Anatoly Antonov, embaixador russo nos EUA, afirmou que Washington busca pressionar os países latino-americanos, por meio de ameaças, para que eles se juntem às sanções antirrussas e ignorem os riscos colaterais para a região.
Recentemente, o vice-secretário de Estado americano, Brian Nichols, afirmou que os EUA esperam que as nações latino-americanas respeitem as sanções impostas à Rússia, a suas instituições financeiras e empresas privadas intimamente associadas com o governo russo.
“Dá para ver que no Departamento de Estado cresce a irritação por causa da posição independente dos Estados latino-americanos que recusam se juntar à ‘cruzada’ de sanções contra a Rússia e têm sua própria visão da crise ucraniana. O objetivo de tais alegações é bem simples: assustar seus parceiros com ameaças de restrições secundárias como punição pelo não-alinhamento com a campanha antirrussa”, constatou o embaixador.
De acordo com suas palavras, Washington não se preocupa com “os danos óbvios” das sanções para o desenvolvimento econômico dos países da América Latina, sua segurança alimentar e estabilidade social.
Os acontecimentos na Ucrânia deverão estar na agenda da visita do secretário de Estado Antony Blinken ao Panamá em 19-20 de abril. Durante a visita, Blinken participará da conferência sobre as questões de migração e realizará uma série de reuniões bilaterais.
Em 24 de fevereiro de 2022, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou o início de uma operação especial militar para “desmilitarização e desnazificação da Ucrânia”, após as repúblicas populares de Donetsk e Lugansk terem apelado ao apoio russo. Em resposta, os países ocidentais e seus aliados impuseram sanções contra Moscou, inclusive o congelamento das contas dos políticos e oligarcas russos.
Fonte: Sputnik
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