Lesmas: o que são, como vivem e como se reproduzem

As lesmas são animais invertebrados que pertencem ao grupo dos moluscos, assim como os caracóis, as ostras e as lulas. Elas se caracterizam por não possuírem uma concha externa, como os caracóis, e por se locomoverem sobre o abdômen, deixando um rastro de muco por onde passam. As lesmas respiram pela pele e são muito sensíveis à desidratação e à luz. Elas se alimentam de plantas e podem causar danos às culturas, hortas e jardins. Neste artigo, vamos conhecer um pouco mais sobre esses seres curiosos e fascinantes.

Características das lesmas

Uma lesma se alimentando de uma flor amarela

O corpo das lesmas é formado por três partes principais: o manto, o pé e a cabeça. O manto é a parte mais larga do corpo, que cobre os órgãos internos e possui uma abertura chamada pneumostoma, por onde o ar entra e sai. O pé é a parte inferior do corpo, que se contrai e se estende para permitir o movimento. A cabeça é a parte anterior do corpo, que possui um par de tentáculos ópticos, que contêm os olhos, e um par de tentáculos sensoriais, que captam odores e vibrações. A boca das lesmas fica na parte inferior da cabeça e possui uma estrutura chamada rádula, que é uma espécie de língua com dentes que raspa o alimento.

Uma lesma dormindo

As lesmas podem ter diferentes cores, formas e tamanhos, dependendo da espécie. Algumas lesmas podem medir até 30 centímetros de comprimento, enquanto outras podem ter apenas alguns milímetros. As lesmas podem ser encontradas em diversos habitats, como florestas, campos, jardins, cavernas e até mesmo no mar. Elas preferem ambientes úmidos e sombreados, pois perdem muita água pela pele e podem morrer se expostas ao sol ou ao sal.

Alimentação das lesmas

Uma lesma se alimentando

As lesmas são herbívoras, ou seja, se alimentam de plantas. Elas podem comer folhas, flores, frutos, caules, raízes e até mesmo fungos e algas. As lesmas são consideradas pragas agrícolas, pois podem devorar as plantas cultivadas pelo homem e causar prejuízos. As lesmas também podem transmitir doenças às plantas, pois carregam bactérias, vírus e parasitas em seu muco.

Uma lesma se regenerando após perder um tentáculo

As lesmas se alimentam principalmente à noite, quando estão mais ativas e protegidas da luz. Durante o dia, elas se escondem embaixo de pedras, folhas, troncos ou em buracos no solo. Para evitar que as lesmas ataquem as plantas, existem algumas medidas que podem ser tomadas, como colocar barreiras físicas, como cascas de ovos, serragem ou cinzas, ao redor das plantas, borrifar água com sabão ou óleo de neem nas folhas, ou usar armadilhas com cerveja ou leite, que atraem as lesmas e as afogam.

Reprodução das lesmas

Uma lesma se reproduzindo

As lesmas são animais hermafroditas, ou seja, possuem os dois sexos em um mesmo indivíduo. No entanto, elas não se autofecundam, mas trocam espermatozoides com outro indivíduo da mesma espécie. O acasalamento das lesmas pode ocorrer em qualquer época do ano, mas é mais comum na primavera e no verão, quando há mais umidade e alimento disponíveis. As lesmas se aproximam uma da outra e se entrelaçam, formando um círculo. Em seguida, elas liberam um muco que contém os espermatozoides, que são armazenados em uma bolsa chamada espermateca. Depois do acasalamento, as lesmas se separam e cada uma delas produz ovos, que são depositados em um ninho feito de terra e muco.

Uma lesma se reproduzindo

Os ovos são brancos, redondos e gelatinosos, e podem variar de 10 a 100 por postura, dependendo da espécie. Os ovos levam de duas a quatro semanas para eclodir, dando origem a pequenas lesmas, que já possuem a forma e as características dos adultos.

Curiosidades sobre as lesmas

Uma lesma se protegendo com uma camada de muco endurecido

As lesmas podem regenerar partes do corpo que são perdidas ou cortadas, como os tentáculos ou o pé.
As lesmas podem se comunicar entre si por meio de sinais químicos, que são liberados pelo muco ou pela pele.
As lesmas podem se defender de predadores, como pássaros, sapos, cobras e insetos, por meio de substâncias tóxicas ou irritantes, que são produzidas por glândulas no manto ou na pele.
As lesmas podem entrar em um estado de dormência, chamado de estivação, quando as condições ambientais são desfavoráveis, como falta de água, alimento ou temperatura. Nesse estado, elas reduzem o metabolismo e se protegem com uma camada de muco endurecido, que evita a perda de água.
As lesmas podem viver de dois a seis anos na natureza, dependendo da espécie e das condições ambientais.

Conclusão

Uma lesma dormindo

As lesmas são animais interessantes e importantes para o equilíbrio ecológico, pois participam da decomposição da matéria orgânica e da reciclagem de nutrientes. No entanto, elas também podem ser prejudiciais para as plantas cultivadas pelo homem, pois se alimentam delas e podem transmitir doenças. Por isso, é preciso conhecer as lesmas e saber como conviver com elas de forma harmônica e sustentável.