Desdobramentos Artísticos e Arquitetônicos – Alemanha de 1930

Salve EDL,

Dando sequência ao texto anterior

[…] Em 1928, sobre o comando de Rosenberg, foi fundada a organização cultural, com Himmler como um dos fundadores e comandante passando a se chamar Defesa da Cultura Alemã, atuando fortemente contra o movimento moderno. O teórico Paul Schultze-Naumberg fez palestras pelo país a partir de janeiro de 1931 e exibiu casos de deformação retirados de revistas médicas, comparando-os ao reflexos da arte moderna que tinha a degeneração como perversão artística. Seria para ele a arte um espelho da saúde da alma, se referindo a antiguidade e ao renascimento. Criticava as obras modernas que enalteciam as deformidades de formação e não estabeleciam nenhuma conexão com a consciência.

Em 14 de julho de 1933 é sancionada a lei de eliminação da arte degenerativa. Em Maço de 1935 é aberta a exposição o milagre da vida, é comparada a obra de Schultz a arte moderna, os médicos representam importante papel na busca pela pureza.

Outra sessão mostra a preservação da raça e da cultura, sendo a beleza a emanação da saúde e da conexão entre o corpo e o espírito, os problemas estéticos se tornam problemas médicos pois refletiam problemas na dimensão espiritual. Nos primeiros períodos os médicos judeus foram retirados de seus postos e os novos que assumiram estavam em compromisso com o ideal coletivo.

A medicina era ensinada nas escolas especiais, com 45% do médicos fazendo parte do partido. Alinhando que aqueles que abaterem sonhos superficiais em sacrifício do bem comum serão recompensados.

Gerhard Wagner, médico chefe do terceiro Reich, vislumbrava o novo homem Alemão, a partir do domínio destas circunstâncias. A união romântica entre alemães e judeus se tornou proibida. Em 1936 Wagner discute com o Partido a realização do filme Vitimas do Passado, que estreia em Berlim em 1937, e seria exibido em toda Alemanha. O filme retrata o enaltecimento e a propagação negativa na cultura da miscigenação e deformidades ocupando a elite enquanto a população saudável mora nas periferias, alertando o povo alemão sobre a atmosfera opressiva do sistema. A hereditariedade das doenças genéticas se alastrando sobre a população tinha determinada evidência. A ideia de higienização a fim de alcançar a beleza e resgatar os princípios da antiguidade, assim como a individualidade das cores para o desabrochar da humanidade.

Nos anos 30 Bigas iniciou uma coleção de arte, expressando sua visão de mundo e de seus ideias de uma nação justa, grande parte da época de Bismarck, trabalhos de Hans Makart , Franz Defregger, Rudolf Epp, Franz von Stuck. Artes destinadas ao museu fundado em Linz. Dentre as 74 obras pintadas. Alguns retratos pintados de fotografia, um de sua mãe, um de seu pai, dois de sua sobrinha Geli Raubal, que se suicidou em 1931, um de seus motoristas Julio Schreck e um de Richard Wagner. Ao fundar o museu criaria o primeiro evento de arte do Reich.

P. L. Troost, arquiteto foi comissionado em 1933 para construir o novo museu de Munique, Em outubro foi inaugurada a pedra fundamental. A primeira exposição ocorre antes da finalização da construção, com um júri hoje conhecido como curadoria que observaram entre 15.000 obras mas não atingiram o resultado esperado,
Heinrich Hoffman fotografo é chamado então para fazer a exposição.

Em 18 de julho de 1937 a Casa da Arte Alemã e Grande Exposição de Arte Alemã são inauguradas, destacando o novo movimento artístico alemão, o desenvolvimento da escultura no meio se apresenta. Os percursores são os escultores Breker e Thorak.
O discurso inaugural atinge o sentimento de resgate da cultura originária alemã.
A exposição de arte degenerada é decorrida com sucesso logo em seguida, pontuando o fim da arte judaica bolchevique. Com trabalhos de 730 artistas banidos Oskar Kokoschka, Emil Nolde, Franz Marc, Max Beckmann, Jankel Adler, Ernst Ludwig Kirchner.[…]