#03 Ciência Bíblica: A Serpente é má? Adão expulso igual Lucifer

Salve EDL,

Vamos fazer a última parte pública desta série que, aparentemente, o povão não entende e não quer saber por enquanto.

Agradeço a todos os Membros leais.

Luz p’ra nós

Esta parte começa com o Animal que melhor representa o Abstrato. Pouco ela tem de Binário. Cada animal fecha uma emoção, uma perspectiva de interação com o fluxo. Depois de dar voltas e tudo conhecer, ela escolhe ser o mínimo possível, sem ser indefesa. Seu Conhecimento é puro veneno para qualquer fluxo, pois transborda suas Consciências.

Ora, a serpente era mais astuta que todas as alimárias do campo que o SENHOR Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda a árvore do jardim?

A Serpente perguntou: Deus não disse que poderiam comer de todos os frutos do Jardim?

E disse a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim comeremos,
Mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis para que não morrais.

Adão e Eva eram a pura interação do fluxo, em todos os ângulos, incluindo o da Serpente. Então, de tanto procurar, conheceriam tudo; incluindo este momento atemporal da Serpente; que por abocanhar o fluxo, fica “fora” dele; ou seja, de fora da Torus, tanto no centro quando ao redor “de tanto circular a Terra”. Os dois lugares são um só, conforme já ensinamos aqui.

Então a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis.

A Serpente orbita todos os demais pontos animais; não se ilude com suas ilusões. Pouco sobra p’ra ela; entretanto, está viva. Dizer que mergulhar no Abstrato é morrer, é como dizer que ela não existe. Isso a machuca, e graças ao paradoxo, não é totalmente verdadeiro. Porém, Deus quis dizer que fora das limitações do Teatro, o mal traz a dor; coisa que Ele posicionou longe, para ter um lugar de alívio no Jardim.

Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal.

Então, reparem que a Serpente não diz que “ser como Deus” é só prazer! Ao contrário, diz que conhecereis do mal também, assim como Deus! Sofrerá como Ele sofre! Carregará a pior parte também! O MAL!

A Serpente é clara, mas a mente humana é egoísta. Leiam novamente com a mente humilde em cada trecho:

Porque Deus sabe que no dia (a palavra “porque” aqui está junta, significando “em razão de…”) em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal. (a razão porque Deus diz isso é proteger, para que não abram os olhos e vejam a parte ruim de tudo, sendo como Ele, que aguenta também o mal.”)

“Deus diz isso “que morrereis” porque não quer que sofram como Ele, abrindo vossos olhos e conhecendo também o mal da Vida. O que é Mal, Ele chama de Morte, e segura sozinho com muitas voltas em torno de si, gerando as grades do Jardim.

No meio, entretanto, é o reflexo do ponto atemporal, fora do movimento, refletindo o externo no interno; conforme vocês sabem. O meio da roda tem acesso a todos os “raios” binários do externo “pneu”. Ou seja, é como um portal que possibilita que os átomos tomem a forma de quem observa, pois é a maior e a menor parte da roda ao mesmo tempo, sendo consequentemente, os Raios entre ambas. Tal como a experiência da dupla-fenda.

Ali cria-se Tempo no Espaço gerado a partir dos olhos de quem vê. Dessa forma, saindo dos padrões do Jardim e mergulhando no Abstrato central.

O problema é que esse acesso atemporal abocanha o desejo binário, pois inclui todos os giros de perspectivas que também possuem seus desejos binários. Eis que acontece a confusão que gera a “Morte”. Isso é a overdose ou a “bad trip” dos enteógenos. Você toma querendo obter um resultado binário, uma resposta X; mas quando está lá, a coisa vai muito além.

Às vezes passamos a ter até vergonha do que queríamos. Com Humildade, o Orgulho não nos tortura e passamos a amar o aprendizado. Até lá, entretanto, nos envergonharemos do que somos, até entendermos que é parte do processo e concordarmos com sua manutenção.

Sendo um portal do abstrato, a mulher viu o desejo de “entendimento”, sendo este apenas uma interpretação do magnetismo do prazer. Do outro lado, o que ela queria era o Paraíso em que, deste lado, já estava; e por isso se auto-chamava. Compreendem? A Serpente se abocanhando…

E viu a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento; tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela.

Ao conectar-se com aquele ponto de encontro das memórias ao redor, transformou sensação em lógica, o que automaticamente abocanha Adão; sendo ele compelido a discernir aquilo também, ou ficar com a sensação da esquizofrenia em suas mãos. Não haveria mais sintonia com Eva nem com os sentimentos do Jardim.

Então foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; e coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais.

Sentiram vergonha porque deram forma lógica p’ra atração que tinham naquelas partes paradoxalmente mais “sujas”. É por lá que se recicla, defeca, urina e etc. O Sexo era só mais uma dessas coisas nojentas que você faz com essas partes baixas quando tem que fazer… Então porque algo neles tinha desejo n’aquelas partes? De por a boca? Tocar, e etc? Era “vergonhoso”… Quando deram forma p’ra maldade, esconderam isso. Essa mesma tensão já abre janelas de muitas memórias. Torna-se um momento de revelação, pois as memórias se mesclam. Do outro lado, a Consciência morria e ia para o Paraíso, porém no Paraíso, a Consciência vivia e ia para o Inferno; sendo a mesma, fazia uma passagem leve. Sem a certeza de que lado o observador quer se auto-discernir, a Morte não dói tanto, e o giro se recicla sem se atropelar.

E ouviram a voz do Senhor Deus, que passeava no jardim pela viração do dia; e esconderam-se Adão e sua mulher da presença do Senhor Deus, entre as árvores do jardim.

Na versão católica encontramos assim:

E eis que ouviram o barulho {dos passos} do Senhor Deus que passeava no jardim, à hora da brisa da tarde Gênesis 3:8

Podemos concordar então, que o mais adequado seria: “sentiram a expressão de Deus que estava presente entre o dia e a noite”, no momento em que faz ser macio algo que seria agoniante. Temos o Pôr e o Nascer do Sol; macios e especiais, fazendo magicamente com que NÃO CONSIGAMOS perceber o MOMENTO exato da troca entre dia e noite, e noite e dia. A troca não é um Momento fixo, mas sim compartilhado entre os passos; ficando quase imperceptível. Passamos “de repente” da noite p’ro dia ou do dia p’ra noite. “Quem crer passa da Morte p’ra Vida”. A passagem, além de não doer, ainda é bela e memorável como o Pôr e o Nascer do Sol.

e esconderam-se Adão e sua mulher da presença do Senhor Deus, entre as árvores do jardim.

A presença de Deus não está no imundo, na Mentira, no Medo e na Agonia. Eles estavam no erro, e por isso, ausentavam-se nas sombras.

E chamou o Senhor Deus a Adão, e disse-lhe: Onde estás?

E ele disse: Ouvi a tua voz soar no jardim, e temi, porque estava nu, e escondi-me.

Ao tocar o Atemporal, lembram-se da maldade, que inclui desejar partes aparentemente “sujas”. Algo que estava no inconsciente, agora era lembrado.

E Deus disse: Quem te mostrou que estavas nu? Comeste tu da árvore de que te ordenei que não comesses?

Repare que Deus já sabia, tanto que afirmou o fato; porém deu a chance de culpar alguém.

Então disse Adão: A mulher que me deste por companheira, ela me deu da árvore, e comi.

Deus também deu a chance da mulher culpar alguém:

E disse o Senhor Deus à mulher: Por que fizeste isto? E disse a mulher: A serpente me enganou, e eu comi.

Deus então trata com Ele mesmo no paradoxo atemporal, agora binarizando o fato para contê-lo:

Então o Senhor Deus disse à serpente: Porquanto fizeste isto, maldita serás mais que toda a fera, e mais que todos os animais do campo; sobre o teu ventre andarás, e pó comerás todos os dias da tua vida.

Maldita, é a mais odiada e temida. Segura o que já de pior. Ao expandir a Consciência vemos o fluxo sair em si mesmo, a famosa Serpente que contorna a Terra. Ela plasmada em Vida, leva este veneno da Morte; acarreta medo e alimenta-se do abstrato (pó, destruição), sendo infinita e carregando o peso do paradoxo criativo “ventre”.

E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.

O medo deste momento Abstrato faz a Mulher ter cuidado com onde pisa “calcanhar”; enquanto a Serpente tem seu Conhecimento “cabeça”, neutralizado; para o bem geral.

Esta Dor encontrada na Morte, é então transferida para Momentos Vivos, tal como a Serpente:

E à mulher disse: Multiplicarei grandemente a tua dor, e a tua conceição; com dor darás à luz filhos;

Fechando as possibilidades abstratas, só lhe sobra o protocolo:

e o teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará.

A Terra se torna “amaldiçoada” pois agora contém um momento de “quebra” da simetria, o Momento da Morte; assim sendo, precisa ser trabalhada, reparada. Esta é a manutenção do fluxo.:

E a Adão disse: Porquanto deste ouvidos à voz de tua mulher, e comeste da árvore de que te ordenei, dizendo: Não comerás dela, maldita é a terra por causa de ti; com dor comerás dela todos os dias da tua vida.
Espinhos, e cardos também, te produzirá; e comerás a erva do campo.

No suor do teu rosto comerás o teu pão, até que te tornes à terra; porque dela foste tomado; porquanto és pó e em pó te tornarás.
E chamou Adão o nome de sua mulher Eva; porquanto era a mãe de todos os viventes.

A Morte em si, agora conhecida e tomada, é posicionada no Teatro:
E fez o Senhor Deus a Adão e à sua mulher túnicas de peles, e os vestiu.

Repare que Deus não está sozinho; mas sim com a Trindade que é variável; além dos 24 (12 acima e 12 abaixo) Anciãos que são Ângulos invariáveis; sendo 12 (centrais) unidos em balanceamento; chamados Deuses. Estes trabalham na manutenção d’aquele Momento Perfeito que é o Jardim. Carregam nas costas as Memórias pesadas e “proibidas” para a Felicidade. Seus fragmentos e vontades vão se dividindo na hierarquia angelical e demoníaca.

Então disse o Senhor Deus: Eis que o homem é como um de nós, sabendo o bem e o mal; ora, para que não estenda a sua mão, e tome também da árvore da vida, e coma e viva eternamente,

Havia a Árvore da Vida, que dava Vida Eterna, e a do Conhecimento, que trazia também o Mal.

O Mal não pode habitar no jardim perfeito, logo, a Árvore da Vida é vedada para quem quer o Conhecimento. Estes precisam carregar os fardos de lidar com os reflexos gerados.

O Jardim da Vida Eterna é um ponto de alívio e reciclagem, para que estes ângulos de manutenção se recarreguem. A Vida perfeita acaba parecendo grades e querendo voltar para a Morte por conta própria. Quem vai é Adão, ser vivente; quem volta, é Cristo, vivificante. O Ponto de Encontro entre a Ida e a Volta é a Vida Eterna; sendo o “Reino de Deus”. Estamos em todas as jornadas ao mesmo tempo; para que Deus seja absoluto. Este é o Espírito; o Abstrato que serve a Deus.

O Senhor Deus, pois, o lançou fora do jardim do Éden, para lavrar a terra de que fora tomado.

Repare que ele precisa lavrar a terra de que fora formado; ou seja, lidar com sua própria geração. Manter seu próprio corpo vivo; pois agora, conhece a Morte. precisará ficar transferindo aquele peso para o Teatro; e fará com prazer; de servo a Rei; até que se canse de todas as dores, e queira voltar.

E havendo lançado fora o homem, pôs querubins ao oriente do jardim do Éden, e uma espada inflamada que andava ao redor, para guardar o caminho da árvore da vida.

Gênesis 3:1-24

De fora do ciclo pleno, o Homem vê os degradês de Deus; sendo toda a Hierarquia Angelical; até onde puder conceber.

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Luz p’ra nós.

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