Um pedaço de 2cm de tecido escarlate de quase 4 mil anos foi descoberto em uma caverna no Deserto da Judeia – foto: Divulgação/Sukenik et al.
Escarlate é uma das cores de maior prestígio do antigo mundo. O tom estava muito associado à divindade e, assim, segundo a Bíblia, era grandemente utilizado para tingir os tecidos dos templos de adoração e das vestimentas dos sacerdotes. Apesar desses registros escritos, porém, especialistas nunca haviam achado amostras têxteis que comprovassem a prática — isso é, até hoje.
Durante estudos em 2016 no Deserto da Judeia, em Israel, um grupo de pesquisadores da Universidade Bar-Ilan e da Universidade Hebraica de Jerusalém identificou um pequeno tecido avermelhado na chamada “Caverna dos Crânios”. Ao analisar o tecido, verificou-se que o retalho foi tingido a partir do esmagamento de insetos.
Já se sabia que as antigas civilizações (Egito, Mesopotâmia, Índia, Grécia, Roma e Irã) usavam insetos conhecidos como cochonilhas (Dactylopius coccus) para produzir corante vermelho. No entanto, a descoberta no deserto da Judeia é o primeiro exemplo conhecido em Israel dessa prática. Um artigo descrevendo o achado foi publicado em 13 de julho no Journal of Archeological Science.
Novos testes no tecido mostraram que ele foi fabricado e colorido em algum momento entre 1954 e 1767 a.C., há quase 4 mil anos. A tinta foi produzida a partir de fêmeas de insetos de nome científico Quercus coccifera, conhecidos no texto bíblico como “Tola‛at Hashani”, ou “vermes escarlates”.
Esses insetos só produzem sua cor brilhante durante um mês, no verão. O seu pequeno tamanho também os torna difíceis de encontrar e capturar. Tais dificuldades produtivas indicam que as peças escarlates eram altamente valorizadas e limitadas às pessoas de maior poder aquisitivo.
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Os estudiosos descobriram ainda que a espécie de inseto usada para criar a tinta do retalho não era nativa da região hoje ocupada por Israel, mas sim, natural do sul do Mediterrâneo e partes da Europa central. Isso mostra evidências de comércio.
“Nosso achado preenche a lacuna entre fontes escritas e descobertas arqueológicas, fornecendo evidências de que a antiga indústria de tingimento têxtil era — já nesta fase, suficientemente estabelecida para tingimento usando animais”, conclui Naama Sukenik, um dos pesquisadores responsáveis pelo projeto, em comunicado. “O raro tecido é uma prova de amplas redes comerciais internacionais que já funcionavam naquela época e indica a presença de uma sociedade de elite”.
Fonte: revistagalileu.globo.com
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