Reflexões sobre o livro de Habacuque

Olá pessoal, irei falar sobre algumas reflexões que tive ao ler o livro bíblico do profeta Habacuque. Existem muitas coisas na conversa que Habacuque teve com Deus, que fazem total sentido nos dias de hoje, fica difícil não se identificar com o momento que ele passou. 

O livro começa com uma severa queixa de Habacuque, um verdadeiro desabafo diante de Deus, trazendo a tona todo o descontentamento que ele sentia ao ver como o mundo estava. 

Cap. 1. Versos 1 a 4: Ó SENHOR Deus, até quando clamarei pedindo ajuda, e tu não me atenderás? Até quando gritarei: “Violência! ”, e tu não nos salvarás? Por que me fazes ver tanta maldade? Por que toleras a injustiça? Estou cercado de destruição e violência; há brigas e lutas por toda parte. Por isso, ninguém obedece à lei, e a justiça nunca vence. Os maus levam vantagem sobre os bons, e a justiça é torcida.

Habacuque foi extremamente incisivo nas palavras, isso que é de fato uma oração, você ser sincero diante de Deus. Isso não significa que tem caminho aberto pra falta de respeito, mas Deus espera que você abra o coração. Não adianta palavras que não tem sentido nenhum com oque você está sentindo. 

Esses versículos podem descrever bem oque estamos vivenciando hoje. O sistema é injusto, os maus acabam tendo vantagem, a justiça é torcida a bel prazer dos poderosos, todo um teatro esquematizado pra manter os mesmos no poder, uma minoria tendo alívio encima de sofrimento alheio. 

Dos versos 4 a 11, Deus responde acusando os babilônios da época. Os babilônios tinham o império mais poderoso do mundo, eles subjugaram muitas nações, entre elas estava Judá, terra do profeta Habacuque.

“Estou atiçando os babilônios, aquele povo cruel e violento, sempre pronto a marchar pelo mundo inteiro, a fim de conquistar as terras dos outros.”

“Eles espalham o medo e o terror e fazem valer as suas próprias ordens e leis.”

“Os soldados avançam, ansiosos para conquistar; conforme avançam, vão espalhando o terror. Os seus prisioneiros são muitos; são mais numerosos do que os grãos de areia da praia.” 

“Depois, vão em frente, como o vento que passa; eles não adoram outro deus senão a sua própria força. “

Conhecemos essa história, não é mesmo? Só que agora são os gentios que sofrem. 

No verso 12, o profeta caem em si, ao constatar a soberania de Deus.  

“Tu sempre exististe, ó SENHOR. Ó meu Santo Deus, tu és imortal. Tu és o nosso protetor. Ó SENHOR, tu escolheste os babilônios e lhes deste forças para nos castigar.”

Certamente Deus resolverá as questões com os babilônios, mas e nós? Oque aprendemos nesse inferno? Isso é o principal! Saiba que a experiência que você precisa ter, é a que você está tendo. Deus está no controle.

O cap. 1 encerra com mais queixas do profeta, mas vou pular pra resposta de Deus no cap. 2. 

“E o SENHOR Deus disse: Escreva em tábuas a visão que você vai ter, escreva com clareza o que vou lhe mostrar, para que possa ser lido com facilidade. Ainda não chegou o tempo certo para que a visão se cumpra; porém ela se cumprirá sem falta. O tempo certo vai chegar logo; portanto, espere, ainda que pareça demorar, pois a visão virá no momento exato. A mensagem é esta: Os maus não terão segurança, mas as pessoas corretas viverão por serem fiéis a Deus. De fato, a riqueza engana, e as pessoas orgulhosas nunca têm sossego. A sua ganância não tem fim. Elas nunca estão satisfeitas: como o mundo dos mortos, sempre querem mais. Mas os povos conquistados desprezam os babilônios e zombam deles, dizendo: “Ai de vocês que ficam ricos pegando coisas que não lhes pertencem! Até quando vão enriquecer obrigando os seus devedores a pagarem as dívidas?”

A paciência é uma virtude indispensável.

Os maus já estão perdendo sua segurança, veja oque aconteceu com Arthur do Val e o Gabriel Monteiro por exemplo, hipócritas não estão seguros na internet. 

Nós, diante de toda essa barbárie coletiva atual, vivemos unicamente pela fidelidade a Deus, nenhum outro motivo teatral nos sustentaria. 

Pra finalizar. Habacuque faz uma oração sobre as coisas que Deus faz e termina dessa forma: 

“Quando ouvi tudo isso, fiquei assustado, e os meus lábios tremeram de medo. Perdi todas as forças e não pude ficar de pé. Portanto, vou esperar, tranquilo, o dia em que Deus castigará aqueles que nos atacam. Ainda que as figueiras não produzam frutas, e as parreiras não deem uvas; ainda que não haja azeitonas para apanhar nem trigo para colher; ainda que não haja mais ovelhas nos campos nem gado nos currais, mesmo assim eu darei graças ao SENHOR e louvarei a Deus, o meu Salvador. O SENHOR Deus é a minha força. Ele torna o meu andar firme como o de uma corça e me leva para as montanhas, onde estarei seguro.”

As vezes o castigo é a salvação, e outra, Deus é misericordioso.

Aonde estiver, leve a certeza que Deus é vivo. 

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Lucas Schwarzbold

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