
10 anos depois de um dos maiores desastres ambientais do planeta, estudiosos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) comprovaram, em uma pesquisa recente, que houve uma redução de até 50% no número de tipos de árvores adultas e de 60% para mudas nas áreas de mata ciliar do Rio Doce, atingidas pelo rejeito de minério.
“Não apenas diminui o número de espécies mas também diminui a capacidade dessa área em resistir às mudanças climáticas e a espécies invasoras. Esse é um problema enorme em todo o funcionamento do bioma, porque muda a estrutura da vegetação. E além disso, muda o comportamento dos animais que dependem dessas plantas para sobrevivência”, explicou o pesquisador responsável pelo estudo, Geraldo Fernandes.
Políticas públicas: uma necessidade urgente
A pesquisa aponta a necessidade de investimento em políticas públicas que sejam de fato eficientes na recuperação ambiental. Além disso, há os aspectos sócio-econômicos, como garantir a sustentabilidade das comunidades afetadas pelo rejeito de minério.
Recomeços e adaptações
Miguelito Teixeira é produtor rural em Conselheiro Pena, no Leste do estado. Cresceu às margens do Rio Doce e o desastre de Mariana mudou muito a rotina de vida.
A lama fez com que ele perdesse toda a pastagem que tinha na época. Precisou vender a preços mais baixos os animais porque faltavam água e comida. E toda vez que tem enchentes no Rio Doce, ele sofre novamente alguns impactos.
“Foi um momento bem difícil, eu tinha filho na faculdade e que infelizmente teve que parar os estudos. Minha vida ficou toda comprometida. E o que nós observamos agora é que, a cada enchente que vem, o rejeito de minério volta e a gente perde toda a recuperação de solo que fizemos. Na enchente de 2022 para 2023 matou todo o capim que tinha nascido”, lamentou o produtor rural Miguelito Teixeira de Sousa.
As cheias do Rio Doce
A reclamação dos ribeirinhos também foi comprovada na pesquisa. Segundo as pesquisas, durante o período chuvoso e de cheia do rio, os impactos do rejeito de minério ocorrem novamente. Isso é devido ao resíduo de minério que continua no leito do rio.
“O leito do rio agora está mais raso, está menos profundo, então quando a água transborda, espalha, ainda mais esse rejeito para vários lugares, amplificando o impacto. Toda vez que isso acontece, há um rebobinamento do problema e isso pode levar milênios pra não acontecer mais”, explicou o pesquisador Geraldo Fernandes.
Relembre a tragédia de Mariana
. Em 5 de novembro de 2015 a barragem de fundão se rompe, em Mariana.
. Mais de 50 milhões de metros cúbicos de rejeitos atingem, em 16 minutos, o distrito de Bento Rodrigues. Em 16 dias, contaminam o Rio Doce de Mariana até o Oceano Atlântico, onde desagua o rio.
. A maior tragédia ambiental da história da mineração, também afeta a vida de 2 milhões de pessoas de 39 cidades em Minas Gerais e Espírito Santo e provoca 19 óbitos.
. O Ministério Público Federal denuncia 22 pessoas e 4 empresas: Samarco, Vale, BHP e Vog BR. No momento há 11 réus.
Fonte: g1.globo.com
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Complicado ver nosso país sendo destruído pela corrupção sionista.
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Triste saber que pessoas perderam a vida por descaso de empresas que não se importam com a segurança das pessoas e o meio ambiente. Que Deus conforte o coração dos familiares que perderam seus entes queridos. Às empresas responsáveis além das indenizações pelos que faleceram, é justo custear um projeto de recuperação ambiental, que mesmo tendo danos irreversíveis, a natureza tem um grande poder de recuperação associado a um bom plano e manejo adequado. LPN.
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Foi terrível esse episodio, e como a “mídia” abafou as consequências.
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Existem diálogos de que esse desastre foi PROPOSITAL, pois tem muito minério nessa área. Foi tipo uma forma de tirar os moradores e ocupar a cidade. E faz sentido, pois era avisado esse risco antes. Mas o Aécio Neves, que era o governador na época. Liberou o local pra mineradora Vale, assim mesmo. E na época do desastre, soldados de ISRAEL na área, fingindo ajudar, tudo MUITO estranho. Gratidão pela matéria! Luz p’ra nós!
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