cão leal e corajoso, são atléticos e saudáveis, sem os problemas respiratórias causados pelo focinho curto, comuns em outros Buldogues. É um bom animal de estimação, mas recomendado para casas com quintais grandes. A raça é reconhecida pela CBKC.
Ovelheiro Gaúcho
Como o nome sugere, é uma raça de cão pastor brasileira criada no Rio Grande do Sul. A raça não foi reconhecida pela FCI, mas já está no catalogo da CBKC. É um cão resistente e bastante ágil, é muito utilizado para cuidar de rebanhos, especialmente de ovelhas.
O faro desses cães é tão aguçado que eles podem cuidar de animais mesmo que estejam fora de seu alcance de visão. É mais comparado aos Boder Collier, apesar de sua aparência física e cores lembrarem bastante os Rough Collie.
Toy Fox Terrier
Uma raça de pequeno porte, do tipo Terrier, originária dos Estados Unidos. Mesmo sendo uma versão menor do Fox Terrier, é considerada uma raça à parte. Mesmo estando no grupo 11, fora dos reconhecidos internacionalmente pela FCI, o Toy Fox Terrier já foi reconhecido pelos órgãos norte-americanos AKC e UKC, além da brasileira CBKC.
Veadeiro Pampeano
Uma raça que teve origem na Argentina e no Uruguai, mas é reconhecida como raça brasileira. No Brasil foi onde aconteceu todo o trabalho de reconhecimento da raça de forma oficial. É um cão criado para a caça, especialmente para rastrear veados e cervos, como indica o nome.
Ig
Portais:
Ajudem compartilhando|comentando…
Luz pra nós ✨
Luz p’ra nós!
Luz pra nós!
Luz p’ra nós.
#LuzPraNos
Luz p’ra nós!
lpn!!!
Luz p´ra nós!
Gratidão pelo post 🙏⚛️
Luz p’ra nós 🙏⚛️💥⚠️✅
Luz p’ra nós!!!!!
Luz p’ra nós!