Transistor quântico de grafeno atinge velocidade inédita na casa dos petahertz

Pesquisadores da Universidade do Arizona desenvolveram o primeiro transistor quântico capaz de operar em velocidades na escala dos petahertz — milhões de vezes mais rápido do que os transistores atuais, que ainda trabalham na faixa dos gigahertz.

O avanço foi publicado na revista Nature Communications e assinado por diversos cientistas, incluindo o professor Mohammed Hassan, que comentou os resultados em uma publicação oficial da universidade.

“Estamos vivenciando um avanço acelerado no desenvolvimento de software para inteligência artificial, mas o hardware ainda não acompanha esse ritmo”, afirmou Hassan. “Com os computadores quânticos, podemos criar componentes capazes de impulsionar essa revolução digital. Computadores ultrarrápidos vão ser essenciais para o progresso em áreas como exploração espacial, química, saúde e muito mais.”

Fonte: Nature Communications

Transistor quântico usa grafeno e laser ultrarrápido

O novo transistor alcançou essa velocidade impressionante ao usar pulsos de luz ultrarrápidos — lasers — para controlar o movimento de elétrons em uma amostra de grafeno. Durante os testes com diferentes variações do material, os cientistas observaram o fenômeno do “tunelamento” eletrônico e decidiram investigar mais profundamente. Foi a partir daí que surgiu a inovação.

Velocidade extrema em condições normais

Ao contrário de muitas inovações científicas que dependem de ambientes controlados, esse transistor operou na faixa dos petahertz em temperatura ambiente. Isso se deve, em parte, ao fato de ele ter sido construído com base em transistores de grafeno já disponíveis no mercado, modificados com uma camada especial de silício.

Esse detalhe torna o avanço ainda mais promissor para aplicações práticas, já que não exige condições de laboratório extremo para funcionar.

O futuro próximo da tecnologia

Atualmente, a equipe já trabalha para patentear e comercializar a tecnologia. O próximo passo é garantir que o transistor funcione com lasers prontos para o mercado, sem necessidade de customizações especiais. Se isso for alcançado, estaremos mais perto de uma nova geração de computadores ultrarrápidos, capazes de transformar a forma como lidamos com dados e tecnologia.

Fonte: adrenaline.com.br