A lenda Tokido talvez tenha oferecido o melhor resumo possível sobre jogos de luta na EVO 2017, quando fez o seu clássico discurso afirmando que “fighting game is something so great” (ou “os jogos de luta são algo incrível”, em tradução livre).
Não é preciso pensar muito para concordar com ele: qualquer um que já tenha se dedicado ao menos um pouquinho a algum título do gênero sabe que poucas coisas na vida se comparam à emoção da jornada em busca do mais forte.
A pegadinha, claro, é que historicamente os jogos de luta possuem uma curva de aprendizado e barreira de entrada muito cruéis, possivelmente as mais exigentes entre todos os videogames que existem! E é nessa dicotomia entre manter a fidelidade aos valores que fidelizaram os mais hardcore, mas ao mesmo tempo tentar ser mais convidativo aos novatos e formar um novo público, que surge o novo competidor Street Fighter 6.
Desde o início do desenvolvimento, a Capcom evidenciou estar dedicada a alguns princípios básicos. Primeiro, e mais urgente, redimir-se do lançamento desastroso de Street Fighter 5, que chegou com muitos problemas técnicos e uma alarmante falta de conteúdo. Segundo — e tão ou mais importante —, criar uma experiência satisfatória para todas as demografias possíveis. E se o seu mais novo lançamento é um jogo para toda a comunidade, nada mais justo do que… consultarmos a comunidade, oras!
O NASCIMENTO DE UMA NOVA ERA DE OURO
Mais do que representar o renascimento da veterana franquia, Street Fighter 6 também pode acabar marcando o seu lugar na história como o pontapé inicial de uma nova era de ouro para a FGC, já que muito em breve teremos títulos como Mortal Kombat 1, Tekken 8, e o hypado Project L da Riot, todos competindo por espaço nos nossos computadores e consoles. De cara, isso já projeta uma importância gigantesca ao jogo, pensamento compartilhado pelo meu amigo Ariel, dos ótimos site e canal Combo Infinito, que todo fã de luta deveria acompanhar! Segundo o meu parça, com quem tive o prazer de trocar uma ideia:
“Houve um momento em que, após muitos anos de grandes glórias, os jogos de luta acabaram caindo em um limbo sem fim. Parecia que o gênero estava completamente perdido, com seus grandes ícones como Street Fighter, Mortal Kombat e Tekken questionados por sua qualidade e, principalmente, seus modelos de negócios. Afinal, comprar o mesmo jogo diversas vezes apenas para receber alguns updates era algo fora do comum.
O tempo passou, a era ruim acabou, e após uma grande reviravolta hoje temos os jogos de luta das mesmas grandes produtoras vendendo horrores! O maior exemplo é a franquia Mortal Kombat que, com o décimo primeiro jogo da linha principal, alcançou a marca de 15 milhões de unidades vendidas. O gênero dos fighting games provavelmente já estaria voltando para seus momentos de glória apenas pelo longo suporte da Capcom para Street Fighter 5 e a Bandai Namco com o imortal Tekken 7, até porque isso também se transforma em vendas massivas hoje em dia.
Contudo, a grande era de ouro está para voltar para valer mesmo é com os novos anúncios e lançamentos destes mesmos estúdios, e o primeiro a chegar é Street Fighter 6! Sem dúvida alguma a Capcom aprendeu duras lições desde o lançamento conturbado de Street Fighter 5 e agora entrega um produto completo. Não é um jogo apenas para quem compete ou para quem joga com mais habilidade.
Street Fighter 6 vem para ser um exemplo de como um jogo de luta pode ser acessível e casual ao mesmo tempo. Isso se reflete nos modos de jogo como o World Tour e o Battle Hub, claros exemplos das duas vertentes (casual e competitivo, respectivamente). É como se a Capcom tivesse olhado para o que a NetherRealm faz e esteja criando o seu próprio jeito de aumentar a popularidade da velha e amada franquia Street Fighter. Sem falar dos esforços incríveis para tornar o game acessível também para quem tem deficiência visual e motora.
Street Fighter 6 se posiciona como um jogo da franquia deve ser, um exemplo para a indústria de como deve ser produzido um jogo de luta. E o mais legal de tudo e que mostra que o gênero está ficando cada vez maior, é que a Capcom vai fazer isso agora com o lançamento de Street Fighter 6 e em seguida a NetherRealm e a Bandai Namco poderão repetir este feito com suas próprias visões criativas com MK1 e Tekken 8, respectivamente.
E não há certo ou errado. Apenas existem abordagens diferentes que mostram o quanto os jogos de luta podem crescer, se transformar e se reinventar, sem perder o espaçamento, a punição e a emoção. Ou seja, os novos esforços mantém tudo que fez os jogos de luta serem apaixonantes e também adicionam camadas importantes para que mais pessoas sejam bem-vindas e façam parte da festa”.
A RESPOSTA NO CORAÇÃO DA BATALHA
Street Fighter 6 vem para ser um exemplo de como um jogo de luta pode ser acessível e casual ao mesmo tempo. Isso se reflete nos modos de jogo como o World Tour e o Battle Hub, claros exemplos das duas vertentes (casual e competitivo, respectivamente). É como se a Capcom tivesse olhado para o que a NetherRealm faz e esteja criando o seu próprio jeito de aumentar a popularidade da velha e amada franquia Street Fighter. Sem falar dos esforços incríveis para tornar o game acessível também para quem tem deficiência visual e motora.
Street Fighter 6 se posiciona como um jogo da franquia deve ser, um exemplo para a indústria de como deve ser produzido um jogo de luta. E o mais legal de tudo e que mostra que o gênero está ficando cada vez maior, é que a Capcom vai fazer isso agora com o lançamento de Street Fighter 6 e em seguida a NetherRealm e a Bandai Namco poderão repetir este feito com suas próprias visões criativas com MK1 e Tekken 8, respectivamente.
E não há certo ou errado. Apenas existem abordagens diferentes que mostram o quanto os jogos de luta podem crescer, se transformar e se reinventar, sem perder o espaçamento, a punição e a emoção. Ou seja, os novos esforços mantém tudo que fez os jogos de luta serem apaixonantes e também adicionam camadas importantes para que mais pessoas sejam bem-vindas e façam parte da festa”.
Imagino que as competições online serão mais frequentes e relevantes devido ao netcode excelente, que permite partidas jogáveis até mesmo entre continentes. O que mais gostei do online foi o matchmaking rápido e a exibição detalhada da conexão com o oponente, com ping, rollback e tempo de delay. Mas faltou um indicador de conectividade – se é cabeada ou Wi-Fi.”
Se você quiser experimentar essas novidades sem precisar se inscrever em torneios, é bem simples. Tudo isso graças ao novo Battle Hub, o segundo modo principal de jogo que precisamos destacar. Nele, o seu avatar, aquele mesmo que você montou para o modo World Tour com uma impecável ferramenta de criação, fica passeando por um fliperama gigantesco ao lado de avatares de outros jogadores vindos do mesmo servidor que você selecionar.
Nos testes beta tínhamos dezenas de opções de servidores em cada região, então essa é uma boa oportunidade para conhecer gente do resto do planeta e testar os limites da sua conexão em partidas casuais ou ranqueadas. Inclusive, uma ótima adição para Street Fighter 6 é que agora cada personagem possui um elo próprio, ao invés dele ser compartilhado entre todos os lutadores de uma vez. Isso acaba favorecendo bastante a experimentação, já que você não precisa mais ter medo de chegar ao seu teto de pontos e aí mudar de personagem, o que sempre faz o desempenho cair ao menos um pouco. Imagino que isso também diminuirá consideravelmente as contas smurf por aí!
A Capcom certamente sabe que acertou bastante nesse departamento e que a cena competitiva profissional tem tudo para crescer, e justamente por isso já anunciou no fim da última CPT que a próxima edição terá um prize pool de 2 milhões de dólares. São boas notícias para os aspirantes a profissionais de todo o mundo, e uma notícia que também deixou o meu camarada Ryoran, streamer e narrador no canal RyoranFGC, muito otimista. Conversando com ele, essa fera me contou que:
Desde a forma com que as lutas carregam no lobby de forma rápida até o battle hub, onde temos finalmente um espaço de interação entre as pessoas e podemos ter vários momentos de descontração com elas. A única coisa que fico em dúvida é a respeito das ligas do modo ranking do jogo. A forma dele ainda não me agrada, e o formato das ligas em jogos de luta costumam ser bem ruins. Veremos melhor no futuro!”
Ao longo dos meus testes, algo que me chamou atenção foi que até mesmo jogando pelo wi-fi, a qualidade das partidas parecia drasticamente superior às minhas experiências cabeadas no Street Fighter V e, como o Ryoran bem disse, existe algo de profundamente gratificante na forma como o matchmaking está ágil. Experimente revisitar SFV depois do SF6 e note quanto tempo a mais você gasta apenas olhando para os menus e esperando, ao invés de lutando, e é difícil não comemorar tamanha evolução, especialmente pelo fim das partidas com lag.
O mestre Keoma também está animado com as novidades, afirmando que: “É muito bom poder jogar com conexões mais distantes porque finalmente Street Fighter tem um netcode bom, mas também acredito que seja importante ser realista: a partir de 120ms o jogo é um pouco diferente e isso pode ferir a experiência competitivamente falando. Em termos de treinamento, crescimento do cenário e exposição a players diferentes e de ideias diferentes, com certeza é algo fenomenal.
Inclusive, acredito que um dos cenários que mais vai se beneficiar por isso é o da Argentina. Muitos jogadores fortes vem em ascensão por lá. No que se trata de Capcom Pro Tour, acredito que viabilizar o cenário das regiões seria uma ideia melhor do que simplesmente deixar uma premiação gigantesca para o mundial. Inclusive, essa deve ser uma CPT bem mais barata em termos de circuito, já que muitas das suas competições serão online. Em outras palavras: seria interessante ver mais jogadores recebendo esse investimento, para que não tenhamos campeões latino-americanos saindo de mãos vazias como foi em 2018.”
VALE A PENA?
Street Fighter 6 tem tudo para ser tão relevante para os jogos de luta quanto os melhores capítulos da saga da Capcom. Ao honrar o legado e maiores acertos da série ao mesmo tempo em que não tem medo de apontar para um futuro mais acessível e com recursos modernos, a desenvolvedora conseguiu criar um projeto sob medida para todos os perfis de lutadores. Por mais que nem todos os modos sejam igualmente empolgantes, há tanto conteúdo e capricho que fica até difícil criticá-los. Bem-vindo de volta, Street Fighter, e que comece uma nova era de ouro para os jogos de luta!
FONTE: Tecmundo
Portais:
Luz pra nós!🐍
mil vezes mortal kombat, que aliás ta saindo pior cada um que sai ta pior que o anterior.
rsrsrs, joguei muito mortal kombat.
Luz p´ra nós
Esse parece que está bom. Street e bom dimaise.
Gratidão pelo post
Luz pra nós 🙏
#luzpranos
Luz p’ra nós!
Luz p’ra nós!
Gratidão. LPN!
Luz p´ra nós