O fim da Pax Americana: EUA e Israel contra o Mundo

Rogerio Souza Janeiro 16, 2024 6 min read

A expressão “Pax Americana” refere-se a um período de relativa paz e estabilidade global associado à predominância e influência dos Estados Unidos no cenário internacional, especialmente após a Segunda Guerra Mundial. Assim como a “Pax Romana” e a “Pax Mongolica”, a “Pax Americana” sugere uma era em que uma potência dominante exerce uma influência significativa, buscando manter a ordem e a estabilidade em escala global.

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Rogerio Souza, [15/01/2024 21:26]

Os Árabes estabeleceram posições muito próximas a Israel. E vão até o fim pra defender a Gaza, a mais próxima delas.

Corte internacional é provocada contra Israel.

Rui Pimenta coloca a guerra atual como mais grave do que as guerras mundiais.
Os donos do mundo na 2a guerra lutavam pra manter o poder. Mas dessa vez o poder já não está mais nas mãos deles.

Israel nunca teve uma guerra tão longa.

Desde que foi criado, Israel nunca mais esteve em posição de estar contra a maior parte do mundo.
Israel teve seus 70 anos de falsa paz profetizados.

Israel tem trauma da guerra perdida contra o hizbollah em 2006. Os Árabes ficaram fortes e estabelecidos. Enquanto Israel não tem profundidade estratégica militar.

Netanyahu deverá ignorar todas as medidas provisórias da corte internacional.

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Principais características da Pax Americana:

Após a Segunda Guerra Mundial: A “Pax Americana” tem suas raízes no período pós-Segunda Guerra Mundial, quando os Estados Unidos emergiram como uma das principais potências mundiais.

Forças Armadas e Deterrence: Durante a Guerra Fria, os Estados Unidos adotaram uma postura de dissuasão militar significativa, desenvolvendo arsenais nucleares e mantendo uma presença militar substancial ao redor do mundo. Isso foi percebido como um fator estabilizador, impedindo conflitos em larga escala entre as superpotências.

Ordem Econômica Internacional: A “Pax Americana” também se manifestou na promoção da ordem econômica internacional. Os Estados Unidos desempenharam um papel central na criação de instituições financeiras internacionais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial, para promover a estabilidade econômica global.

Intervenção em Conflitos Regionais: Em várias ocasiões, os Estados Unidos intervieram em conflitos regionais para manter a estabilidade, seja através de intervenção militar direta ou por meio de alianças e acordos diplomáticos.

Propagação de Valores Democráticos: A promoção dos valores democráticos pelos Estados Unidos foi parte integrante da “Pax Americana”. Isso incluiu apoio a nações democráticas, mesmo que isso levasse a confrontos com regimes considerados hostis.

Globalização e Influência Cultural: A disseminação da cultura americana, incluindo música, cinema, moda e tecnologia, contribuiu para uma forma de globalização cultural durante esse período.

É importante notar que o termo “Pax Americana” não implica ausência de conflitos, mas sim uma era em que a influência predominante dos Estados Unidos buscou estabelecer uma ordem internacional mais estável. O conceito também pode ser objeto de debates e interpretações diversas, incluindo críticas ao que alguns consideram uma imposição unilateral de interesses e valores.

A “Pax Mongolica” refere-se a um período de relativa paz e estabilidade que se estabeleceu nas vastas regiões sob o domínio do Império Mongol durante os séculos XIII e XIV. O termo “Pax Mongolica” é uma referência à famosa “Pax Romana”, que descreve um período de paz relativa no Império Romano.

Durante a “Pax Mongolica”, as conquistas lideradas por Gêngis Khan e seus sucessores resultaram em uma vasta extensão territorial que se estendia da Europa Oriental à Ásia Central, Oriente Médio e parte do Sudeste Asiático. Este vasto império trouxe consigo uma série de mudanças significativas nas relações comerciais, culturais e políticas.

Principais características da Pax Mongolica:

Rotas Comerciais Unificadas: O Império Mongol facilitou o comércio ao longo da Rota da Seda, conectando o Oriente e o Ocidente. As caravanas podiam viajar com mais segurança através dos territórios mongóis, o que impulsionou o intercâmbio de mercadorias e ideias.

Intercâmbio Cultural: A Pax Mongolica possibilitou o fluxo de pessoas, culturas e conhecimentos entre as diferentes regiões do império. Este intercâmbio cultural contribuiu para avanços nas artes, ciências e tecnologia.

Estabilidade Política: Sob a liderança de líderes como Kublai Khan, o império experimentou um período de estabilidade política relativa. O estabelecimento de um governo unificado em vastas áreas permitiu a coexistência pacífica de diversas comunidades e grupos étnicos.

Tolerância Religiosa: Os mongóis eram notavelmente tolerantes em relação às práticas religiosas. Isso permitiu que diversas religiões coexistissem pacificamente dentro do império, contribuindo para uma atmosfera de respeito religioso.

Trocas Científicas e Tecnológicas: A Pax Mongolica promoveu a transferência de conhecimentos científicos e tecnológicos entre diferentes partes do império. Houve um intercâmbio significativo de informações sobre agricultura, arquitetura, medicina e outros campos.

Embora o termo “Pax Mongolica” sugira um período de paz, é importante notar que isso não significa que não houve conflitos ou desafios durante o domínio mongol. Contudo, comparado a muitos períodos históricos, o controle mongol resultou em uma estabilidade relativa que permitiu o florescimento de vários aspectos da vida social, cultural e econômica.

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China, o século da humilhação

O termo “século da humilhação” refere-se a um período específico da história chinesa, que ocorreu principalmente durante o século XIX até o início do século XX. Durante esse período, a China experimentou uma série de derrotas militares, invasões estrangeiras e tratados desiguais que resultaram em um declínio significativo de sua soberania e status internacional.

O século da humilhação começou com a Guerra do Ópio (1839-1842), na qual a China foi derrotada pelo Reino Unido. Isso foi seguido por uma série de conflitos com outras potências estrangeiras, incluindo a Guerra Sino-Francesa (1884-1885) e a Guerra Sino-Japonesa (1894-1895). Durante esses conflitos, a China perdeu territórios, viu sua soberania ser questionada e foi forçada a assinar tratados desiguais, que favoreciam as potências estrangeiras.

O Tratado de Nanquim (1842) após a Guerra do Ópio, por exemplo, concedeu concessões territoriais aos britânicos, estabeleceu portos abertos para o comércio estrangeiro e impôs indenizações substanciais à China. Essa série de derrotas e tratados desiguais, que também incluiu a ocupação de Pequim pelas forças estrangeiras durante a Revolta dos Boxers (1900), ficou conhecida como o “século da humilhação”.

Esse período desafiador foi uma fonte de grande ressentimento e constrangimento para a China, e o sentimento resultante contribuiu para o despertar do nacionalismo chinês e para o desejo de restaurar a grandeza e a soberania do país. O século da humilhação é frequentemente citado como um catalisador para eventos históricos posteriores, incluindo a Revolução Xinhai de 1911, que levou ao fim da dinastia Qing e ao estabelecimento da República da China.