“Eu acho que tudo tem um fim, tudo tem ciclos”, afirma Andreas Kisser

A lendária banda Sepultura anunciou que encerrará suas atividades após o fim da turnê “Celebrating Lig-fe Through Death”. O fim do Sepultura foi o principal assunto da entrevista que o guitarrista Andreas Kisser concedeu ao jornal Folha de São Paulo.

“Acho que não tem um motivo só. Eu acho que tudo tem um fim, tudo tem ciclos”, disse Andreas, que afirmou que o fim foi uma decisão consciente. “Eu acho que é um privilégio você poder fazer essa decisão consciente, em paz com a gente mesmo. São 40 anos de história né? No melhor momento da banda, com um disco forte como o ‘Quadra’. Sobrevivemos a uma pandemia.

Não tem nenhum fator externo, uma briga ou alguma coisa que faça a banda acabar. É uma escolha nossa. Quem pode fazer isso, né? Pouca gente pode fazer isso, de escolher (…). Mas me sinto também ainda jovem o suficiente e motivado pra começar outros projetos”, acrescentou o guitarrista, que também falou sobre o período mais turbulento da história do Sepultura: a saída de Max Cavalera, ocorrida em dezembro de 1996.

Cara, eu nunca pensei nesse aspecto do que perdi ou o que ganhar. Porque (…) você pode fazer ‘Refuse/Resist’, pode fazer ‘Territory’, ‘Roots’, ok. Entre aspas, qualquer um pode fazer. Já tá feito, já tá gravado, já tá direcionado, já tem a letra. Mas com o Derrick não, a gente começou do zero (…). Primeiro, o cara não necessariamente teria que tocar guitarra, só porque o Max tocava. Tanto é que o Derrick não toca guitarra. No começo ele até tocava um pouco, uma música ou outra, mas não era a dele.

Não faz sentido essa coisa de perda e reposição. Se você tá no sentido de perder (…), cara você vai tá sempre querendo colocar um negocinho ali em relação ao Max, que não tá mais ali. Então, nós não perdemos nada. E perdemos tudo. E dali a gente começou do zero.”

A “Celebrating Through Death” marca o fim das atividades do Sepultura, grupo que foi fundado nos anos 1980 pelos irmãos Max e Iggor Cavalera. Leia mais sobre o fim do grupo na nota a seguir.

Para ver a entrevista completa, acesse o player abaixo.

Fonte

Escola de Lúcifer