Militares acabam de criar uma IA que aprendeu a programar software

Cansado de escrever seu próprio código chato

para um novo software?

Finalmente, há uma AI que pode fazer isso por você.

O BAYOU é uma ferramenta de aprendizado profundo que basicamente funciona como um mecanismo de pesquisa para codificação: diga que tipo de programa você deseja criar com algumas palavras-chave, e ele emitirá código java que fará o que você está procurando, com base no seu melhor palpite.

A ferramenta foi desenvolvida por uma equipe de cientistas da computação da Universidade Rice, que recebeu financiamento dos militares e do Google. Em um estudo publicado no início deste mês sobre o arXiv do servidor de pré-impressão, eles descrevem como eles construíram a BAYOU e quais tipos de problemas podem ajudar os programadores a resolver. Basicamente, a BAYOU leu o código-fonte de cerca de 1.500 aplicativos Android, que chega a 100 milhões de linhas de Java. Todo esse código foi alimentado através da rede neural da BAYOU, resultando em uma AI que pode, sim, programar outro software. Se o código que a BAYOU leu incluísse qualquer tipo de informação sobre o que o código faz, então a BAYOU também aprenderia o que esses programas pretendiam fazer e como eles funcionam.

Esta informação contextual é o que permite ao AI escrever softwares funcionais baseados em apenas algumas palavras-chave e informações básicas sobre o que o programador deseja. Especialistas em informática, alegrem-se: sua lição de casa pode ficar mais fácil. E ensinar as pessoas a codificar pode se tornar mais simples e mais intuitivo, já que elas podem, algum dia, usar essa nova AI para gerar exemplos de código ou até para verificar seu próprio trabalho. Neste momento, a BAYOU ainda está nos estágios iniciais, e a equipe por trás dela ainda está provando que sua tecnologia funciona.

Não, este não é o momento em que a IA se torna auto-replicante; BAYOU apenas gera o que os pesquisadores chamam de “esboços” de um programa que são relevantes para o que um programador está tentando escrever. Esses esboços ainda precisam ser reunidos no trabalho maior e podem ter que ser adaptados ao projeto em questão. Mas mesmo que a tecnologia esteja engatinhando, esse é um passo importante na busca por um programador de inteligência artificial, um objetivo de longa data para pesquisadores de ciência da computação. Outras tentativas de criar algo como BAYOU exigiam restrições extensas e estreitas para orientar os programadores em direção ao tipo correto de código. Como a BAYOU consegue trabalhar com apenas algumas palavras-chave, ela é muito menos demorada e muito mais fácil de usar no geral para os operadores humanos.

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Sobre o Autor

Rogerio Souza

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