A ideia de que o entrelaçamento quântico em neurônios provavelmente pode ser a chave para entender a consciência é, sem dúvida, intrigante, mesmo que vista com ceticismo pela maioria dos estudiosos.
Apesar de teorias tradicionais considerarem o cérebro um lugar ruim para que efeitos quânticos atuem significativamente, pesquisas recentes sugerem que pode haver mais nessa história do que se pensava.
Estudiosos na China estão explorando a probabilidade de que o entrelaçamento quântico poderia influenciar a sincronização neural, potencialmente oferecendo uma explicação para a nossa consciência.
O entrelaçamento no cérebro
A mielina (parte amarela) é essencial para a condução rápida e eficiente dos impulsos elétricos entre os neurônios. (Fonte: Zefei Liu et al./ Divulgação)
Em termos simples, o entrelaçamento quântico é um fenômeno onde duas partículas se conectam de tal forma que o estado de uma afeta a outra, mesmo quando separadas por imensas distâncias. Albert Einstein descreveu isso como “ação fantasmagórica à distância”.
No contexto do cérebro, a ideia é que fótons emaranhados — partículas de luz — poderiam ser gerados dentro dos neurônios e, através de suas interações, sincronizariam diferentes regiões do cérebro. Isso poderia, teoricamente, explicar como bilhões de neurônios trabalham em harmonia para produzir pensamentos, sensações e, finalmente, a consciência.
Uma das descobertas mais novas sugere que a mielina — a camada protetora ao redor das fibras nervosas — poderia amplificar e armazenar fótons infravermelhos, gerando pares de fótons emaranhados. Esses fótons poderiam então viajar através do cérebro, criando uma rede de comunicação quântica entre os neurônios.
Isso é fascinante porque propõe uma nova maneira de pensar sobre a comunicação cerebral, diferente dos modelos tradicionais baseados apenas em sinais elétricos e químicos.
Opiniões contrárias
No entanto, a ideia de que o entrelaçamento quântico possa estar operando em nosso cérebro não é aceita por todos. Uma das principais críticas é que o cérebro, com sua complexidade e ambiente caótico, não seria o lugar ideal para que fenômenos quânticos tão delicados como o emaranhamento pudessem ocorrer de maneira estável.
A biologia do cérebro é tradicionalmente vista como muito desordenada para suportar estados quânticos, que normalmente só são mantidos em condições controladas e a temperaturas muitíssimas baixas, como nos computadores quânticos atuais.
Porém, e se o cérebro tiver mecanismos únicos para proteger estados quânticos? Isso poderia revelar um novo paradigma na compreensão da mente do homem, inspirando avanços na computação quântica e no design de redes neurais artificiais.
Se nossos cérebros conseguem gerenciar o emaranhamento quântico, talvez possamos aprender a criar sistemas quânticos mais eficientes, aproveitando essas lições biológicas.
Embora fascinante, essa hipótese é altamente especulativa. Comprovar a existência de fótons emaranhados no cérebro será um grande desafio, e, mesmo que achados, isso não confirmaria que o entrelaçamento quântico é responsável pela sincronização neural ou pela consciência.
Mais estudos e experimentos rigorosos são necessários antes de qualquer conclusão definitiva.
Em suma, a hipótese de que o entrelaçamento quântico explique a consciência é intrigante e desafia os estudiosos a repensar o que sabem sobre a mente do homem.
Embora ainda estejamos longe de compreender se esses fenômenos moldam nossa experiência consciente, explorar esse campo pode abrir novas perspectivas sobre a mente e o universo.
Fonte: megacurioso.com.br
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A intersecção entre física quântica e neurociência realmente provoca muitas perguntas intrigantes.
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