
Se tem algo que eu respeito é quando um estúdio brasileiro resolve meter o pé na porta e entregar um jogo competente e desafiador sem tentar surfar apenas na onda do “somos indie, nos amem”. Pois bem, Mark of the Deep, da Mad Mimic, faz exatamente isso.
Esse é um Metroidvania Souls-like com uma pegada sombria, onde você joga como Marcus “Rookie” Ramsey, um pirata que acorda naufragado numa ilha amaldiçoada e precisa resgatar sua tripulação, recuperar seu navio e, se possível, não morrer MUITAS vezes no processo.
Se você curte Hollow Knight, Salt and Sanctuary e aquela pitada de desespero do Dark Souls, você vai se amarrar nesse jogo. Agora, se você odeia se perder e sofre com jogos que não pegam na sua mão, pode ser que essa viagem não seja pra você.
Brasileiro não faz só jogo meme
Antes de mais nada, vale ressaltar: Mark of the Deep não é só “mais um indie fofinho e experimental”. Isso aqui é um game bem feito, desafiador e com um design pensado para quem curte jogos com dificuldade.
A galera da Mad Mimic já mandou bem em outros títulos, mas aqui eles mostraram que sabem criar um Metroidvania com mecânicas afiadas e level design instigante. O jogo não te trata como um neném: não tem mapa, não tem tutorial, e o combate pune quem não aprende os padrões de ataque dos inimigos.
Se você tem trauma de se perder em Hollow Knight, segura firme, porque aqui o jogo espera que você use seu cérebro e memorize os atalhos e segredos.
Combate que testa sua paciência e sua habilidade
Aqui não tem “mashar botão e vencer”. O combate de Mark of the Deep é preciso, punitivo e exige reação rápida. Os inimigos não são só obstáculos, são ameaças, e os chefes são brutais, com ataques que ocupam metade da tela e padrões que parecem ter sido desenhados pra testar seus reflexos.
A pegada lembra bastante Hollow Knight, mas com um toque mais estratégico. Além do combate corpo a corpo, tem armas de longo alcance, como pistolas, mas o jogo não te deixa virar um atirador – a munição é limitada e compartilhada com seu ataque principal.
O que pode frustrar? A esquiva, que nem sempre responde da maneira esperada. Algumas animações de ataque têm um delay estranho, e tem momentos que você vai sentir que morreu por culpa da hitbox e não por falha sua.
Uma ilha que transpira atmosfera
Se tem algo que esse jogo acerta em cheio, é a ambientação. A ilha amaldiçoada onde você está preso parece tirada de um pesadelo lovecraftiano, misturando elementos de mitologia pirata, ocultismo e exploração de ruínas antigas.
O design dos cenários é imersivo, com áreas cheias de detalhes, de florestas nebulosas a cavernas infestadas de criaturas horrendas. A sensação de isolamento e constante ameaça é real.
Se você gosta de lore fragmentada e cheia de mistérios, o jogo te dá espaço pra explorar a narrativa e montar a história por conta própria, estilo Soulsborne.
Trailer do jogo:
Dublagem PT-BR? temos! E é ótima
Sabe aquele papo de que “jogo indie BR só coloca dublagem porcaria pra chamar atenção”? Esquece.
Mark of the Deep tem um elenco de dublagem brasileiro de respeito, com vozes bem colocadas e interpretações que realmente combinam com os personagens. Nada daquele exagero forçado que a gente vê em alguns jogos dublados sem cuidado.
Entre os dubladores, temos nomes conhecidos como Tiago Leifert, Patife, Guto Barbosa e Kalera, que adicionam carisma e personalidade aos NPCs e ao protagonista.
Não é algo que “muda o jogo”, mas é sempre um prazer jogar algo com vozes no nosso idioma e bem feitas.
O que o pessoal está falando
Nos fóruns da Steam e no Reddit, a galera tá delirando no combate e na atmosfera, mas tem algumas reclamações recorrentes.
✔ Pontos positivos que todo mundo menciona:
. A ambientação é um dos grandes destaques, com lore rica e cenários bem construídos.
. O combate é viciante, com progressão de armas e habilidades bem dosadas.
. Os chefes são memoráveis, cada um com padrões e designs únicos.
. A dublagem PT-BR foi bem recebida e elogiada pela comunidade.
❌ Agora, as principais críticas:
. A ausência de um mapa pode ser frustrante pra quem não gosta de se perder.
. O balanceamento de algumas armas deixa a desejar – algumas builds são muito mais fortes que outras.
. O timing da esquiva precisa de ajustes, já que nem sempre responde com precisão.
. A curva de aprendizado é bruta – se você é do tipo que desiste fácil, cuidado.
Fonte: gamehall.com.br
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