A existência histórica de Jesus tem sido objeto de debates entre estudiosos, e enquanto os textos cristãos fornecem o relato mais detalhado de sua vida, algumas fontes não cristãs também o mencionam. Embora esses autores antigos não tenham escrito extensivamente sobre Jesus, suas menções são significativas ao fornecerem relatos independentes que corroboram aspectos da história de sua vida e da disseminação inicial do cristianismo. Abaixo estão sete escritores importantes que, em suas obras, fizeram referência a Jesus, seu julgamento, sua crucificação e a adoração que se formou ao redor dele.
1. Tácito (56–120 d.C.)
- Obra: Anais (Annales, 15.44)
- Referência: Tácito, um dos mais respeitados historiadores romanos, mencionou Jesus ao falar sobre a perseguição dos cristãos durante o reinado de Nero, após o Grande Incêndio de Roma em 64 d.C. Tácito confirma a execução de Jesus sob o governo de Pôncio Pilatos, durante o reinado do imperador Tibério:
“Nero… infligiu as mais terríveis torturas a uma classe odiada por seus crimes, chamada pelo povo de cristãos. Christus, de quem deriva o nome, sofreu a pena capital durante o reinado de Tibério, pelas mãos de um de nossos procuradores, Pôncio Pilatos…”
- Significado: Essa é uma das referências mais diretas à crucificação de Jesus em uma fonte romana, solidificando o contexto histórico da sua morte e da origem do cristianismo.
2. Suetônio (69–122 d.C.)
- Obra: Vida dos Doze Césares (Vita Divi Claudii, 25.4)
- Referência: Suetônio, em seu relato sobre o imperador Cláudio, menciona uma revolta causada pelos judeus em Roma, que ele atribui a um certo “Chrestus”:
“Ele expulsou de Roma os judeus que estavam constantemente provocando distúrbios por instigação de Chrestus.”
- Significado: Muitos estudiosos acreditam que “Chrestus” é uma forma alternativa de “Christus”, referindo-se a Jesus. A passagem sugere conflitos relacionados ao cristianismo na comunidade judaica de Roma no século I.
3. Plínio, o Jovem (61–113 d.C.)
- Obra: Cartas (Epistulae, 10.96)
- Referência: Plínio, governador da Bitínia, escreveu ao imperador Trajano pedindo conselhos sobre como lidar com os cristãos em sua província. Ele descreve os cristãos como seguidores de Cristo e menciona que eles o adoravam como a um deus:
“Eles se reuniam em um dia fixo, antes do amanhecer, e cantavam hinos a Cristo como a um deus.”
- Significado: Plínio não descreve eventos da vida de Jesus, mas mostra que no início do século II, os cristãos já eram numerosos e seguiam a prática de adoração a Jesus como uma figura divina.
4. Luciano de Samósata (125–180 d.C.)
- Obra: A Morte de Peregrino (De Morte Peregrini)
- Referência: Luciano, um satirista grego, fez referência a Jesus ao criticar os cristãos e sua devoção a um homem que havia sido crucificado:
“Os cristãos… ainda adoram aquele grande homem que foi crucificado na Palestina porque introduziu esse novo culto no mundo.”
- Significado: Embora Luciano não fosse favorável ao cristianismo, sua menção a Jesus como o homem crucificado na Palestina reflete a disseminação do cristianismo e o impacto duradouro de Jesus mesmo entre seus críticos.
5. Mara bar Serapião (c. 73 d.C. ou posterior)
- Obra: Carta a seu filho
- Referência: Mara, um filósofo sírio, escreveu uma carta a seu filho mencionando a morte injusta de “um rei sábio”, interpretada como uma referência a Jesus:
“Que vantagem os judeus ganharam ao matar seu rei sábio? Pois seu reino foi destruído logo depois.”
- Significado: Embora o nome “Jesus” não seja explicitamente mencionado, a maioria dos estudiosos concorda que Mara está se referindo a Jesus, apontando a destruição de Jerusalém como uma consequência de sua execução.
6. Flávio Josefo (37–100 d.C.)
- Obra: Antiguidades Judaicas (Antiquitates Judaicae, 18:63-64 e 20:200)
- Referência: Flávio Josefo faz duas menções a Jesus. A mais famosa, conhecida como o Testimonium Flavianum, refere-se a Jesus como um “homem sábio” e menciona sua crucificação sob Pilatos. No entanto, essa passagem é objeto de debate, pois pode ter sido alterada por copistas cristãos. A segunda menção refere-se a “Tiago, irmão de Jesus, chamado Cristo”:
“Ananus… convocou o Sinédrio dos juízes e trouxe perante eles o irmão de Jesus, que é chamado Cristo, de nome Tiago, e alguns outros. E quando ele os acusou de terem transgredido a lei, os entregou para serem apedrejados.”
- Significado: As referências de Josefo são fundamentais para validar a existência de Jesus em fontes não cristãs, especialmente a segunda, que é amplamente considerada autêntica.
7. O Talmude (séculos II–V d.C.)
- Obra: Literatura Rabínica
- Referência: O Talmude, textos judaicos compilados séculos após a vida de Jesus, menciona um homem chamado “Yeshu”, interpretado por muitos estudiosos como sendo Jesus. Em uma passagem, descreve sua execução na véspera da Páscoa:
“Na véspera da Páscoa, penduraram Yeshu. Um arauto foi diante dele por quarenta dias dizendo: ‘Ele será apedrejado porque praticou feitiçaria e seduziu Israel à apostasia.'”
- Significado: Embora o Talmude tenha uma visão negativa de Jesus, as referências são valiosas por serem fontes judaicas que mencionam sua execução, refletindo a oposição que ele enfrentou.
Conclusão
Esses relatos de historiadores e escritores antigos fornecem evidências históricas independentes sobre Jesus e sua influência no primeiro século. Embora não sejam textos religiosos, eles ajudam a estabelecer que Jesus não foi apenas uma figura mitológica, mas uma pessoa real cuja crucificação e cujas ideias tiveram um impacto profundo na história mundial. Esses testemunhos, mesmo que breves e em alguns casos hostis, complementam a narrativa cristã e oferecem uma visão externa da propagação do cristianismo nos primeiros séculos.
Luz P’ra Nós!
Se os anticristos, feministas soubessem se aprofundar, não falariam por ai que cristo é uma mentira.
Luz p’ra nós!
Sim, inclusive o objetivo do post é esse, eles poderiam discordar da maneira que ele andou na terra, mas tem vários ateus negando que ele existiu por burrice mesmo.
Fiz um vídeo baseado no seu artigo irmão.
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Super interessante. #luzpranos
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