‘Síndrome de Paris’: os encantos de Paris nem sempre são encantadores

Chegar em Paris e não encontrar as cenas do filme “O Fabuloso Destino de Amélie Poulain” pode ser demais para algumas pessoas. 

Uma doença parece se manifestar em alguns turistas japoneses que, ao desembarcarem no que deveria ser a Cidade Luz, acabam tendo um colapso nervoso quando dão de cara com uma cidade mais cinza que Tóquio.

Síndrome de Paris

É um distúrbio psicológico transitório exibido por alguns indivíduos que visitam Paris ou outro local da Europa Ocidental decorrente do choque extremo ao descobrir que o local visitado não é aquilo que fora idealizado. É caracterizada por uma série de sintomas psiquiátricos, como estado agudo de delírio, alucinações, sentimentos de perseguição (percepção de ser vítima de preconceito, agressão ou hostilidade dos outros), desrealização, despersonalização, ansiedade, e também manifestações psicossomáticas, tais como tontura, taquicardia, sudorese, e outros. 

História

O professor Hiroaki Ota, foi um psiquiatra japonês que trabalhou na França, e é creditado como a primeira pessoa a diagnosticar a doença, em 1986. No entanto, mais tarde o trabalho feito por Youcef Mahmoudia, médico do hospital Hôtel-Dieu de Paris, indica que a síndrome de Paris é

uma manifestação de psicopatologia relacionada à viagem, ao invés de uma síndrome do viajante.

Ele teorizou que a excitação resultante de visitar Paris faz com que o coração acelere, causando tontura e falta de ar, o que resulta em alucinações na forma semelhante à Síndrome de Stendhal descrito pelo psiquiatra italiano Graziella Magherini em seu livro La sindrome di Stendhal.

Os encantos de Paris nem sempre são encantadores (foto: pixabay)

Segundo a equipe de Ota, o problema se deve a um estresse causado pelo choque cultural. Os psiquiatras também desconfiam que o problema seja o resultado de algum distúrbio mental latente no viajante. 

O que imagino é que a viagem pode ter sido o que chamamos de a ‘última gota’ para aqueles que sofram da tal Síndrome de Paris,

explicou Nicolas Geeraert, psicólogo na Universidade de Essex, no Reino Unido.

O problema, no entanto, está longe de ser exclusivo da França. Segundo uma análise feita no serviço médico britânico, o governo inglês gasta milhões com turistas que sofrem colapsos parecidos enquanto estão de férias no país.

Referências:RevistaGalileu/Wikipédia

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Filme: O Fabuloso Destino de Amélie Poulain 

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